Vi o debate e até dói ver como candidato a deputado europeu uma pessoa como o Tânger Corrêa. Não se percebe qual a ideia do Ventura. O senhor é daqueles em que não se aproveita uma. Daqueles que, se eu encontrasse num recinto a dizer disparates daqueles, se estivesse com vontade de me rir e de perceber o que é o ground zero da estupidez humana até era capaz de ir até lá. Mas, em condições normais, nunca me aproximaria. A criatura não dá uma para a caixa.
Quanto aos demais:
A Catarina foi a Catarina. Competente na comunicação mas, a meu ver, não acrescenta. Será sempre boa oradora, será sempre fiel aos seus princípios. Mas não vejo nela rasgo nem apetência pela descoberta e pela modernidade. E o Parlamento Europeu precisa disso.
O jovem fofinho do PAN, de que não fixei o nome, também não me parece que risque.
De quem gostei outra vez bastante foi do Francisco Paupério, do Livre: sabe do que fala, tem boas ideias, tem boa atitude. Acrescenta.
Não dou votos, não pontuo. Só digo que, a ter que votar em alguém de entre os que hoje debateram, votaria no candidato do Livre.
No dia das eleições é outra coisa e, para falar muito sinceramente, é decisão ainda em aberto.
E uma coisa me parece, mas sem dúvida alguma: é que, se os jovens que hoje não veem televisão, não leem, não se informam, e andam a votar com os pés (leia-se: no Chega ou, mesmo, na AD), tivessem contacto com a conversa arejada, equilibrada, temperada com os ingredientes do futuro do Francisco Paupério votariam, muito provavelmente, no Livre.
Volto ao parágrafo do início e ao que escrevi em epígrafe. Conheço, embora sem proximidade, um ex militar, pessoa que, em meu entender, deve ter alguns traumas.
[No entender dele, se soubesse que eu acho isto, tenho a certeza que diria que maluca sou eu por achar que ele pode ter algum trauma].
Adiante. Este meu conhecido acha-se um machão, é todo militarista, mas militarista 'à antiga', acha que o país -- porque, segundo ele, anda entretido com os gays, com as mariquicices LGBT e com outras larilices do género --, não dá o devido valor aos verdadeiros cidadãos que, se necessário, darão o peito às balas. Quando fala, a conversa é um misto de revanchismo, marialvismo, nacionalismo exacerbado, conservadorismo bacoco. Pois bem, desiludido com o frouxo do Montenegro (palavras dele), anunciou há dias que se fartou de esperar que isto vá lá com conversinhas da treta e, vai daí, filiou-se no Chega. E eu tenho cá para mim que se identifica bastante com a conversa do Tânger.
E, do que se vê e ouve por aí, não são só os malucos com vontade de acertar contas e que, volta e meia, até se mostram saudosistas da velha ordem salazarista... O que não falta é gente que não sabe nada de nada, que tanto acredita numa coisa como no seu contrato, que fala sem fazer a mínima do que está a dizer. Para gente assim, um Tânger marcha que nem ginjas.
Portanto, a ver vamos se nas Europeias não vamos assistir a um deslizar de votos da AD para o Chega...
Catarina Martins, muito sorridente, veio confirmar que as suas teorias se confirmaram. Confirmou também que aquilo que ela sempre disse se confirmou. Certamente, o Cardeal Louçã confirmará que o que ela afirmou se confirmou.
Por acaso, Catarina Martins não insistiu para António Costa comparecer à reunião que ela convocou para dia 31. Vá lá.
[O meu marido, aqui ao meu lado, diz que se fosse ao Costa ia à reunião mas não posso contar o que ele diz que, se fosse ele, diria à Catarina]
Mas, de resto, apesar de dizer, en passant que o Bloco teve uma derrota, continuou em tom eufórico, vitorioso e, com a sua arte em mobilizar o público, acabou debaixo de um entusiástico aplauso, tudo a bater palmas e a rir, na maior felicidade.
Gente aluada, desfasada da realidade, alienados.
[E já faltou mais para se saber como vai acabar o filme da noite.]
Já apareceu aquele pobre coitado que costuma avançar quando a coisa dá para o tordo e a Catarina e as Manas Mortáguas não sabem bem como descalçar a bota, o Pedro Filipe Soares. Disse qualquer coisa pouco relevante pois não é tão artista como elas.
Será que a Catarina agora o vai mandar ir bater à porta do Costa a ver se o Costa o atende...?
Também já ouvi a Marisa Matias e dizer que o Costa é que causou a crise política. Então o Marcelo anunciou que dissolvia a Assembleia se o Orçamento chumbasse... o Bloco juntou-se à direita e ao PCP e chumbaram... e ela ainda vem com essa conversa...? Ainda não perceberam que os portugueses não são burros e continuam a tentar fazer de conta que não fizeram o que fizeram...
[Mas, enfim, vamos com calma. A ver se temos resultados palpáveis. Por enquanto ainda estamos no domínio das sondagens]
Acabou o debate e, no fim, pouco tenho a acrescentar ao que escrevi no início. O facto é que adormeci e, ao acordar, voltei a ouvir o que estavam a dizer no início. Déjà-vu.
Por isso fico-me por onde já estava:
O António Costa obviamente está com a sua gravata verde. Continua bem disposto, tranquilo e a falar com segurança.
Tirando isso, isto ainda nem arrancou e o Rui Rio já está a falar alto de mais, dando mostras de querer desorientar-se.
Catarina Martins continua loura e com aquele seu arzinho sonso e teatreiro. Não aprende. Julga que está a falar para parvos e que pode continuar a vender a sua hipocrisia como se alguém acreditasse que é a santinha que finge que é. Aquele sorrisinho já não se aguenta.
João Oliveira continua entroncado e tisnado, com ar de quem se alimenta bem. Poderia ser um potente motorista ou um valente agricultor. Vem com a conversa engatilhada e fala compulsivamente, sem ser capaz de ir straight to the point. Não sou de dizer isto mas hoje tenho que dizer: o homem engoliu a velha cassete do PCP.
O Chicão começou por dizer uma anedota, o que fez o António Costa desatar a rir. Está aqui para fazer um número de stand up e tentar mostrar que é um sarrafeiro ainda pior que o Ventura. Trazer putos que estão na idade da ramboia para uma cena destas só podia dar em baderna. Alguém o leve, se faz favor, com os seus lindos olhos azuis, de volta para a escola infantil. E vistam-lhe um bibe para ficar ainda mais fofo.
A Inês Sousa Real veio com um look discreto que lhe fica muito melhor do que o último em que estava muito gaiteira. Mantém-se assertiva, bem preparada e continua a surpreender-me.
O Ventura falou, falou, falou e, como sempre, não disse nada. É um espalha-brasas, um vendedor de banha da cobra, uma nódoa
O Cotrim Figueiredo está com ar lavadinho, parece que saiu do banho, mantém-se bonitinho como sempre... mas hoje está irritadiço. A continuar assim deixo de lhe prestar atenção. Não gosto de gente que se arma em agressiva.
O Rui Tavares mostra que é inteligente, parece ser sensato e ter bom senso. O drama dele é não saber escolher equipas. Ainda estou traumatizada com aquele mau passo dele ao escolher a Joacine.
