segunda-feira, abril 03, 2023

Dias numa espécie de limbo.
E os hábitos e os alimentos saudáveis das pessoas com mais de 100 anos

 



Há bocado o meu filho perguntou se tínhamos ido passar o dia ao campo. Só então me lembrei dessa nossa intenção. Éramos para ter ido, de facto. Acontece que nos esquecemos. Não dá para acreditar mas juro que é verdade. Esquecemo-nos.

No sábado à noite estava tão cansada e fiz um esforço tão grande para não adormecer na sala não fosse depois faltar-me o sono na cama que, afinal, espertei tão radicalmente que voltei a ter uma insónia das brabas. Só adormeci de manhã, provavelmente perto das seis. Horrível. Por isso depois dormi até às onze. 

E, de tarde, depois do almoço, fui até ao cadeirão e adormeci. Devo ter dormido, no mínimo, mais de uma hora. E o meu marido, ainda que em ciclos distintos, também esteve hoje fora de combate.

Pode parecer estranho mas é verdade. A minha filha já sugeriu que fizéssemos umas análises se isto continuar assim. Se calhar. Se nos mantivermos assim na volta teremos mesmo que investigar o que se passa, se isto é normal, esta falta de energia.

Felizmente não precisei de cozinhar. Hoje, quer ao almoço quer ao jantar, comemos restos. Por exemplo, ao jantar e tudo em frio, a minha refeição foi: um bocadinho de arroz, meio hambúrguer (de carne de vaca e porco), meio queijo fresco de cabra (usando o líquido para temperar), uns quantos bagos de uva, uma maçã pequena cortada aos cubinhos, alface, um bocado de paté de frango (1) e o que sobrou da emulsão de tomate (2). Temperei com azeite e orégãos. 

Soube-me lindamente. Cada vez gosto mais de comidas assim, frias, simples, feitas na hora. Misturadas variadas.

(1) Paté de frango, feito para barrar fatias de pão torrado no forno:

Cozi peito de franco com um cebola grande e meio alho francês. Escorri o caldo. Depois moí tudo (carne, cebola, alho francês e salsa) com varinha mágica e fui juntando o caldo qb (que foi quase todo pois cozi com pouca água). Juntei sumo de limão, cebolinho fresco, um pouco de ketchup, azeite. Moí bem até ficar uma pasta cremosa.

(2) Emulsão de tomate, idem para as tostas em cima da qual coloquei salmão fumado:

Num copo misturador, coloquei três tomates bem maduros e moí bem. Depois juntei um pouco de sal, um pouco de coentros frescos e orégão e fui juntando, devagar, um fio de azeite enquanto continuo a bater com a varinha. 

Fizemos duas caminhadas, uma antes de almoço pelo campo aqui perto, outra, ao fim do dia, aqui pelo meio das casas, passeio que adoro fazer. 

Pelo meio só me sobrou tempo para fazer umas pesquisas para me ajudar na mais ingrata das tarefas: a escolha do nome do livro e do pseudónimo. Ontem testei os que tinha escolhido e não fui muito bem sucedida. 

  • No que respeita ao título, eu também não estava muito convencida. Hoje tive um vaipe. Já está. 
  • No que se refere ao pseudónimo é que é do caraças. Claro que o meu marido, em vez de ajudar, só desajuda. Goza, desconstrói, parodia e depois, se quero que leve a sério, já o apanho com a paciência esgotada. A Fátima, estimada Leitora, deu-me boas sugestões mas como agora meti na cabeça que quero um pseudónimo que, eventualmente, venha a vingar doravante, a coisa fia mais fino. 

Cada vez a televisão ocupa um espaço mais diminuto nas nossas vidas. Só à noite a ligamos. Eu vou espreitando enquanto brinco com o computador, o meu marido usa-a para refilar, fazer zapping ou adormecer. Mas há bocado estive a ver, em gravação, a entrevista da Rita Ferro, na sua casa em Salvaterra, com o Goucha. Gostei de ver. É ela. 

O meu marido no fim disse: 'Não acredito em nada do que ela disse'. Fiquei admirada. Eu acreditei em tudo. Ele não. Diz que acha que ela diz o que, no momento, lhe apetece dizer ou que acha que vai produzir mais efeito. 

Fiquei a pensar que isto de existir é uma coisa ingrata: haverá sempre quem não acredite no que dizemos ou que distorça ou desvalorize o que dizemos. Pensamos que estamos a ser genuínos, a falar com o coração nas mãos, e depois alguém diz: 'nada daquilo é sincero'. Ou o contrário: quantas vezes as pessoas encenam uma pose, exibem um personagem, tudo teatro. E, no fim, algumas pessoas concluirão: 'Pessoa franca, exemplo a seguir'.

Enfim. É o que é.

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Partilho um vídeo com hábitos de vida saudáveis

[Tem legendagem em português]

Os hábitos e os alimentos mais saudáveis que estão presentes na vida de pessoas com mais de 100 anos

Como se vive nas Blue Zones?

Have you ever wondered how people in certain parts of the world live well into their 100s with remarkable health and vitality? These people live in the so-called "blue zones" and they have several things in common, one of which is their diet. In this video, we'll be exploring the specific foods that are commonly consumed by centenarians in blue zones and have been linked to longevity.


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Os cães foram pintados por Franz Marc
E, na partida de Ryuichi Sakamoto, Forbidden Colours

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Desejo-vos uma boa semana a começar já nesta segunda-feira
Saúde. Inteligência. Paz.

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