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segunda-feira, janeiro 15, 2018

A hora mais negra -- absolutamente a não perder



Sobre a atribulada sessão de cinema, sobre algumas questões relativamente às quais aqui poderia dissertar -- a fragilidade da vida, a omnipresença dos mais variados acasos, a vulnerabilidade das relações humanas (e nada a ver com o filme mas sobre o que se passou no cinema, isto é, na sala de cinema) -- vou passar adiante. Talvez outro dia, quando alguns dos sucedidos estiverem mais distantes. 

E, se nem sempre falo dos filmes que vejo (como, por exemplo, não falei do último da Binoche, aquele do O meu belo sol interior, para o qual fui cheia de boas expectativas e de onde vim francamente desiludida), deste tenho que recomendar. A minha filha foi vê-lo no outro dia e, mal saíu, enviou-me uma mensagem dizendo que tínhamos que ir ver. Sendo amante e muito conhecedor de história, o meu marido não mostrou a mínima resistência. Filme muito bom, com todos os ingredientes. Empolgante, comovente, didáctico.

E depois não é só a história, o ambiente, o guião, os desempenhos: é também a caracterização do actor que faz de Churchill, uma caracterização total. E creio que até poderei dizer que não apenas a nível de aspecto físico: também a atitude, a expressão, a voz, o andar. Tudo nele parece ser Churchill. E é tudo tão mais extraordinário quanto o actor não tem nada a ver com essa imagem.

Muito boa também a interpretação de Lily James. Nem pitada de Cinderela ou de menina boneca. Estava, eu, até na dúvida de ser mesmo ela. Um desempenho sóbrio que a eleva como actriz.

Com Kristin Scott Thomas como mulher de Churchill não me admirei: sempre uma grande actriz.

Em suma: se puderem não deixem de ir ver. 

Verão como era um político como penso que já não há. Não quero ser daquelas que acham que no passado era tudo bom e que nada como vivermos presos a ídolos do passado. Não sou assim. Mas, cansada que ando das amélias e dos zinhos que pululam nos palcos actuais (salvo muito honrosas excepções!), naturalmente é com admiração que vejo a coragem e a cultura de políticos como Churchill. 


Lembrei-me de Mário Soares. Leões que rugiam com verdadeiro prazer mesmo quando o chão parecia faltar-lhes.



Já agora, caso queiram confirmar quão impressionante é a caractareização de Gary Oldman no papel de Churchill, queiram, por favor, ver o vídeo abaixo.


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E, para um passeio à beira Tejo com danças, cantos e jardins, queiram descer até ao post seguinte.

(Eu, para já, vou continuar com O livro de Emma Reyes que me traz muito presa).

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quinta-feira, março 26, 2015

Cate Blanchett, a propósito da sua intervenção no filme Cinderela, mostra como se deve lidar com entrevistadores que fazem perguntas estúpidas: 'É essa a sua pergunta?', 'That’s your question? That’s your fucking question?' Então, 'nice to meet you'. Nem mais.


A bela Cinderela e a sua malvada madrasta
Lily James e Cate Blanchett


Vai uma mulher como Cate Blanchett prestar-se a conceder uma entrevista a propósito da sua intervenção no novo Cinderela, quando o entrevistador lhe faz uma perguntinha sobre o gato. 


Talvez uma qualquer princesinha se derretesse em sorrisinhos, contando, com pormenor, como se tinha dado com o doce felino e tal e coisa. Mas Cate Blanchett não é uma princesinha, nem uma pipoquinha saltitona. Cate Blanchett sabe ao que anda e tem mais que fazer do que aturar gente idiota. E, então, vai daí, com educação e deixando o entrevistador sem saber bem o que lhe tinha acontecido, espantou-se, riu-se e despediu-se. Nem mais.

Um exemplo a seguir por cá já que o que mais se vê são entrevistadores a cansarem a nossa inteligência com perguntas parvas umas atrás de outras.



Mais sobre o assunto na Vanity Fair.


E, já agora, let's look at the trailer do Cinderela (que tem um guarda-roupa sumptuoso).



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Sobre a beleza pura das imagens perfeitas, do bailado, da poesia e da voz que a diz, é descer, por favor, até ao post já a seguir.

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Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma boa quinta-feira.

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