De vez em quando sou surpreendida com alguns factos. Este é que meio mundo fala sobre se ela esteve bem, se não esteve bem, se respeitou a ocasião, se procurou chamar o protagonismo para si quando tal não era suposto, se quê. As opiniões dividem-se, fazem votações, os comentários chovem. Às tantas já parece que a guerra é entre comentadores.
Pois bem. Ninguém me pediu a opinião mas eu, que gosto de opinar pro bono, aqui vos digo o que penso.
E o que eu penso é que, num casamento, a rainha das atenções deve ser a noiva e não uma convidada.
Na cerimónia parece que, tal como as outras damas de honor, apareceu compostinha mas, logo que pôde, mal começou o copo-de-água, soltou a franga que existe nela e mostrou-se quase desnuda, com o umbigo à vista e os seios para lá caminhando.
Além disso, quebrou aquela regra básica de que a um casamento não se vai de vestido preto. Há quem diga que quem se veste de preto para um casamento está já a fazer-lhe o luto antecipado. Mas, mesmo não indo para um argumentário fatalista, é uma daquelas regras básicas que convém não furar: não se bate na avó, não se cospe na sopa e não se vai a um casamento com um vestido preto.
Acho eu de que.
Kendall Jenner e o vestido usado no casamento da amiga
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Post Scriptum
Ah... já agora... Sobre o debate António Costa vs Catarina Martins o que tenho a dizer é que tiro o chapéu ao Costa pelo savoir faire que, uma vez mais, demonstrouao lidar tão bem (e tão pacientemente) com uma pessoa reiteradamente hipócrita, desleal e populista e, tanto mais, quando esta pessoa é uma artista, encenando cada expressão facial ou cada dichote.
Vi o debate entre Jerónimo de Sousa e António Costa. Jerónimo de Sousa, com ar vendido, sem viço, com uma conversa que frequentemente roça o populismo, usa um discurso vago, oco, dizendo verdades inegáveis mas sem apresentar uma única solução. O PCP disfarça o estado de exaustão ideológica dizendo banalidades. Não conseguiu explicar porque é que chumbou o orçamento quando era um orçamento que ia mais longe do que alguma vez se tinha ido na defesa dos direitos dos mais vulneráveis e na concessão de regalias aos mais carentes. Não consegui explicar, claro. Enunciou pretensas medidas inexequíveis e ilusórias mas enunciou-as de forma gasta, sem vida.
A questão do salário mínimo, por exemplo. Claro que toda a gente gostaria que o salário mínimo desse um valente salto. Mas... e depois? Iria encostar-se ou ultrapassar os outros salários? Esses teriam que subir. Mas... iam encostar-se ou ultrapassar os seguintes...?
E as empresas iriam aguentar o embate dessa subida generalizada dos custos de mão-de-obra sem repercutir nos preços de venda? Provavelmente não. Com as margens de lucro esmagadas como andam por quase todo o lado... Mas os clientes iriam suportar o aumento de preços...? Bom, se calhar não.
É que, como António Costa referiu, grande parte dos possíveis beneficiários não são funcionários públicos ou trabalhadores de empresas altamente lucrativas. Grande número das pessoas que usufruem do salário mínimo trabalha em pequenos restaurantes, pequenos cafés, pequeno comércio. Numa altura em que todas essas pequenas empresas estão tão causticadas pela pandemia, como infligir-lhes ainda outro golpe...?
Subir o salário mínimo, sim, claro. Mas de forma gradual, de modo a que toda a cadeia económica consiga adaptar-se.
O PCP e o BE não percebem isto? Bom. Se não percebem isto, então, mais vale que se dediquem a outra actividade, não à política ou a qualquer função em que se exija algum sentido de responsabilidade.
E, se percebem isto e, ainda assim o defendem, então das duas uma: ou querem o mal do país ou acreditam que a malta não percebe a sua hipocrisia.
Agarrado a conversas velhas, sem vida, o PCP continua, pois, a sua trajectória descendente. Não tem nada a propor. Continua a exibir jargões gastos, bandeiras que não convencem ninguém.
Antes vi excertos do debate de Rui Rio com o Ventura, Rui Rio com a Catarina Martins, Catarina Martins com o Rui Tavares.
A única coisa nova nisto é o cabelo da Catarina Martins: agora está loira e com madeixas.
Tirando isso, mantém-se populista, demagógica. Mostra que a deslealdade lhe corre nas veias, em abundância.
Tal como Jerónimo de Sousa, usa argumentos hipócritas para defesa das suas indefensáveis atitudes.
Fui defensora e, depois, apoiante de uma solução à esquerda, apesar de já antes o PCP e o BE se terem aliado à direita para abrirem a porta a um governo de direita, um dos piores de sempre, o de Passos Coelho e Paulo Portas. Mas achei que traição tão grave acontece uma vez na vida. Acreditei que as probabilidades de voltar a acontecer eram mínimas.
Afinal aconteceu uma segunda vez. Sem outra justificação que não a de ceder ao facilitismo de querer agradar ao seus militantes mais fundamentalistas, Jerónimo e Catarina uniram-se ao Rui Rio, ao puto Chicão e ao execrável André Ventura, abrindo uma incompreensível crise. Idem ao IL mas esse não conta. Só conta, como já o disse, porque acho o Cotrim de Figueiredo uma bela figura de homem, ainda por cima sempre elegantemente vestido. E sabe falar e apresentar-se. Ora, na política, isso é importante mas não chega.
Mas, voltando ao PCP e ao Bloco. Tenho lembrado amiúde a propósito do comportamento destes dois partidos: Roma não paga a traidores. Portugal também não. Não perdoamos a traidores, ainda por cima traidores reincidentes. Da parte que me toca, e não passo uma simples e insignificante votante, não apoiarei novo acordo que envolva partidos nos quais o Jerónimo de Sousa, a Catarina Martins ou as manas Mortáguas estejam ao comando ou que tenham o cardeal Louçã na rectaguarda. É gente em que não é possível confiar. Lamento mas é coisa que não consigo ultrapassar. Não perdoo actuações políticas desleais, irresponsáveis, hipócritas.
Claro que Rui Rio também não é flor que se cheire: que não haja dúvidas sobre isso -- é errático, incoerente, é um troca-tintas, um tangas, não tem uma linha de rumo firme. Já deu mil provas disso. Não tenhamos pois dúvidas. Mas, a ter que contar com o apoio de algum partido, e se o Livre e o Pan (partidos relativamente neutros e em que, apesar de alguns excessos a absurdos, parece haver algum bom senso) não chegarem, preferiria que se desse uma littlee controlada hipótese ao Rui Rio do que esperar que a demagoga e populista Catarina Martins e o gasto e servil Jerónimo (servil perante a linha dura dos seus militantes) traiam uma vez mais os seus eleitores (e o eleitorado de esquerda em geral).
Claro que preferia que o PS atingisse uma maioria estável sem necessidade de ficar na mão de quem começa bem mas acaba a chantagear. Confio no António Costa e confio na sua capacidade para formar e gerir equipas competentes e sérias. Confio na sua visão humanista e europeísta, confio na sua capacidade de ajustar um rumo estratégico face às circunstâncias adversas que vão ocorrendo, confio na sua capacidade de introduzir temas inovadores e na sua capacidade de ouvir e articular partes contrárias.
