Este sábado perdi a cabeça.
O que se passou de tarde não conto. Estive para aqui a proscrastinar e ver se contava, se não contava, mas acho que acabo por não contar. Dois momentos marcantes, cada um à sua maneira, e de um não quero falar porque talvez me emocionasse e não gosto de alimentar o meu sentimentalismo nem de estimular o alheio e do outro também não, não vá dar-se o caso de a pessoa de quem ia falar calhar ler-me -- e não ia gostar de ler até porque, de certeza, ao vivo ficou com a ideia oposta da que eu, aqui, confessaria.
A seu tempo -- que eu, coisas assim, como já no outro dia contei, gosto de as deixar assentar e, tempos depois, quando já não haja grandes probabilidades de alguém relacionar o escrito com a circunstância, deixar que saiam à cena.
A minha vida é uma vidinha. Normal, sem que ninguém testemunhe em mim grandes tiradas metafísicas (sou mesmo militante na ignorância), sem viagens de arromba para descrever, sem neuroses ou pancadas dignas de registo -- sei bem que dar conta do que vou fazendo não dá empolgadura a vivalma. Se por aqui, volta meia, me deixo embalar num registo mais diarístico é por falta de melhor assunto, preguiça ou, sei lá, talvez como possível recordatório.
Hoje, do que vivi de tarde, acho eu que iria gostar de dar conta e, se me detivesse nos pormenores, a mim ia agradar e talvez a alguns dos Leitores também. Sendo normais os meus momentos, contudo, quando vistos à luz do meu micro cosmos, são diversos e, também dessa diversidade, se alimenta o meu prazer em viver e relatar esta minha pacata existência. Contudo, não o farei e pode até acontecer que me esqueça e nunca o relato de dois momentos tão especiais venha a ver a luz do dia. Parece que, de vez em quando, me bate um certo receio de, relatando eu factos reais, quem neles também participou calhar ler e se reconhecer, e se sentir melindrado.
Já aconteceu, de resto. Recebi um mail tocante, que me deixou quase sem pingo de sange, de uma pessoa que se reconheceu no que eu tinha escrito. Por mil anos que viva não me esquecerei desse mail nem me esquecerei no peso tremendo que as palavras podem ter.
Por isso, adiante.
Dizia eu, no início que este sábado perdi a cabeça. Já de noite, regressando de casa dos meus pais, parámos na estação de serviço para abastecimento de combustível. Como levou mais de 30 litros, deu direito a uma revista. Enquanto o meu marido se ocupava da viatura, fui entrando. E, como sempre, fui ver o escaparate das revistas. Fofocas de um lado, decoração com motívios natalícios do outro, futebol, carros -- o costume. E um sítio com os sacos do Expresso. Como trazia um artigo sobre Frederico Lourenço, vá lá eu saber explicar porquê, apeteceu-me trazer. Depois fui à caixa levantar a dita revista. Caras ou Visão? - perguntou a senhora. Pensei: se já levo o Expresso, então, se é para ser para a desgraça, que venha daí a Caras. E, portanto, regressei ao carro com o Expresso e com a Caras. O meu marido ficou incomodado, claro está. De vez em quando confronta-se com a inconsistência da sua mulherzinha.
Agora já se foi deitar porque, segundo ele, pratica horários de pessoa normal mas, até há bocado, esteve aqui ao meu lado, eu a ler toda esta variegada literatura e ele incapaz de folhear ou de querer ouvir-me comentar o que quer que fosse do que ia lendo.
Portanto, resolvi que ia mas era ficar sossegada e, em vez de maçar consecutivamente os meus pobres Leitores, ia mas é continuar um trabalhinho que aqui tenho em mãos.
Muito bem. Faça-se a vontade do algoritmo.
Claro está que, para poder satisfazer cabalmente a curiosidade desse leitor/a deveria saber qual a finalidade da palpação.
Se o objectivo é saber como tentar despistar possíveis formações estranhas no interior dos seios pois não sou grande mestra. Como já aqui o referi sou uma maricas com isso. Não procuro, com medo de encontrar. Mas o melhor é verem um post que escrevi sobre o tema e do qual consta um vídeo elucidativo e com piada.
