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terça-feira, outubro 19, 2021

Oito filmes razoavelmente eróticos

 



Segunda-feira nunca é um bom dia. É daqueles axiomas que é bom que ninguém ouse questionar. Segunda-feira é o início do que pode vir a ser uma sucessão de dias carregados de chatices. Numa segunda-feira as tréguas do fim de semana ainda estão longínquas. 

[Os Leitores reformados, ao lerem isto, esfregam as mãos de contentes: para eles todos os dias são fim de semana. Bem sei. São uns sortudos. Mas lá chegaremos, nós os pobres coitados que por aqui ainda andamos a trabucar.]

Enquanto não, tenta levar-se o melhor possível embora haja quem não se aguente sem moer a paciência aos outros. Para mim o pior é quando olho para a agenda e penso que tenho ali um buraquinho que virá mesmo a calhar para repousar a minha beleza e, acto contínuo, logo recebo uma chamada a pedir que arranje um bocadinho para uma reunião urgente. E uma pessoa tenta que não mas, às tantas, não tem como não e lá se vai o buraquinho à vida. 

[A língua portuguesa é traiçoeira, também sei]

Agora tenho aqui uma coisa a chamar por mim. Ainda antes de ir para a cama terei que ver e despachar esse assunto. Não me apetece nem um pouco pois estive a trabalhar até há pouco, estou mais do que saturada. Mas, quando o dever me chama, parece que não consigo entregar-me ao desfrute da escrita mesmo se de uma colecção de frioleiras postas em palavras se tratar.  Podia saltar por cima disto, do blog. Pois podia. Mas, enfim, ficar sem escrever também não consigo. Addicted to writing.

E, então, pensei escrever sobre uma coisa que li na Vogue francesa: as cenas mais eróticas do cinema. Fui conferir, curiosa. Como é costume nestas coisas, parece que quem escolhe os melhores livros, os melhores filmes, as melhores cenas faz de propósito para deixar os outros a sentirem-se ignorantes. Dos oito filmes, apenas conheço três. E das cenas que consegui ver, talvez por descontextualizadas, não achei grandes espingardas. Além disso, agora acontece uma coisa que me encanita solenemente: ao seleccionar um vídeo que contenha alguma ceninha mais encaloradita, o Youcoiso pede que comprove que sou adulta. Não estou para isso, era o que me faltava. Portanto, como não estou para fornecer comprovativos, marimbo-me para as ditas cenas. 

A beatice vai alastrando. Claro que há que acautelar que as coisas não sejam vistas por crianças. Mas, caneco, parece que preferia as salas de cinema em que a barragem era feita à porta. Agora aqui...? Não basta a publicidade em cima de tudo senão ainda isto...? Que seca, caraças.

Por isso, com tanto entrave e chachada, desisto das listas alheias. Acontece que, para listas próprias, tenho um problema do escambau: não as tenho anotadas, não as tenho de cabeça e, pior ainda, a cabeça não está formatada para fazê-las.

Posso aqui enunciar algumas cenas ou alguns filmes que tenho a certeza que amanhã me ocorrerão outros, provavelmente mil vezes melhores. E não estou certa de que o algoritmo que é mais lápis azul e beato que fedorentozinho de antanho me deixe abrir o vídeo para conferir. Vou tentar mas, acreditem, não garanto que seja muito para levar a sério. E são oito apenas porque não posso ficar aqui a noite toda a puxar pela cabeça ou a tentar encontrar vídeos que expliquem o critério. 

.  1  .

Lady Chatterly, na versão de Pascale Ferran, com Marina Hands e Jean-Louis Coulloc'h um filme belo demais. Mas, mais do que caliente, é belo, belo demais. As cenas mais eróticas apenas são disponibilizadas a quem provar que é adulto. Portanto, vai o trailer.


.  2  .

Dangerous Liaisons de Stephen Frears com Glenn Close, John Malkovich e Michelle Pfeiffer, um filme sensual da cabeça aos pés, passando pela insolente língua de Malkovich (e isto já para não falar do olhar, da voz, das mãos, do andar dele, o descaradão e perverso do Visconde de Valmont)


.  3  .

The Horse Whisperer de Robert Redford com ele e com Meryl Streep, envolvente demais


.  4  .

Damage de Louis Malle com Juliete Binoche e Jeremy Irons. Tem a chatice de não acabar bem mas, antes de acabar, é bom até dizer chea, a começar e a acabar na voz do Jeremy Irons


.  5  .

The Unbearable Lightness of Being de Philip Kaufman com Daniel Day-Lewis, Juliette Binoche, Lena Olin, um filme para sempre, com cenas inesquecíveis (a Lena Olin ficará para sempre na minha memória com aquele seu chapéu)


.  6  .

Closer de Mike Nichols com Julia Roberts, Jude Law, Clive Owen
[Larry : You like him coming in your face?; Anna : Yes!  Larry : What does it taste like?; Anna : It tastes like you but sweeter!]



.  7  .

La vie d'Adèle de Abdellatif Kechiche com Léa Seydoux e Adèle Exarchopoulos
O azul definitivamente a cor mais quente


. 8  . 