Tenho andado a ler à vez: um pouco do Para quê tudo isto?, biografia de Manuel António Pina e um pouco do Como não morrer.
Comprei o segundo livro para a minha mãe. O bom efeito da nutrição na prevenção e tratamento de doenças é o género de livro de que ela gosta, ainda mais escrito por um médico. Depois de o ter comprado, cá em casa folheei-o e pareceu-me bastante interessante.
Pensei que seria interessante para nós, cá em casa. Então, lembrei-me de o oferecer ao meu marido pelo Natal. Ofereci-lhe também o Jerusalém, a biografia. E, então, no meio da confusão da abertura dos presentes, todos a darem presentes a todos, abre ele o pacote com o Como não morrer e eis que o vejo ficar com ar estupefacto e os filhos a rirem e, ao mesmo tempo, a acharem que era um presente disparatado. Não percebi porquê. Não sei se acharam que era alguma indirecta, assim como se fosse um livro que se dá a alguém que está quase a bater as botas, se quê... Se o livro fosse: Como morrer mais depressa eu ainda perceberia que houvesse desagrado e estupefacção. Agora... é justamente o contrário... Nem é um livro dedicado à terceira idade. Não. É um livro bem escrito sobre as principais doenças causadoras de morte e como a medicina tradicional as encaram vis a vis uma alimentação saudável e equilibrada e um exercício físico adequado para as prevenir e ajudar a combater. Vou lendo aos bochechos e, até ver, estou a gostar de ler. Até estou a pensar oferecer aos meus filhos. Acredito piamente que uma vida saudável e uma alimentação equilibrada são fundamentais. Não garantem a vida eterna -- e ainda bem porque a vida eterna deveria ser uma seca -- mas talvez ajudem a viver melhor.
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As pinturas de Odilon Redon não têm muito a ver com o texto mas também o Vejam bem do Zeca não tem e não é por isso que deixa de ser aqui muito bem vindo.
E, para provar que não há limites para o despropósito e para lembrar que são precisos dois para dançar o tango, trago aqui, uma vez mais, o belíssimo tango dançado por Al Pacino e Gabrielle Anwar no Perfume de Mulher.
E se é bom ver Al Pacino a dançar, imagine-se o que será dançar com ele...
Estou a ver o noticiário e pasmo com a hipocrisia, com a sucessão de mentiras e com a permanente manipulação da informação por parte das desagradáveis dirigentes bloquistas. Tão arrogantes são que não percebem que os portugueses já as toparam faz tempo.
Não são uma maneira nova de estar na política como, de início, tentaram parecer. Pior ainda que isso: não querem o bem dos portugueses.
Por duas vezes, em momentos críticos, juntamente com os comunistas, deram o braço à direita para deitar abaixo um governo socialista.
Da primeira vez, abriram a porta ao pior período da era democrática, o período em que o Láparo, de braço dado com Portas, quis ir mais longe do que a troika (o Alberto João chamou ao período passista um período de genocídio social e de um aventureirismo que consistiu em dar cabo da economia supostamente para pôr bem as finanças e, em que, obviamente não melhoraram as finanças e estraçalharam a economia). E quem abriu a porta para que Passos Coelho e Paulo Portas quase aniquilassem o País foi o PCP, o Bloco de Esquerda, de braço dado com o CDS e o PSD. Não nos esqueçamos nunca disto.
Desta vez espero que lhes saia o tiro pela culatra e não consigam o que pretendem (embora, mentirosamente, digam que não): colocar a direita no poder.
As do Bloco de Esquerda praticam uma política rasteira, falsa. São demagógicas. São populistas. E são capazes das maiores deslealdades e traições. Já aqui o disse e volto a dizer. Em Portugal seguimos a velha máxima romana de que não pagamos a traidores. Portugal não lhes perdoará (tal como não perdoará aos comunistas).
Até que desaparecerão. Renascerão, mais tarde, noutra qualquer agremiação de ex-trostkistas, ex-maoistas, ex-marxistas-leninistas, sempre com ar blasé, armados em doutores da mula russa, com uma suposta grande paciência para explicar coisas ao povo. Só que o povo já os topa à légua, já não lhes liga peva.
As pessoas que votavam no Bloco e que eram decentes irão votar no PS e os que votavam nelas apenas porque lhes apreciavam a veia populista e demagógica, vão votar no Chega.
Se fossem inteligentes, percebiam isto e faziam um esforço para perder a cagança e para assimilarem o que o povo pensa. Mas como não são inteligentes e como se estão a cagar para o povo, iremos continuar a vê-las a andar por aí, uma a representar, toda sorrisos, feita Marine le Pen a falar para as massas, outra, feita doutora-urubu, a falar de alto, a dar lições não se sabe bem a quem.
Enquanto isto, o Chega vai alegremente recebendo os dissidentes do Bloco, do PCP, do CDS e do PSD. As sondagens já os dão com 10%, já a terceira força política do país. Uma vergonha. Sobretudo uma vergonha para o Bloco e para o PCP.
(Nem falo do PSD e do CDS que esses, autofágicos e destrambelhados como andam, se encarregarão de se devorar a si próprios)
Nas várias pessoas com quem hoje falei, a estupefacção e a irritação contra o PCP e o Bloco são generalizadas. Ninguém percebe, ninguém aceita.
A minha mãe, então, estava quase fora de si. Gente mais parva, concluía ela. Dei-lhe razão. Sobre o Bloco, ainda tentou desculpabilizar o todo, concentrando num só elemento a fonte de todo o mal: aquilo é tudo coisa daquele urubu, sempre de preto. Aí não lhe dei totalmente razão. Não sei se só é do urubu. Acho que também é da parrachita (como no outro dia ouvi chamar-lhe), talvez também do pérfido cardeal ou de toda aquela conjugação de ismos azedos, requentados, fora de prazo. O que sei é que de uma coisa podemos agora estar certos: aquilo é gente que não pensa.
Isto do lado das esquerdas reunidas (reunidas entre si & com a direita & com o Chega à mistura -- não nos esqueçamos). Quanto às direitas, o que se conclui é que reina o forrobodó. Guincham pela perspectiva do poder como histriónicas e impacientes gatas com cio.
Desforrando-me de não ter televisão (ainda não tenho!), ao vir para casa ao fim do dia, vinha ouvindo as notícias.
O PSD em efervescência. O Rangel, todo ele insuflado com a oportunidade que lhe puseram ao colo, com a voz em ebulição e já a querer dar-se ares de importante, enchia o peito de ar para dizer que tinha convidado o Professor Poiares e que o Professor Poiares tinha aceitado e que o Professor Poiares e ele próprio tinham convidado o distinto Professor Alexandre e que o distinto professor Alexandre tinha aceitado fazerem parte da equipa que vai fazer o programa. Muito jogo. Ganda Rangel. E acrescentou que, muita atenção, estas eleições não são para líder da oposição mas para primeiro-ministro. E todo ele, ao falar, se mostrava num verdadeiro frenesim imaginando-se primeiro-ministro. Um primeiro ministro que leva tudo à frente. Upa lá-lá. Cuidado com ele.
