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terça-feira, abril 14, 2020

Tudo por causa daquilo das 'emoções positivas'


Voltou a chover e a estar frio e isso maça-me. Não basta não ter tempo para me pôr ao sol de papo para o ar como, cúmulo dos cúmulos, nem sol há para eu poder ter raiva por não aproveitá-lo.

E tenho a dizer que, como não tive que fazer o almoço, almoçámos rapidamente. Quando vinha de lavar os dentes, passei pelo quarto e vi o meu marido estendido em cima da cama, de pernas e braços abertos. Conferi: 'Estás vivo?'. Respondeu: 'Se me deixares, estou a fazer meditação'. Achei boa ideia. Peguei numa mantinha e fui deitar-me no sofá a ver se também meditava. Por causa das coisas, pus o despertador para daí por vinte minutos. Quando o despertador tocou já ele estava a trabalhar. Disse-lhe: 'Acho que não cheguei a meditar'. Ele confirmou. 'Adormeceste instantaneamente'. Não tive como negar mas, se foi, não foi por muito tempo.

No resto do tempo já não surgiu oportunidade de dormir ou meditar. Mas falei com um filósofo o que também produziu em mim um efeito curioso. Como estava zen não exerci o contraditório.

Numa outra reunião, tentei falar o menos possível para ver se não atraía. Penso que consegui. Mas fiquei a roer-me pois um zelig escapou incólume quando deveria ter sido punido. Mas o efeito da meditação ainda perdurava pelo que relevei.

Depois disso, por entre os pingos da chuva ao cair do dia, fui dar uma circulada. Ao regressar a la maison li uma coisa que despertou la pasionaria que há em mim; e, vai daí, não foi tarde nem cedo, enviei um mail daqueles que não fica pedra sobre pedra. Depois, rosnando o ¡No Pasarán! que palpitava dentro de mim, peguei nesse mail e dei conhecimento dele a mais cinco pessoas e, não contente com isso, enviei um mail ao primeiro a informar que tinha dado conhecimento do mail que lhe tinha enviado a ele a cinco que não são de se assoar. ¡No Pasarán!, não senhor. Isso é que era bom.

A seguir, satisfeita por já ter feito a má acção do dia, fomos jantar. Arroz de bochechas. Belo.

E, estando a jornada concluída, vim informar-me sobre os sucedidos do dia. Do lido, apenas um vídeo prendeu a minha atenção. No Guardian, uma senhora explicava a importância das emoções positivas para reforçar o sistema imunitário e para fazer face à neura do confinamento. Sendo eu toda adepta da boa onda, coisa que me é natural e, logo, involuntária, a verdade é que encanito com tudo o que me pareça conversa de xaxa, do tudo em cima e conversa do pensamento positivo e enlatado. Portanto, ouvi a senhora à espera de pensar que melhor faria ela se fosse dar banho ao cão. Ao cão ou à Margarida Rebelo Pinto, que também é toda moderna e positiva. Ou ao Valtinho que eu nisso estou como o Diogo que parece que também não vai à bola com aquela pia alma que destila positividade e ternurinha pelas leitoras mas que a mim só me dá ânsias. No entanto, achei que, na volta, a senhora tem é razão e a gente andar na boa e fartar-se de rir também mal não faz. E vai daí, segui o conselho dela, e pus-me a ver cenas bem dispostas. 

Com vossa licença -- e que  me desculpem os tristes, melancólicos e ensimesmados militantes -- aqui estão algumas das macacadas que já me fizeram rir. Riam também, está bem?

















E este foi o vídeo responsável por isto tudo:


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E uma terça-feira bem disposta para si que aí está desse lado.

segunda-feira, janeiro 20, 2020

Elaine e os outros -- grandes momentos de dança


Ontem, ao falar de dança, lembrei-me da minha amiga que é o mais certinha que se pode imaginar, diria mesmo até um pouco distante e austera no trato, e que, sempre que a ocasião se proporciona, deixa que a fera que se esconde dentro dela se solte e, o mais desinibidamente que se possa esperar, desata a dançar de uma forma o mais livre e sensual que se poderia esperar. Pode tornar-se o centro das atenções, pode toda a gente começar a fotografá-la ou filmá-la que a ela lhe dá igual: continua a sua louca performance.

Penso que a propósito disto, o hmbf deixou referência a um outro momento imperdível de uma das séries que sempre me divertiu, o Seinfeld: Elaine Benis solta a franga e, desafiando os outros a dançar, dá o exemplo e desata numa hilariante desconecção cinética, digamos assim, deixando os outros desconcertados. Agora é frequente usar a expressão 'vergonha alheia' e notoriamente foi o que os colegas de Elaine sentiram. A minha amiga não é tanto assim, dança mesmo bem e os seus movimentos surpreendem pela sensualidade que explode repentinamente e de forma exuberante.

Mas eis a dança de Elaine. E que bem me soube rever estes malucos - obrigada, Henrique, gostei.


E, para que Elaine não fique sozinha a dançar, que outros saltem para a pista:


Até já