The French Lieutenant's Woman de Karel Reisz com Meryl Streep e Jeremy Irons. 
Intemporal, belo.


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Desejo-vos uma boa terça-feira
Saúde. Alegria. Boa sorte.

domingo, outubro 27, 2019

O romantismo dos dias chuvosos *





Lembro-me de quando comecei a namorar o meu marido. Já andava com ele mas era coisa não direi à socapa mas, enfim, como dizer?, meio clandestina. Nem isso. Talvez, apenas, não publicamente assumida. Mas, naquele dia, tinha uma notícia para lhe dar. Ele tinha-me trazido um daqueles tubinhos com água de sabão em que a tampa tinha uma haste com uma argola, para fazer bolhinhas. Tinha comprado a um vendedor ambulante junto ao metro. E eu fiquei toda contente e experimentei mas a notícia era outra e falava mais alto. Ia pôr uma carta no correio. E assim fiz. Depois disse-lhe: era a carta a pôr fim ao namoro. Durante o fim de semana tinha feito por isso mas o meu namorado não tinha aceitado, pediu tempo, pediu que eu percebesse que o que eu sentia pelo outro era um entusiasmo passageiro, assegurou-me que amor de verdade era o que havia entre nós. De tal forma foi que percebi que tinha que ser um corte abrupto, a seco, sem apelo, sem lágrimas.


E assim foi. Era inverno e o dia estava muito húmido, uma névoa densa envolvia Lisboa. Aquele por quem me tinha apaixonado percebeu a relevância do gesto e, embora andasse há que tempo a pedir que eu o fizesse, naquele momento estava sério, como se tivesse acabado de assistir a um acto cruel. E sabia como me custava fazê-lo, sabia o afecto que eu sentia pelo outro, como me custava fazê-lo sofrer. E eu estava também um pouco angustiada pois tinha preferido que o corte tivesse sido concretizado cara a cara e não por carta. Além disso, sabia o quão doloroso este meu gesto a a quase brutalidade das palavras daquela carta ia ser para aquele outro que tão intensamente me amava.

E, portanto, envolta numa névoa fria e lacrimejante, eu ia dizendo que precisava de espaço, de um interregno, queria fazer uma pausa antes de voltar a envolver-me a sério. Ele ouvia-me em silêncio, não sei se compreendendo, se lamentando que, ao fim de tanto tempo à espera que eu quebrasse aquele vínculo, afinal, agora que o tinha feito, estivesse a pedir mais tempo.


A verdade é que, comigo, por vezes, o tempo acelera loucamente; e o tempo que eu estava a dizer que precisava esgotou-se como um breve sopro. Acabei agora de ver a distância que percorremos. Trezentos metros. Ao fim de trezentos metros, e vendo-o eu tão silencioso, coloquei-lhe uma mão no rosto, virei-o para mim e, logo ali, selei com um demorado beijo o namoro que, na prática, estava a começar. 

Ainda tentei ir para a aula que tinha a seguir. Fui até lá e ele comigo. Mas não nos largávamos. Entretanto, já chovia. Mas nem dávamos pela chuva. Decidimos ir passear para o Parque Eduardo VII. Abraçados e felizes, nem nos importávamos por estarmos a ficar molhados. Lembro-me que, nos intervalos, ainda tentava fazer fazer bolhinhas de sabão mas, ou porque a humidade exterior fosse tanta ou porque não me concentrasse, tenho ideia que as bolhinhas de ar não floresciam.


Nesse inverno choveu muito. Grande parte das minhas memórias desses meses abençoados está envolta em neblinas, chuvas, frios e muitos beijos. Tínhamos que andar sempre abraçados para nos protegermos. Passeávamos muito. Lembro-me de um passeio em Sintra, as árvores a pingar, envoltas em nuvens, nós a subir a pé a estrada para a serra. Tudo me parecia muito romântico. Havia, na minha cidade natal, um café recente, aberto por um italiano, que tinha um cappuccino muito bom. As chávenas grandes e bonitas vinham quentinhas e eu envolvia-as com as minhas mãos e aquele cheirinho a café, a chocolate a natas parecia-me provir de néctar de deuses. Tinha também uns gelados artesanais, na altura os únicos na cidade, que eu adorava. E, então, sentávamo-nos numa mesa num recanto de onde se via a rua e ali estávamos, conversando, dando-nos as mãos, enamorados, enquanto víamos a chuva a cair lá fora. Isto ao fim de semana quando ia a casa dos meus pais. Durante a semana, todos os dias ficávamos juntos até tarde e, já com a noite avançada, ele ia levar-me a casa. Chovia na rua, íamos abraçados debaixo do chapéu de chuva e invejávamos as pessoas que estavam dentro das casas iluminadas cujo conforto adivinhávamos.


Ainda agora, eu que sou dada à luz, ao calor, a andar com pouca roupa, anseio pelos frios e pelas chuvas, sinto saudades do som da chuva, gosto de estar no sofá agasalhada no meu canto, gosto de sentir que a natureza se regenera, se limpa, sinto que apela ao romance, aos longos e apertados abraços, aos olhares que mergulham na alma, ao amor.