E, na euforia (e na ausência de substrato próprio), está a desenterrar toda a tralha passista para lhe fazerem uma cadeirinha e o levarem ao colo às eleições.
Será uma coisa mais fofa de se ver.
Já nem quer saber do Rio para nada. Na sua cabeça desfraldada, o PSD já é todo dele. E fala de datas, põe e dispõe, analisa na perspectiva disto e na perspectiva daquilo, todo ele teoria, uma coisa mesmo engraçada de se ver.
E depois ainda há quem diga que não se espere ver uma galinha a trepar às árvores. Ai não que não. A cacarejante aí anda provando que pode tudo: trepar às árvores, nadar à cão, ir ao Daniel e, armado em pr'a frentex e fracturante, assumir-se, convidar professores e, pasme-se, até distribuir jogo em Belém.
Quanto ao CDS, enquanto o puto Chicão se reúne com o alpacas Rio, o Pintas Melo anda a ver se adia ou se antecipa eleições, já nem sei (nem interessa para nada). Nos áureos tempos em que Madame Cristas da Coxa Grossa fazia poses extraordinárias em São Pedro de Alcântara mostrando-se coberta de kiwis, ainda havia assunto de que se falasse no CDS.
Agora com o puto Chicão, que tem medo de qualquer pum mais estrepitoso ficando de olhinhos esbugalhados a ver se percebe quem o deu, e que tem conseguido a proeza de reduzir o partido a raspas, já ninguém lhes liga patavina.
No meio disto não sei que ideias levitam na cabeça do exuberante Marcelo mas que ele ajudou à festa, lá isso ajudou. Portanto, agora que desembrulhe a crise que ajudou a criar ao dar corda a quem só a sabe usar de forma perigosa para si e para os outros. Se o seu primeiro mandato foi o dos omnipresentes beijinhos a ver vamos se o segundo não será o das permanentes macacadas.
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Como é bom de ver, a imagem do Upa lá-lá Rangel provem do saudoso We have kaos in the garden.
Tenho a reconfessar que estas eleições não mexeram comigo. Do pouco que vi na televisão ou do que li, nomeadamente em alguns programas eleitorais, foi o que referi há dias: mais do mesmo.
No entanto, acredito que a vitalidade da democracia se mede também através da qualidade de vida nas cidades (ou vilas) e, para isso, é relevante a competência, a dedicação, o profissionalismo e a visão estratégica das equipas que conduzem os destinos autárquicos. E, talvez por isso, ouço o que dizem os candidatos e acho que deveriam ser todos (ou quase todos) rifados.
No que se refere ao Porto, não vivo dentro nem tenho acompanhado: não me pronuncio, pois.
Mas sobre Lisboa tenho opinião. Lisboa está magnífica. Pode ter pontos de imperfeição ou pode ter coisas que não funcionam bem. Mas, no cômputo geral, está magnífica. É magnífica.
A reviravolta no bom sentido começou antes do Medina. Vem de Sampaio, vem do Costa. Mas o Medina executou a estratégia e não desgraçou tudo. Pelo contrário, continuou a melhorar a cidade. Não falo dos bairros históricos transformados em alojamento local. Foi tendência geral, cá e em todo o lado onde o turista gosta de andar. Chama-se gentrificação e é fenómeno global. Não vale a pena armarmo-nos em beatos, querendo ver culpa no vizinho do lado, neste caso no Medina. Não. Voo barato e, portanto, muita procura tem esta implicação: aumenta a oferta. É o mercado, nada a fazer.
Para mim, o pior mesmo, o que o fez perder as eleições, foi a colagem excessiva à imagem do aparelhista bem comportado, o socialista linha soft, menino apertadinho, que vai à televisão falar em nome do PS. Mas quem fala assim, sem garra, fugindo assustado de problema, desfazendo-se em desculpas e mais desculpas mesmo do que não tem culpas, renegando o que for preciso para continuar na primeira fila, dedinho no ar, não pega. Junto do público feminino, então, não pega mesmo. Mulher não gosta de homem com espírito fraco. Ainda por cima, imagem televisiva semanal e monocordicamente gasta a desfiar comentário morno sobre tudo e sobre nada, cansa. A gente quer pensar que na autarquia está um gestor eficiente, um executivo incansável e não um principezinho bem comportado que se dedica ao comentário e ao falatório político.
E depois tem aquilo das ciclovias. A Penélope explica tudo muito bem. Concordo. Ciclovia é, obviamente, uma boa ideia. Cidade limpa, ecológica, toda a gente gosta. Mas uma coisa é haver avenida larga, passeio largo, coisa planeada ab initio: o peão ou a bicicleta ser quase o rei ou a rainha e os carros um acessório. Isso é bom. O pior é quando o carro está por todo o lado, na estrada, no estacionamento (quando não no próprio passeio), e a estrada é reduzida ou o passeio é cortado ou cruzado por ciclovia e a gente nem saber bem se pode pôr o pé ou deixar criança andar à vontade.
E há mais: do que se comenta por aí, subsiste na Câmara o que de pior existe da velha escola dos boys socialistas, as assessorias pagas a peso de ouro que mais não fazem do que alimentar a intrigalhada partidária e a manha e a amizade ao trabalho de faz-de-conta. Ora isso já não está com nada. Isso e as mordomias que a Guida gorda gosta de ter. O eleitorado já não tem pachorra para isso. O eleitorado castiga.
Pode tudo isto não ser extraordinariamente significativo mas foi o suficiente para Medina ter perdido a Câmara. Como ele disse, por um voto se ganha, por um voto se perde.
A vitória caiu de bandeja no colo do Moedas. Uma ave-rara que promete aos lisboetas, em tempos de paz e de progresso, "sangue, suor e lágrimas", em condições normais levaria uma corrida em osso. Só um wanna be desfasado do realidade se lembrava de tal disparate.
Dizem que foi um bom Comissário e até acredito. Mas foi também um fiel homem de mão de um inqualificável Láparo e disso eu não posso esquecer-me. Pode não ser totalmente incompetente, pode não ser gatuno, corrupto ou analfabeto. Menos mal. Mas parte do seu passado é negro e o seu presente não revela golpe de asa, visão fora da caixa ou sentido de modernidade. Tomara que consiga fazer um trabalho que não desmereça o legado dos seus antecessores na Câmara. A bem dos lisboetas e de todos quantos cá trabalham ou cá estão de visita, é bom que faça um bom trabalho e, nesse sentido, só posso desejar-lhe boa sorte.
Tirando isso, tenho pena pelo Bernardino. Não sei como foi a sua gestão mas tenho-o em boa conta.
O mundo vai andando, umas vezes para a frente, outras para os lados, a maior parte das vezes aos tropeções. Mas ninguém suportaria que andasse para trás. E o PCP tem isso: quer ficar preso ao passado, à conversa do já era, aos ideais que já tombaram faz tempo. Pode até ser gente honrada e bem intencionada -- aliás, não tenho dúvida que o é. Mas são sectários ao porem-se do lado errado da trincheira, e errada porque a guerra já é outra. A população já não quer ouvir falar de coisas que já não lhes dizem nada. Aqueles a quem a conversa do PCP ainda diz alguma coisa já estão velhos e em minoria. O eleitorado, na sua maioria, já está noutra. Tenho pena, em especial pelo Jerónimo, o último dos moicanos, um homem digno e sério. Mas é a vida.
