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sexta-feira, janeiro 19, 2018

Aprovada lei que multará as mulheres-lindas-de-parar-o-trânsito





Não me importunem. Não sou “A Bela da Tarde”. E se eu fosse a Catherine Deneuve? E se eu fosse a Anitta? E se eu fosse o Pabllo Vittar? E se eu duplicasse as consoantes do meu nome? E se eu fosse a Rita Cadilac? E se eu estacionasse o meu carro sobre a sua língua comprida e infame numa faixa de pedestres? 

Não sou mais um desses “porcos” que as algumas feministas esbravejam por aí. Não voto nos candidatos da extrema-direita. Estou extremamente feliz por não ter nascido canhoto. Canhotos sofrem; mulheres, idem. Não sou truculento. Não digo palavras chulas a uma mulher, a não ser que ela implore por elas. Concordo em ganhar menos dinheiro do que a minha companheira. Aliás, sonho em ser dono de casa. Não exijo transar sem camisinha. Não gosto de pegar geral, de pagar prostitutas; não é que eu seja um caloteiro; acontece que eu não curto frequentar bordéis e viajar para congressos com acompanhantes viçosas de nível universitário. Sou otário, mas, não me furto em me meter numa briga de marido e mulher. Não consinto com o abuso sexual, com o estupro de mulher alguma, em nenhuma circunstância, quem dirá, as feias, minhas parceiras de feiura e desencanto. Deixo um lastro de sarcasmo por todo canto, onde quer que eu escreva, notem isso, farejem isso, cavem no quintal dos seus olhos o real sentido dessas palavras, pelo amor de Deus, caprichem na interpretação de texto, isso aqui não é bula de remédio.

Analfabetismo tem cura; burrice, não. Sinto que a humanidade está dando marcha à ré. O mundo não apenas continua cruel, como está ficando chato à beça. Depois do advento das redes sociais, então, anda enfadonho, insuportável. Na internet, as pessoas parecem mais infernais que o habitual. Os vírus da ignorância são os micróbios da vez, incuráveis, controláveis por potentes antivírus baixados pelo computador.

A humanidade é viciada em polêmicas. 

Isso me irrita de forma abissal. A controvérsia da vez diz respeito ao assédio sexual contra as mulheres. E dá-lhe blá-blá-blá. Existe, por exemplo, uma onda crescente de denúncias contra celebridades nos Estados Unidos, em especial, figuras carimbadas do cinema norte-americano. Em contraponto, recentemente, o jornal “Le Monde” publicou um manifesto assinado por cem francesas influentes, dentre elas, a veterana atriz Catherine Deneuve. Como continua linda a Belle de Jour. A reação das feministas foi furiosa e imediata. Se eu fosse mulher, se eu fosse francesa, se eu fosse convidado, assinava também, mas, com ressalvas. Não acredito em beijo roubado. Não concordo que um homem possa tocar o corpo de uma mulher sem (con)sentimento. 

Relutei algumas vezes em escrever este texto. O tema é vespeiro. Porém, eu me senti encorajado ao lembrar de uma entrevista da atriz-cantora Bibi Ferreira num programa de TV. Quando lhe questionaram o que mais a incomodava na velhice, Bibi respondeu que era o fato de passar despercebida pelos homens, de não se sentir desejada. Estou convicto que era disso que o manifesto das francesas falava: romance, conquista e autoconfiança. Nenhum ser humano sensato haverá de defender a violência contra meninos, meninas e mulheres. Logo, se eu fosse um servente de obra, não gritava palavrões, mas, assoviava, sim, para uma moça bonita caminhando pela calçada. Não me importunem. Eu não sou a Catherine Deneuve. Eu sou apenas um homem ordinário que, assim como as mulheres, não gosta de apanhar nem com uma flor.




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O texto original (ao qual abusadoramente tirei alguns bocados) é da autoria de Eberth Vêncio e cacei-o na Revista Bula.

As fotografias são, tal como no post abaixo, da autoria dos safados Mario Testino e Bruce Weber, dois fotógrafos que, ao que consta, importunaram alguns dos jovens que fotografaram.

Leonard Cohen, um sedutor que seduzia até de olhos fechados, interpreta I'm your man

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E queiram descer até ao Amor em abundância, pseudo-aforismos auto-confessionais à moda da vossa Sta UJM

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Amor em abundância





Em meu entender, uma mulher gostar de gostar e gostar de ser gostada não é pecado: é virtude.

E uma mulher gostar de ser maliciosa e saber sê-lo quando quer, da forma que quer e com quem quer também não tem mal nenhum, tem é muito bem.

E uma mulher não ter pejo em falar de sedução ou rendição, em falar do seu corpo ou de corpo alheio e em falar do que gosta de fazer com eles, não é crime nenhum: é benção.

E uma mulher gostar de ser feliz e estar-se nas tintas para o que não interessa e gostar de rir e de coisas boas e fugir como o diabo da cruz do que é angustiante e maçador não é pobreza de espírito, é instinto de sobrevivência.

E uma mulher gostar de vir para aqui dizer coisas destas e escolher para companhia fotografias destas e uma música e um vídeo destes não é coincidência: é gostar de estar em boa companhia.

E uma mulher piscar o olho aos leitores de forma tão indecente não é inocente, não, é mesmo... (não digo)



Olá...!

Cu-cu...!


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Kate Moss, uma mulher livre que a tem sabido levar numa boa, aqui é fotografada por dois fotógrafos debaixo de fogo: lá em cima por Mario Testino e, abaixo, por Bruce Weber. Ambos estão a ser acusados por modelos masculinos de assédio. Felizmente, nenhuma mulher se queixou deles... e se ambos sabem captar bem o espírito feminino e a graça de vier.