Se o objectivo é querer saber como se apalpam mamas alheias numa perspectiva de prazer -- e partindo do princípio que as ditas mamas pertencem a uma mulher --, pois então direi que, presumo eu (eu que nunca apalpei as mamas a nenhuma mulher e que apenas intuo que a coisa deva ser adequada ao tamanho das ditas e à sensibilidade da dona), deve ser um movimento holístico, à mão cheia (presumindo que a mama enche a mão que a apalpa), gradualmente da periferia para o centro, com gentileza, sem pressas. E que a evolução da pressão e do movimento deve ser ajustada ao prazer que a mulher vá revelando. Mal se sinta que ela se retrai, logo se deve suspender o avanço. A souplesse é a palavra de ordem e a inteligência e a sensibilidade devem ser os motores que guiam a mão que apalpa.
Na Caras uma entrevista com Margarida Rebelo Pinto no Brasil. Fala do amor da sua vida, que já se foi, e das exigências que faz quanto a um próximo. E Clara de Sousa com o seu novo livro de culinária. E talvez mais notícias de gente gira mas de que agora não me recordo. No Expresso, um artigo da autoria do Pde. Tolentino de Mendonça e uma entrevista ao Prémio Pessoa deste ano. Li. Mas não achei nada de especial. Falta ali leveza, sentido de humor, desprendimento. Parece que tudo o que ambos ali dizem (e escrevem) e pensam tem monotonia em cima. Nas crónicas que escreve, Frederico Lourenço tem graça mas, tirando isso, parece um técnico a falar do seu mister ou, insipidamente, do que rodeia a sua actividade.
Note-se que não estou a falar da leveza tipo Caras ou humor tipo RAP. Nada disso. Se nos recordarmos que a inteligência maior está em conseguir encontrar a essência no seio da complexidade e, portanto, conseguir, simplificar as coisas e que suprema prova de sabedoria é conseguir não se levar especialmente a sério, dado que há a noção da perspectiva geral e, portanto, a compreensão do muito que ainda há por conhecer, talvez se perceba melhor o que quero dizer.E li mais coisas. Como sempre, tento ler quase tudo mas o quase tudo pelo qual passsei os olhos não imprime marcas na minha consciência. Nem na inconsciência. Ali é sempre tudo muito quadradinho, muito dispensável.
Portanto, resolvi que ia mas era ficar sossegada e, em vez de maçar consecutivamente os meus pobres Leitores, ia mas é continuar um trabalhinho que aqui tenho em mãos.
Eis senão quando vou espreitar as palavras que as estatísticas do blogger mostram como tendo trazido leitores novos até mim. São geralmente surpreendentes. Naquele preciso momento, justamente, estas: 'como apalpar mamas'. Fiquei espantada. Alguém teve curiosidade em saber como apalpar mamas e o algoritmo da google achou que deveria vir aprender comigo.
Muito bem. Faça-se a vontade do algoritmo.
Claro está que, para poder satisfazer cabalmente a curiosidade desse leitor/a deveria saber qual a finalidade da palpação.
Se o objectivo é saber como tentar despistar possíveis formações estranhas no interior dos seios pois não sou grande mestra. Como já aqui o referi sou uma maricas com isso. Não procuro, com medo de encontrar. Mas o melhor é verem um post que escrevi sobre o tema e do qual consta um vídeo elucidativo e com piada.
Se o objectivo é querer saber como se apalpam mamas alheias numa perspectiva de prazer -- e partindo do princípio que as ditas mamas pertencem a uma mulher --, pois então direi que, presumo eu (eu que nunca apalpei as mamas a nenhuma mulher e que apenas intuo que a coisa deva ser adequada ao tamanho das ditas e à sensibilidade da dona), deve ser um movimento holístico, à mão cheia (presumindo que a mama enche a mão que a apalpa), gradualmente da periferia para o centro, com gentileza, sem pressas. E que a evolução da pressão e do movimento deve ser ajustada ao prazer que a mulher vá revelando. Mal se sinta que ela se retrai, logo se deve suspender o avanço. A souplesse é a palavra de ordem e a inteligência e a sensibilidade devem ser os motores que guiam a mão que apalpa.
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Não sei se esclareci mas, por ora e de forma sucinta, é o que se me oferece dizer.
Isto sobre mamas. Sobre nádegas já me pronunciei no post abaixo. 1001 Nádegas.
As fotografias que aqui usei foram feitas este sábado de manhã e mostram as Tágides do Cutileiro a banhos num lago junto ao Tejo.
Aquela música lá de cima tem Richie Kotzen a interpretar 'You can't save me' num vídeo de Steven Lyon e, porque mostra muitas maminhas, pareceu-me adequado.
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