As grandes lutas agora já não são as sindicais, com os sindicatos da função pública à cabeça, a luta agrária, esses temas de antigamente. As grandes lutas agora são as do ambiente, as da luta pela felicidade, pela qualidade de vida, as da demografia, as da diversidade e da inclusão. O PCP não sabe estar nessas lutas. Mesmo quando quer estar, usa um vocabulário de tempos passados. O PCP e essa abstracção chamada CDU voltaram a perder e o pior é que não sabem interpretar as derrotas. Para eles, as derrotas são sempre por culpa alheia. Aos poucos vão caminhando para o próprio fim.
O Bloco de Esquerda também perdeu e é natural que tenha perdido. Com o viço com que apareceram há uns anos anunciando a diferença, atraíram os que estavam cansados de partidos velhos. Sol de pouca dura. Com esta direcção, Catarina & Manas Mortáguas, o BE vem revelando à saciedade que é sangue populista o que lhes corre nas veias. Num local, não sei onde, perderam um vereador e o Chega ganhou um. Um populista substituiu outro populista. É natural: populismo é populismo, vista-se de esquerda ou vista-se de direita. Não vão acabar bem.
Do CDS não vale a pena falar. Aliás, não há nada a dizer. O perfeito nulo.
Quanto ao PSD, o que tenho a dizer é que as hostes laranjas sabem mexer os cordelinhos autárquicos. Ou não fosse o burocrata Rio um homem do aparelho. Mas o aparelhismo tem perna curta e o ar de quem está permanentemente fornicado com qualquer coisa, seja lá o que for, faz com que a malta queira é vê-lo pelas costas. O ambiente fica pesado com o Rio por perto. Portanto, este balão de oxigénio é coisa que não cura o estertor, apenas o adia.
Mas adia o tempo suficiente para que a galinha cacarejante tivesse cacarejado, uma vez mais, antes de tempo. Numa campanha de relançamento em que valeu tudo, até sair mediaticamente do armário, Rangel deixou-se embalar pelos que anteviam uma demissão de Rio na noite das autárquicas e, destravado como só ele sabe ser, atirou-se para a frente das luzes da ribalta. Correu-lhe mal. Portanto, dupla sensação de vitória para o sempre aziado Rio.
Mas vai ser coisa efémera.
Não sei se sobra alguém mas acho que não. Mas, mesmo que sobre, não teria mais nada a dizer.
Faz falta sangue novo, um olhar novo, um pensamento novo. Enquanto isso não aparecer, isto das autárquicas é uma grande seca.
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Volto para responder ao comentário sobre o Santana Lopes. Não sei bem que diga. Vida mais errática não há. O que ele já fez e desfez, a forma como se lança e depois se cansa, tornam-no não apenas imprevisível como pouco confiável. Há funções para as quais a determinação e persistência são fundamentais e a de presidente de uma câmara (ou de um governo) é uma delas. Ora, determinação e persistência são coisas que a ele não lhe assistem lá muito. Dá ideia que se move pela adrenalina, pelo prazer da novidade.
Contudo, apesar de toda a aleatoriedade no seu percurso, ao chegar aos sessenta e cinco e continuar a ser assim, abalançando-se para estas coisas, voltando a percorrer uma etapa que já tinha ficado lá para trás no percurso da sua vida, há que lhe reconhecer algum mérito. Mostra que é sobretudo um personagem literário de que um dia alguém fará um filme. É um romântico. Deve ser respeitado enquanto tal. Um dos últimos românticos.
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Para ver se conseguia amenizar a aridez do texto, usei fotografias de Niki Colemont
e trouxe Birdy com Evergreen para nos fazer companhia
Depois do momento religioso e do momento de aconselhamento conjugal, já não sei com que mais encher o chouriço da espera pelos resultados finais. Por isso, venho só aqui para dizer que façam lá o favor de me desculpar mas vou dormir sem me pronunciar.
Falta saber Lisboa. E creio que também, já agora, Setúbal. Os resultados devem estar enguiçados pois nunca mais é sábado. Mas, de tudo o que se sabe, que é quase tudo, todos perderam um niquinho de coisa nenhuma mas ganharam muito mais em todo o lado. Como sempre, todos ganharam. Ainda bem.
TAgora uma coisa devo dizer. Toda a gente apareceu tranquila com excepção para o maluco do Rio que anda sempre fornicado, vá lá a gente saber porquê. É um enjoado e um mal disposto. Mas, apesar disso, podia disfarçar e mostrar-se contido e decente. Mas não. Está sempre furioso. Vá lá a gente saber porquê.
Enquanto escrevo, vejo sinais de festa na sede do Moedas com a Madame Cristas da Coxa Grossa mais o seu devoto marido a andarem a espalhar sorrisos pelo pedaço. Mas de oficial não sei de nada. Provavelmente ganhou. Mas, seja o que for, dá no mesmo. Apertadinho por apertadinho, venha o diabo e escolha. O que posso dizer é que, se o Medina perdeu, perdeu bem, fez por isso. Se ganhar, é sorte.
Quanto às conclusões nacionais não as retiro. O voto autárquico tem pouco a ver com o legislativo.
Quanto aos líderes dos partidos só posso dizer que o único que se aproveita continua a ser o Costa. De longe, muito longe. É um líder para todas as ocasiões.
A seguir, pela dignidade, o Jerónimo. Mas o Jerónimo anda num filme que já não tem nada a ver com nada.
Quem leva o troféu do pior líder é o Rio. Um totó. Insuportável. Totó e chato, uma mistura do mais desagradável que há.
O Ventura é uma nódoa mas engana bem os incautos. Portanto, é um perigo. Levaria o troféu do líder mais perigoso se eu estivesse para dar troféus a nódoas. Não estou. Era o que faltava.
O troféu para o líder mais populista vai para a Catarina Martins. Em qualquer situação, pula-lhe o pezinho para o populismo.
O troféu para o mais irrelevante vai para o Chicão. Um zero. Aproveitam-se os olhinhos azuis que são bonitos e os poucos apoios que obtém vêm certamente daí. Só pode.
E agora vou dormir que daqui a nada tenho que estar a pé. Devia escolher umas imagens e uma música para acompanhar isto mas o quê? Só se for a Rosinha mas a esta hora já não tenho saco para as pirolitices da Rosinha.
Escrevam o que vos digo: ainda os havemos de ver aos beijos na boca.
Ná... Quais beijos na boca...? Ná... Havemos de vê-los é numa animada suruba com o André Ventura à mistura que, a bem dizer, é farinha do mesmo saco.
E, pela parte que me toca, nada mais tenho a dizer. Só acho é que os artistas do bando dos quatro, futuramente dos cinco, para mostrarem que fazem parte do mesmo clube, devem passar a apresentar-se com a mesma marca num dos olhinhos. Sugiro esta da autoria de Tal Peleg. Teria ainda mais graça. Quando víssemos alguns deputados a avançar, Assembleia adentro, com a marca num dos olhinhos já saberíamos: olha lá vem a turminha que gosta de vir brincar para o Parlamento.
Filme de terror...?