Quem canta é a sexy Solána Imani Rowe (Nov, 1990), conhecida por SZA (de "Sovereign Zig-Zag Allah" ou"Savior Zig-Zag Allah") que aqui interpreta Love Galore. Recomendo que não vejam o vídeo até ao fim (e, desta vez, fazem o favor de me levar a sério porque o fim estraga tudo)

E, por fim, Eartha Kitt fala de amor e compromisso

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[... Ou preferiam que eu tivesse estado para aqui a dissertar sobre o futuro do Hugo Alexandre caso Rui Rio lhe dê o merecido chega-para-lá como líder parlamentar...? Era mesmo só o que me faltava.]

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quarta-feira, novembro 04, 2015

Mr. Murray, can I have your autograph? - perguntar-lhe-á alguém perto do Natal de 2015


O fotógrafo Bruce Weber realizou a sessão fotográfica que a Vanity Fair mostrará em Dezembro de 2015. Bill Murray surpreendeu o fotógrafo com a sua absoluta versatilidade. E eu, fã que sou deste crazy guy, aqui partilho convosco estas divertidas imagens com um saborzinho maluco a Christmas.

Bill Murray Vanity Fair Photo Shoot - December 2015



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Desejo-vos, meus Caros leitores, uma bela quarta-feira.

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quinta-feira, maio 23, 2013

Flirts, festas, festinhas, gatinhos, vestidinhos de crochet, sorrisos oblíquos, poesia, fotografia, mergulhos... e muita malícia. Are you free for breakfast? Sim...? Óptimo, venham daí comigo e com a Vanity Fair. Bailas? Bailias.


No post abaixo falo de coisas sérias e tristes e deixo um conselho em forma de canção aos nossos ministros que andam mortos por se verem livres de nós - mas que, desgraçadamente, não sabem que  para tudo é preciso sabedoria, até para perceber quando é chegada a hora de partir. 

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra: é hora de folguedo! "E nós, meninas, bailaremos i".

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Are you free for breakfast? - Estão...? Estão, sim. Sei que sim. Venham daí! É tempo de nos despirmos (para já, de preconceitos), esquecer a crise, imaginar outros tempos e sorrir, dançar, seduzir, namorar. Ou fantasiar. 

- Gato, gatinho... que malandrice é essa? Essa tua linguinha, oh safado gatinho...!

Bésame, bésame mucho
como si fuera ésta noche 
la última vez 
...
and make my all my dreams come true
la la la la.

...
Ai noites ai noites
de sol a pino


A gente, de vez em quando, tem que dar um passo atrás, sossegar o espírito, arejar as plumas, sacudir os desânimos, respirar fundo, levantar a cabeça, deixar que novas palavras nos visitem, que novas ideias nos desafiem. Parar.

Depois, então, de alma lavada, coração leve, olhos bem despertos, músculos prontos para uma nova corrida, será tempo para os duros combates.


CÂNTICO MODERADO

Abraçou-o como às uvas
com todos os dentes 
das mãos




Sessão fotográfica da Vanity Fair - "Are You Free For Breakfast", fotografia de Bruce Weber



Vamos, irmã, vamos folgar
nas margens do lago u eu vi andar
a las aves meu amigo.

Vamos carregadas de braços
lavrar as aves tardar nas aves
do meu amigo.

Vamos, irmã, vamos folgar
pingar com as aves
nós duas estreitas
para o amigo.

vamos carregadas de noites
acender as aves pousar as aves
boca a boca
no amigo





Sessão Fotográfica para a Vanity Fair de Fevereiro de 2013 com a vencedora dos Óscares deste ano, Jennifer Lawrence



Nessa noite grave dia nasceu, senhor.
Os dedos atrevendo-se aos dedos
artesanais como a erva.

Que repouse para sempre no tímpano dos seixos
o uivo desse sexo fulgente
porcelana do prado quebrando-se na boca
hábil e agre
como a carne magra
das papoilas.


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Os poemas são de Catarina Nunes de Almeida in Bailias.

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Se vos apetecer voltar à realidade, relembro que, no post abaixo, Charles Aznavour chega-se a nós para todos juntos enviarmos uma mensagem aos ministros - a eles ou, já agora, aos familiares (que andam tão activos) a quem os ministros ainda ouçam. Pode ser que, de uma forma ou de outra, a mensagem surta efeito junto de alguns.

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Permitam que vos convide ainda a continuarem na minha companhia. Hoje no Ginjal as minhas palavras foram atrás das que Hélia Correia dedicou a Vasco Graça Moura. Gostei de as escrever. A seguir há mais uma música maravilhosa do Mali, com o fantástico Bassekou Kouyate.

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Para os leitores, tão simpáticos, que me têm escrito a perguntar pela minha constipação e a quem, por escrever aqui e no Ginjal como se não houvesse amanhã, não tenho tempo de responder pessoalmente, agradeço do fundo do coração e digo: a danada transferiu-se para a garganta. Agora estou quase sem voz e aflita com dores de garganta. Já comecei a tomar um anti-inflamatório pelo que amanhã já devo estar fina. Pelo menos assim espero. É que isto nem é doença, é uma porcaria sem importância nenhuma, mas causa um mau estar que só visto...

E, por agora, é isto. 
Resta-me desejar-vos, meus Caros Leitores, uma bela quinta feira. 
Descansem, riam, sejam felizes - se puderem e quiserem, claro...