Gosto incondicionalmente da obra de Paula Rego. E admiro-a como pessoa. É honesta, criativa de forma desbragada e tem um grão de loucura que me atrai. É uma mente livre, um espírito intemporal.
Esta sexta-feira fui conhecer a sua Casa das Histórias.
O poético edifício está envolvido por um jardim muito bem desenhado, e, por dentro, é amplo, arejado, agradável.
A exposição é uma coisa 'Entre Marido e Mulher' já que contempla obras da Paula Rego e do marido, falecido em 1988, Victor Willing. O texto de Miguel Matos é interessante para se conhecer melhor esta personalidade fascinante.
Na Casa das Histórias não se encontram obras recentes mas, sim, as iniciais, as feitas com colagens, desenhos, alguns acrílicos. Mas já lá estão os seres invulgares que povoam a sua obra, a ironia solta e livre, o imaginário popular português.
(Leque líndissimo - que comprei na loja do museu - com uma das marcantes mulheres pintadas por Paula Rego, de uma fase posterior às obras que se encontram expostas)
('The Lovers II, de 1974, guache e grafite sobre papel, exposta na Casa das Histórias)
E, num dos meus inacreditáveis ataques de imodéstia e de falta de sentido das proporções, apeteceu-me colocar aqui um quadro que em tempos pintei, num dia em que estava particularmente divertida depois de ver a Caras, com o habitual cortejo de gente bem disposta que saltita de festa em festa.
(Coisas de Casa: 'A madame cor-de-rosa vai a uma festa com o seu simpático marido')
PS: A entrada é gratuita
Nota: Em Fevereiro, Paula Rego recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Lisboa e, sobre isso, escrevi aqui
PS: A entrada é gratuita
Nota: Em Fevereiro, Paula Rego recebeu o doutoramento Honoris Causa pela Universidade de Lisboa e, sobre isso, escrevi aqui