Ná. Uma paródia. Não percam os próximos capítulos. Antevê-se mais cenas com arma branca do que as rixas entre gangs no Bairro da Laranjinha de Esquerda. Escrevam.
Agora, aqui, não vou falar do Trump. Já o fiz no post abaixo e, ao ver o pequeno vídeo que ali partilho tal como de cada vez que observo aquele psicopata, fico irritada. Portanto, por hoje já chega. Quanto muito vou acender uma velinha a ver se todos os santinhos intercedem junto da Suprema Autoridade Divina no sentido de os americanos darem uma valente corrida em osso ao palhaço Donald.
Também não vou falar do modo de actuar do BE nesta coisa da votação do OE2021. Não me apetece. É mais do mesmo. São, uma vez mais, iguais a elas próprias. Por petulância, vendem a alma ao diabo se necessário for. Não digo que por vezes não tenham razão. Mal fora se nunca a tivessem. Digo é que não olham a meios para atingir os fins e, nessa demanda, esquecem-se dos interesses do País para defenderem os interesses do partido. Como meninas birrentas, metem uma na cabeça e ficam a fazer finca-pé enquanto não lhes fazem a vontade. Agarram-se com unhas e dentes a uma árvore sem quererem saber se o resto da floresta está a arder. Querendo fazer-nos crer que têm uma visão moralmente superior aos comuns mortais, a verdade é que passam a vida a mostrar à saciedade que têm uma visão pequenina e medíocre do que é a política.
O que elas defendem parece simpático? Claro que parece. Céu azul todos os dias? Claro que quero, é bom, levanta a moral, toda a gente deve ter direito a isso. Ir à praia todos os dias? Claro que é bom, claro que todos devem ter direito a isso. Pôr o carteiro a deixar um envelope com mil euros todas as semanas na caixa do correio de toda a gente? Claro que é bom, claro que toda a gente deveria ser contemplada. Mas, se não conseguirem isso, faz sentido fazerem birra? Ah... não me parece. Mas sei lá. E do que não sei não falo. Nem me apetece falar das manas Mortágua, em especial da arrogante Mariana, nem da artista encartada Catarina. São apenas, em permanência, um desnecessário e desagradável déjà-vu.
E muito menos vou falar dos merdinhas dos totós cor-de-rosa que por aí andam em vara, destravados, escoiceando, empinados, indomáveis. Apesar de invisíveis, conseguem fazer ajoelhar o mundo. Pelo andar da carruagem, talvez o verão do ano que vem não traga o pesadelo que este trouxe. Pode ser que, até ao próximo outono, haja vacina para todos (mas quem vai pagá-la? a segurança social, cada vez mais a tender para a descapitalização...? -- melhor nem pensar nisso), quiçá tratamento. Isto se passado algum tempo não aparecer outro corona e a história voltar a repetir-se. O futuro não será radioso. Se não forem os coronas, será a falta de insectos, a falta de polinização. Se não for isso, será o degelo. Se não for o degelo serão os microplásticos. Se não for...
Portanto, afigura-se-me que é muito bem capaz que o melhor que temos a fazer seja manter esses pensamentos racionais bem sossegados atrás de uma cortina que, de vez em quando, corremos. Olhos que não vêem, coração que não sente. Portanto, com os assuntos reais e concretos bem escondidos, a gente pode divagar e alienar-se à vontade como se o mundo fosse perfeito, céu azul todos os dias, praia ao dispor para todos, gaivotas dançando e inspirando lindas canções, velhinhos saudáveis e eternos, crianças felizes e sempre com boas notas, casais sempre amantíssimos até ao fim dos tempos. E perfumes maravilhosos. E, de entre eles, o meu preferido: o Nº5, claro. Está a fazer 100 anos e é como se ainda fosse um jovem.
O Natal -- que provavelmente este ano também vai ser o novo Natal (para rimar com o novo-normal) -- está a aproximar-se e, com ele, os bons sentimentos transformados em cadeaux. E, portanto, já aí está na calha a publicidade de qualidade. Perfumes, claro. Chanel, obviamente.
Marion Cotillard é a diva que dá corpo ao que se idealiza como sendo o espírito Nº 5. Vejamos. E deixai-nos sonhar, Senhor.
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As fotografias são da autoria de Annie Leibovitz e a fotografada é Cate Blanchett
Ouça, não conheço os movimentos de qualquer espécie da Isabel dos Santos, muito menos os financeiros, não conheço relatórios de auditorias, nada. Apenas intuo.
E o que intuo é que dinheiro de Angola (nomeadamente o da Sonangol), a ter sido desviado, foi para contas a bom recato em lugares onde ninguém lhe chega. Ou seja, assunto que respeita a Angola.
As empresas portuguesas que ela comprou, cá para mim, foram compradas com dinheiro dos bancos que operam em Portugal. Portanto, minha Cara, a haver atenção, e é bom que haja, deve ser junto dos bancos que financiaram as operações. Se a coisa não se resolve como deve ser, nomeadamente no caso mais preocupante da Efacec, tomara que não descambe num buracão que tenha que ser pago por todos nós. Nós, portugueses.
E vamos ver se um capital de conhecimento que não deveria ser alienado, como é o da Efacec, uma grande empresa de engenharia portuguesa, não vai parar a mãos a que jamais deveria ir parar. Se há coisa que deveríamos manter nas mãos do País deveria ser esse capital de conhecimento. Atenção, pois, também, à operação que foi desencadeada com a decisão dela de sair também desta empresa.
Eu, por exemplo, Cara Catarina, preocupar-me-ia, e bastante, se uma empresa como a Efacec passasse a ser detida por chineses -- numa operação talvez alavancada por um banco que se calhar também vai passar a ser detido por chineses (porque também são chineses os prováveis compradores do EuroBic, certo?).
Isso, numa perspectiva estratégica, preocupar-me-ia e muito, Catarina.
Volta e meia coincide eu ir no carro e estar a dar um resumo da campanha. No outro dia, uma senhora dizia que, salvo erro, da Venezuela lhe tinham cortado parte da reforma ao que Catarina Martins se insurgia, que não estava certo, que devia receber a reforma por inteiro. E não sei se foi essa senhora, se outra, que lhe disse que ela lhe fazia lembrar a Princesa Diana. E a Catarina, em vez de dizer 'cruzes, canhoto, ó mulher vire essa boca mas é pra lá que não quero ter o fim triste que ela teve', fez um sonzinho enaltecido, acreditando-se já a princesa do povo, rainha dos corações.
E isto foi o que registei na memória em vários dias.
Não, peço desculpa, registei também outra coisa: o Negrão, o tal puro que usou assinaturas de pessoas sem lhes pedir autorização, a dizer que o parlamento ia ficar cego, surdo e mudo durante a campanha por não ter sido aprovado uma reunião deles na sexta-feira para debaterem se o ministro sabia se não sabia.
E eu, ao ouvir aquela conversa desesperada, só me lembrei daquele jingle da TSF em que se ouve o dito líder da bancada do PSD, voz trémula, lançando um lancinante 'o senhor tem pelos no coração...!' ao Costa. É que, quando ouço aquele grito de dor, só me ocorre que ainda bem que foi ele e não Catroga que assim se manifestou.
