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quinta-feira, fevereiro 27, 2014

Vestidos notáveis na passadeira vermelha. Grace Kelly, Elizabeth Taylor, Cate Blanchett, Renée Zellweger, Kate Hudson usaram-nos.


Entre dos aguas, Paco de Lucia





Depois de abaixo ter falado da beleza das gordas (corrijo: das voluptuosas) quando em confronto com a quase ditadura da magreza e depois de ter falado do perfume Miss Dior que, para Misses, só se forem solteironas velhas e chatas, aqui, agora, continuo no mesmo registo e, agora que se aproxima a época da caça ao óscar, falo de vestidos que são uma obra de arte, uma peça ao serviço da elegância e da beleza, daqueles que marcaram a passadeira vermelha.

(Como sempre que tento pôr fotografias ao lado umas das outras, é para aqui uma ginástica que não imaginam. E nunca ficam direitinhas. Mas eu não tenho tempo para andar muito tempo às voltas disto e ficam mesmo assim, desarrumadas. Paciência)


Grace Kelly in Edith Head


Elizabeth Taylor in Christian Dior



Cate Blanchett in John Galliano 1999


Renée Zellweger
in Carolina Herrera 2003




Kate Hudson in Valentino 2003


E, se eu fosse agora desfilar e não me importasse de repetir um modelito já usado por outras, qual acham que eu escolhia?

Eu digo-vos: o da Grace Kelly é lindo mas é como ela era: excessivamente perfeitos (o vestido e a beleza dela) e eu, já aqui o confessei, pendo mais para o lado da imperfeição. O da Elizabeth Taylor tem pinta mas requer uma mulher excessiva dentro dele, com uns olhos fora de normal e eu não sou assim. O da Cate Blanchett é um espectáculo e, tivesse eu menos uns quantos anos e menos uns quantos quilos, seria neste que eu talvez apostasse. Agora contudo, sentindo-me nua como aquele vestido deve deixar quem o vista, de cada vez que alguém olhasse para mim com mais atenção ficava preocupada não fosse estarem a focar-se nalgum pneuzito, numa maminha menos empinada, sei lá, inseguranças dessas que tiram a espontaneidade e a alegria.

Ou seja, supondo que cabia dentro deles, escolheria o da Renée ou o da Kate Hudson, embora me incline para este último. Se usasse o da Renée, que seria uma boa hipótese, iria, no entanto, com o cabelo despenteado como o da Kate Hudson. Quando me penteio de forma mais formal não me reconheço.

Acho que o vestido e o cabelo da Kate Hudson, com uma brisa a darem neles, deve fazer um efeito esvoaçante muito bonito, daria umas belas fotografias. E eu gosto de cor e de tecidos leves como o ar.

*

Relembro: Sobre perfumes, mulheres com curvas e contra curvas e stripteases é favor irem descerem até dois posts abaixo (esta de descer e dos dois posts serem mais abaixo é capaz mesmo de ser uma redundância como um Leitor no outro dia assinalou. Mas parece que a frase fica frouxa se lhe tiro o abaixo).

Muito gostaria ainda de vos convidar a irem espreitar o meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa, onde hoje tenho Carlos Drummond de Andrade que, pela boca de Sandra Corveloni, se interroga sobre o que é um homem. Eu, que sou mais limitada, interrogo-me sobre o que sou eu própria.

*

Eu sei que hoje era para ter falado de livros e até tinha seleccionado umas passagens fantásticas mas o que se passa é que estou outra vez com dores de garganta e continuo perdida de sono e, para além do mais, ando cheia de trabalho e com coisas bem maçadoras. Ora, quando estou como me estou a sentir neste momento, a meio gás, só me dá para a ligeireza. Vocês desculpem lá.

*

E, face a este quadro, a única coisa que me resta fazer é ir enfiar-me na cama. 
Mas antes, meus Caros Leitores, quero desejar-vos um belo dia. 
Com ou sem passadeira vermelha, o que importa é que nos sintamos bem, não é?