Estou em crer que as televisões são o grande partido da oposição ou as grandes forças da desestabilização do país. Ou melhor: os fiéis seguidores da religião do bota-abaixo e os porteiros de serviço ao populismo. Manipulam as notícias, não sei se porque a inteligência não chega para perceber tudo e, portanto, deturpam a realidade ou se porque acham que rende mais se empolarem e infectarem a opinião pública. Seja como for, é nefasto. Quanto às redes sociais, felizmente a sua frequência é mal de que não padeço pelo que, se deformam mentalidades, estou fora.
Passei na Sic N e, para além do putativo-sábio mano-Costa, até a Cristas ali vi. Só vi uma intervenção da dita mas do que vi constato que continua burrinha como nos tempos em que assinou de cruz e sem pestanejar o fim de um dos grandes grupos económicos do país. Com sorriso beato e a convicção dos néscios, continuar a afirmar convictamente os maiores disparates. Depois de termos assistido durante anos às severas limitações do seu intelecto, eis que o mano-Costa ali a tem a fazer de conta que tem neurónios na cabeça. Porque o faz? Porque ainda não conseguiu perceber que ela não acrescenta nada? Ou porque acha que quanto mais burros os que lá leva mais confusão lançam... e nada melhor em televisão do que a confusão? Não sei, apenas pergunto.
Obviamente pelo Big Brother tento nem sequer passar. Se sempre foi coisa de lúmpen, agora que todo o canal levou banho de cristina é coisa pela qual não se pode nem passar perto. Desqualificou de vez. E digo isto com a segurança de quem nunca viu um único programa da deslumbrada e esguinchadora criatura. Só de a ver, de raspão, a fazer anúncio aos seus programas já fico com brotoeja. Muito, muito mau. Não é apenas ela que está em trajectória descendente: vai dar cabo da TVI.
Uma intoxicação.
Felizmente ainda me sobra algum ânimo para fugir desta praga. Contudo, os dias frios e húmidos não ajudam e o confinamento ainda menos. Já está a passar o primeiro mês mas o facto de não saber quanto mais tempo disto temos pela frente tira-me alguma boa disposição.
Ontem estive a fazer encomendas online para o aquariozinho mais querido e lindo. Mas não é a mesma coisa. Gosto de ver, de mexer. Além disso, parece que desapareceu de mim toda a vontade de fazer compras com excepção das básicas, do supermercado. Deixei de ser consumista. Está a fazer um ano que não entro em loja de roupa ou sapatos, em perfumarias. Comprei algumas peças, poucas, na decathlon e foi porque a roupa quente para estar em casa está in heaven. E comprei uns quantos livros para mim pelo Natal. Tirando isso, nada. E sem saudades. Pelo contrário, é por vezes com alegria que entro no closet para escolher a roupa que visto para as reuniões. Tenho que chegue e fico contente de todas as vezes que o constato. Ontem tinha vestido uma blusinha cor de rosa mas é uma blusinha fininha, decotada, pelo que, quando estava a pensar o que haveria de vestir por cima para não arrefece e para se conjugar bem, lembrei-me de um casaquinho da benetton com umas cores um pouco impulsivas: na parte da frente, losangos cor de rosa e cor de laranja. Pouco o vestia já, parecia-me já coisa um pouco datada, anos e anos que já o tenho. Fui lá abaixo, à cave, ao roupeiro onde estão os agasalhos, e trouxe-o. Gostei mesmo do conjunto. Agora fico contente com coisas assim.
Digo coruja mas não sei se era coruja ou mocho, nem sei se há diferenças entre ambos ou se é a mesma coisa.
Muito direita, uma cabeça imponente, muito digna. É a primeira vez que vejo ao vivo uma ave destas. In heaven às vezes, de noite, ouve-se o piar que penso que seja de uma destas aves. Mas ver, nunca vi. E é uma alegria olhar para aquela bela ave e pensar que coabitamos o mesmo espaço que animais tão extraordinários.
Também nunca mais vi a raposa e disso tenho alguma pena. Agora trabalho muito, horas ininterruptas. Mas, um dia que tenha tempo, penso que facilmente andarei pelos campos, em silêncio, tentando descobrir animais. Posso até sentar-me num canto, talvez lá ao fundo ao pé da horta, a ver se vejo passar algum esquilinho, um veado, um destemido galaroz.
Bem. E hoje, talvez por andar a pesquisar as diferenças entre coruja e mocho, ao parquear-me no Youtube, o meu amigo tinha me propor um vídeo muito bonito.
Sur les traces de la chouette, un animal si discret
Dans le massif du Jura, des Aiguilles de Baulmes en passant par l’Auberson, au plus profond des forêts de sapins et de hêtres se cachent les oiseaux mythiques que sont la chouette Hulotte, Tengmalm ou encore Effrai.
Seuls quelques initiés ont le bonheur de les apercevoir dans leur milieu naturel et c’est bien le privilège qu’on obtenu Pierre-Alain et Denise. Ce couple de passionné sillonne la région depuis plus de 40 ans afin de mieux comprendre ces mystérieux volatiles, et ceci avec une flamme intacte comme au premier jour.