Logo a seguir, ouvi o Rio a dizer a propósito da conversa do seu líder: não morre ninguém por causa disso. E, ali no carro, sozinha, no meio do trânsito, desatei a rir. Cego, surdo e mudo, na volta também com pelos púbicos no coração mas, vá lá, morrer não morre. Menos mal.
Mas, portanto, da campanha, que me lembre, não registei mais nada.
Volta e meia, entre um e outro zapping, vi peixeiras ou mulheres no mercado ou na rua a convidarem candidatos para o quarto ou a dizerem brejeirices que deixam os pobres homens encabulados. Uma, sorrisinho malicioso no canto da boca, dizia para o candidato pôr a bandeira direita e perguntava se ele já não conseguia endireitar o pau. Geralmente, nestas ocasiões, o meu marido diz: 'Eu bem digo: as mulheres são muito piores que os homens'.
E eu, ao agora escrever isto, lembrei-me do comentário do Onirocrata e estou aqui a pensar que ele, o Ony, deveria fundar um #MeToo_Y para os homens com razão de queixa das mulheres, ou seja, para quase todos. É que as mulheres, essas malucas, são um perigo: umas deixam-se agredir física e psicologicamente pelos homens e outras apalpam-nos e fazem de tudo para desviá-los por maus caminhos. Um perigo, as mulheres. Tadinhos dos serzinhos do cromossoma y, sempre vítimas delaX.
Quanto a debates também não posso pronunciar-me pois tenho ideia que só vi um, o dos quatro contra o Costa. E entrevistas, assim de repente, acho que só o Ricardo Araújo Pereira com a Joacicine do Livre.
Mas até pode acontecer que tenha visto ou ouvido mais. Mas não me lembro, não ficou cá nada.
Para mim, estas campanhas são uma indigência intelectual, um desperdício político, uma canseira para os candidatos que andam em tournée, uma perfeita inutilidade para todos. Salvo quaisquer excepções de que agora não me lembro -- e nas tintas se alguém aí, Martin incluído, acha que o digo por sectarismo -- mas, na realidade, do pouco que vi e ouvi, foi o que constatei: acho que só o PS se limitou a dizer quais as suas intenções. O resto andou todo a malhar no PS: só chicana, maledicência, intrigalhadas, quadrilhices. Não me assiste. Ainda se essa grande figura da política nacional não tivesse desistido... Agora, com o grande Castelo Branco fora de combate, foi basicamente mais do mesmo. Sem graça. Sem conteúdo.
Não sei como é nos outros países. Nestas coisas acho que não vale a pena inventar a roda. Chama-se a isso fazer benchmarking. Gostaria, pois, de saber como fazem em países onde a democracia já leva mais anos de estrada. Não acredito que, em locais onde a malta é civilizada há mais tempo, os políticos andem em feiras a gritar 'toda a ciganada a votar no CDS', a insultarem-se, a lançarem suspeitas, a avacalharem a conversa ou a prometerem amanhãs que cantam mesmo que seja em Caracas. Ou a perguntarem o nome dos cães. Acredito que há maneiras evoluídas de mostrar aos eleitores quais as suas ideias sem ter que poluir o ambiente nem abalar a sanidade mental dos mais incautos.
Ah, é verdade, lembrei-me ainda de mais outra: aquela tal do Rio que num dia até prendia jornalistas por alimentarem a Justiça de tabacaria e, no dia seguinte, já esquecido do seu ponto de honra, os chamou para lançar a acusação contra um inocente (relembro: até prova em contrário toda a gente é inocente), fazendo o julgamento na praça pública do ministro Azeredo e do Costa. O mesmo Rio que, não tendo a malta toda desatado a apedrejar a mulher do Costa (sim, porque se o ministro sabia, o Costa claro que sabia e, logo, a mulher também tinha que saber), inventou outra: a de que o Centeno deveria receber uma aula do Sarmento, o ministro das finanças que o Rio já nomeou não se sabe bem para quê. Claro que o Centeno, que tem os dedos de testa que faltam ao Alpakas, o mandou dar banho ao cão.
E eu, que não sabia quem era esse tal génio da batata frita, o Joaquim Sarmento, resolvi googlá-lo, para lhe tirar a pinta. E tirei mas não me alongo. Hoje estou em dia bom: a santinha desceu em mim com o regaço a transbordar de caridade. Mas uma coisa eu tenho mesmo que dizer. É que, olhando o dito Quim, achei que o senhor até pode ser bom a dar aulas sobre a contabilidade das laranjas mas uma coisa ele não sabe: que as mangas das camisas do homem não devem ter vinco.
Tirando isso, noves fora nada, alekui-alekuá, xiripitatá-tatá. Urra. Urra.
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Hesitei. Freitas do Amaral merecia estar em melhor companhia aqui no Um Jeito Manso. Ou sozinho, num post apenas a ele dedicado. Mas, tudo sopesado, acho que estará bem aqui. A demonstração pelo absurdo é um método tão bom quanto qualquer outro. De um lado a Cristas, o Rio, a Catarina, o Ventura e etc e, do outro, ele.
Nunca votei em Freitas do Amaral nem sequer, em seu original tempo, alguma vez senti simpatia política pelas suas ideias. Depois, aos poucos fui adoçando a opinião. Fui achando que, independentemente das suas ideias, era um senhor, era uma pessoa respeitadora e digna. E comecei a sentir simpatia. Não propriamente pelas suas ideias que não me pareciam muito definidas mas por ele. Ou fui eu que ganhei maturidade ou tolerância ou foi ele que se chegou ao lado gauche da vida, seja lá o que isso quiser dizer.
Foi-se e eu, ao ouvir a notícia, senti pena. No outro dia, quando ia no carro com a minha mãe, passámos por uma casa que deve ter sido bonita e que está, há muitos anos, abandonada, cada vez mais degradada. Contou-me que era de dois irmãos, ambos sem herdeiros. Foram para uma residência, a casa ficou ao abandono. Agora que morreram ainda mais ao abandono ficou. Assim o CDS, uma casa que, percebi mas tarde, nasceu inteira, digna. Havia o Freitas e o Adelino. Gente inteligente, íntegra. Foi-se um, de uma maneira traumática, depois saiu outro. E o partido nunca mais foi o mesmo. Monteiro, Portas -- e, agora, descambou de vez com a Cristas. Agora que Freitas morreu, acaba a memória do CDS. Ficará ao abandono até que alguém o deite abaixo.
Mas Freitas do Amaral sobreviver-lhe-á -- quer através da obra que deixou, quer através da memória de coragem, dignidade e elevação na política que dele ficou.
Se há um panteão da memória da democracia portuguesa, de uma coisa podemos nós estar certos: Mário Soares está lá de braços abertos para receber o amigo.
Tenho a televisão ligada na RTP 1 e estão a passar imagens da campanha.
A Cristas, com o seu séquito a reboque, anda pelas feiras e mercados e não sei se hoje algum militante do CDS terá dito o que disse no outro dia, que quertoda a ciganada a votar no PS. Aquela mulher não pode ser levada a sério. É alarmista, é desbocada, é despropositada, o pé está sempre a pedir-lhe chinelo. Desagradável.
Não vi nada no PSD. Não sei se o Rio estará a ver para que lado há-de aparecer virado na próxima aparição ou em que costas há-de espetar mais um punhado de facas ou se fui eu que estive distraída e não os vi em campanha.
Vi o Jerónimo, digno como sempre, inteligente, com um discurso conciliador, civilizado. Posso não me identificar com a ideologia que têm no ADN mas reconheço no PCP um registo de parceria fiável. Já o disse e volto a dizer. Jerónimo de Sousa é um senhor. E só não escrevo senhor com maiúscula porque, apesar de simpatizar com ele, acho que também não é caso para o equiparar a Deus Nosso Senhor.
Vi o PS e estavam em Matosinhos, num espaço enorme, cheio de gente. Prestei relativa atenção ao Augusto Santos Silva e uma vez mais pensei que, apesar de ser uma pessoa inteligente, culta e de ser dono de um espírito suculentamente irónico, não faz bem o meu género. Ele gosta de uma boa polémica e de a agarrar com truculência. Seria uma boa pessoa para duelos aparatosos, supimpamente relatados por quem bem manejasse a pena. Só que os adversários de hoje não são gente de ir à luta de peito feito, são gente de falinha mansa, mamar doce. Por isso, não sei se o estilo Augusto Santos Silva terá a eficácia necessária.
E isso leva-me ao Bloco de Esquerda. Farejo perigo quando pressinto um populista. E esta Catarina tornou-se um concentrado de populismo. O que ela diz, naquela sua voz suave e bem cadenciada, é música para os ouvidos de quem a ouve. Se está numa terra em que fecharam serviços, ela diz que os quer abrir. Se for a um sítio em que a população tem rendimentos baixos, ela fala do apoio que o governo deu aos bancos. É como se uma foice tivesse cegado toda a compreensão económica e todo o sentido de responsabilidade que alguma vez pudesse ter tido e a única coisa que agora valesse fosse a palavra que cai bem. Se me vierem dizer que a reforma vai passar a ser aos cinquenta e que quem trabalhar mais do que isso receberá uma bonificação por cada ano a mais e se eu não fosse pessoa razoavelmente informada, se calhar também ficava cativada e me bandeasse para o lado dela. E o receio é este: que os menos informados caiam na esparrela das palavras ilusórias.
Além disso, tem mostrado ser desleal, uma pessoa que mostra querer o poder a todo o custo. Não era assim, ela. Dá ideia que lhe subiu o poder à cabeça. Ela e o Bloco a reboque dela. Tentam agarrar qualquer pessoa, até apelam ao voto nos descontentes do CDS (como, no outro dia, em Viana do Castelo). Ouço-os e fico arrepiada. Tomara que as pessoas percebam a tempo e lhes mostrem que em política não vale tudo. Este não é o Bloco do João Semedo. Nem o do Miguel Portas. Esta é uma degeneração, uma deriva populista. Já não são de esquerda nem de direita, são, simplesmente, populistas.
Aliás, estou em crer que um dos males do mundo e uma das maiores ameaças ao desenvolvimento sustentável e harmonioso dos países é a chaga do populismo.
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Entretanto, começou a entrevista ao Costa, na sede do PS, e a sua segurança e maturidade, a sua visão equilibrada e humanista e o seu vasto conhecimento da realidade nas suas diversas vertentes, confirmam porque é que vou votar no PS. Além do mais, pelos frutos os conhecemos.
A televisão estava lá, no ponto. Acabaram-se as férias, voltei a pegar no batente: se é para sofrer pois que venha com debate e tudo.
Vi o começo. A Clara com aquele ar todo cheio de óculos, fazendo perceber que a todo o momento podia soltar o chicote, a Maria Flor com aquela voz encorpada que ainda ela nem abriu a boca e já impõe respeito e o José Alberto, coitado, a tentar a todo o custo mostrar que duas mulheres daquelas não chegam para o intimidar.
E, para prestar contas, o Costa e o Rio.
E o Rio naquele registo de quem está por aqui só para ver passar os ciclistas, a dizer que foi só uma forma de dizer e que disse aquilo em geral e que não sabe bem mas é capaz de ser. E Costa, seguro, os números na ponta na língua, desmanchando a prosa solta do outro.
Só não gostei quando, respondendo à indignação do Rio sobre os julgamentos na praça pública, Costa deu de barato a suruba pegada entre o Ministério Público e alguma comunicação social de sarjeta. Isso eu não gostei. Se calhar foi sincero e um Primeiro não pode fazer nada em relação a isso. Mas, seja como for, não gostei. Preferia que ele tivesse dito que também lhe mete nojo que se condene alguém na praça pública e que com baratas dessas não pode haver piedade, só pontapé na fuça.
Também gostei da franqueza pessoal do Rio.
Não tem mão no partido, não leva jeito na gestão de equipas, não sabe escolher colaboradores, tem-se rodeado duma gente que não se recomenda, ziguezagueia em alturas em que seria suposto mostrar que é capaz de andar a direito, não tem visão abrangente, mija no pé do vizinho. Um desastre. Não é homem para tomar conta do saco de gatos que é o PSD quanto mais de um país.
Mas, depois de vê-lo hoje (ainda que não com total atenção até ao fim, e já explico porquê), fiquei a achar que uma pessoa como ele é capaz de ser mais fair e menos escorregadio e perigoso do que uma Catarina-BE-Conversa-Mole que diz o que lhe vem à cabeça para soar bem, uma populista de primeira, uma espécie de gabarolas com uma certa tendência para ser traiçoeira.
Pode acontecer que alguns indecisos, preocupados com a deriva demagógica da Catarina-Conversa-Mole, possam querer contrabalançar o efeito dela num futuro governo, votando no PSD.
Eu, se fosse ao Costa -- que esteve bem, seguro, focado, demonstrando porque é que é o Governo dele tem sido um exemplo de coragem, visão e competência não apenas por cá mas, também, na Europa -- tentava rapidamente reparar aquilo de parecer aceitar com resignação a bandalheira da Justiça e dos Media de sarjeta. A Justiça em Portugal ainda tem um long way to go e o avacalhamento de alguns dos seus agentes em alegre conúbio com o que de pior se pratica no pseudo-jornalismo-de-pacotilha é uma coisa a que tem que se deitar a mão. E Costa deveria encabeçar essa luta e não dá-la como perdida.
Tirando isso, o que aconteceu a seguir é que vi que tinha chegado um mail que eu esperava. E esse mail era a continuação de uma troca de mails de ontem. E eu, de noite, a meio da noite, tinha estado a pensar nisso, a ter ideias, já a imaginar como poderia ser. Há coisas que nos pegam pelos colarinhos mesmo que não os tenhamos. E, portanto, respondi logo. Há assuntos e há pessoas que nos tocam de uma forma especial e eu, quando isso acontece, sinto que tenho que dar tudo o que tiver para dar. E, portanto, desliguei do resto do debate.
Não sei se acabou bem, se acabou assim-assim, muito menos prestei atenção aos comentadeiros que, mal algum osso é atirado para a rua, logo saem a correr e a latir. E digo isto sem fazer ideia de quem é que se apresentou ao serviço nos diferentes canais. Na volta até apareceu alguém diferente, com ideias frescas. Mas não vi.