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E hoje, que não choveu nem esteve frio, depois de termos ido a casa dos meus pais e de termos passeado pelas ruas por onde andávamos quando namorados, resolvemos ir ao cinema.


Um dia de chuva em Nova Iorque. É um filme suave, agradável, inteligente, bom para se ver e sair de lá a sorrir, e, podendo, a andar de mão dada, a dar beijinhos. Tem uma música bonita, tem um ambiente romântico, tem aquela ironia nonchalante tão típica de Woody Allen. A minha filha perguntou-me: mas não é um filme para adolescentes? E eu acho que sim, também para adolescentes. Mas, quis ela saber, alguma coisa de especial? E eu não acho que tenha alguma coisa de especial no sentido de excêntrico, do nunca visto, do insólito. Não, tudo muito normal, cool, muito agradável, sem dramas, com bons sorrisos à mistura.

Antes, na apresentação do que está em exibição ou por chegar, vi monstros, mortos-vivos, armas, gente que aterroriza, gente sem olhos, gente que escorre sangue, seres que destroem cidades e atemorizam o mundo. O filme Um dia de chuva em Nova Iorque não é nada disso, é um filme com pessoas normais a viverem uma situação normal numa cidade normal. E quem quiser que ponha aspas nos normais que quiser pois, na verdade, o que é normal para uns não é normal para outros. Mas, quero eu dizer, há uma dimensão humana no filme e isso, em tempos de crescente desumanidade, é bom.


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E, nesta onda da névoa, da chuva, da tranquilidade, permitam que partilhe convosco um daqueles vídeos que gosto imenso de ver. Espero que também gostem. 



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As pinturas lá em cima são da autoria de Osnat Tzadok e a mim parecem-me paisagens urbanas envoltas em chuva. A música é Kiss the Rain de Yiruma. E, no título, asterisquei o 'romantismo dos dias chuvosos' pois sei bem que nem todos os dias chuvosos são românticos: há os dias de juízo aquando de chuvas excessivas, há as dores do corpo para quem não tem como proteger-se, há os dias chuvosos associados a tristes memórias. Mas, em abstracto e, sob o filtro da benevolência, a chuva é boa para abraçar os afectos, lá isso é.

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quarta-feira, agosto 15, 2018

A ternura é o novo erotismo?
O que define uma mulher sensual? E um homem sensual?




Leio na Madame le Figaro o artigo La tendresse est-elle le nouvel érotisme? que tem alguma piada.
Estampillée tisane du plaisir ou guimauve de l’alcôve, elle a pourtant une vertu : réveiller notre sensualité dans une existence ultraconnectée mais déconnectée du corps. Et si l’on redonnait à la tendresse ses lettres de noblesse ? C’est le désir du philosophe Charles Pépin. (...)
Não vou transcrever toda a entrevista. Limito-me às duas últimas perguntas.

Como definiria uma mulher sensual?
- Uma mulher que tem um corpo superiormente inteligente. E, talvez também, uma mulher que não teme o prazer.
E um homem sensual?
- Um homem que faz da sua vulnerabilidade o secredo do seu poder. E que se maravilha perante o prazer da outra pessoa.
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E, Caras Leitoras, não nos esqueçamos:


que é como quem diz: O que há de mais profundo num homem é a sua pele
[Paul Valéry, “L’Idée fixe”, 1932]

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Já agora, se me permitem, algumas imagens de ternura
... ou ...
quando a ternura precede o erotismo; ou melhor, acompanha o erotismo






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terça-feira, agosto 04, 2015

Pornografia?... Ná, hoje não... Fico-me pelos inocentes jogos de amor.


Depois do tema do amor e do vídeo do post abaixo, para me fazer passar por inteligente e superior às petites choses du coeur, fiz mais uma tentativa, a sério que fiz: percorri os jornais económicos, vi as aselhices fiscais do governo, todas as outras que são de todas as espécies e feitios, li sobre o pagode que são os cartazes do PS (e digo pagode porque aquilo mais me parece coisa chinesa, do tempo do Mao, para aí, uma coisa pirosa todos os dias), e percorri os jornais generalistas -- e nada -- e as revistinhas pink, tudo -- e nada -- tentando descobrir temas onde pudesse vir para aqui dar-me ares. Mas a verdade é que ou sou eu que estou desinspirada ou é o mundo que anda meio sem graça. 
Claro que há temas sérios, horrendos, mas desses eu só falo quando tenho sossego para rodear as palavras de silêncio. Por isso, espero sentir-me com a gravidade certa na ponta dos dedos para falar nisso e, não sendo hoje, passo à frente. 

Ainda pensei falar de obscenidades. Pornografia. Hardcore, coisa da pesada mesmo: cerca de meio milhão de euros o casório do Jorge Mendes e da sua bem amada Sandra, a ilha grega oferecida pelo Ronaldo, Serralves transformada em sala de baile para futebolistas, treinadores e suas bem arraçadas esposas, advogados e suas coloridas madames, as ruas do Porto cortadas para o grande desfile do dinheiro. Por exemplo. 


O rico casalinho: Jorge e Sandra

O Jorginho e a generosa Sandrinha, aqui à civil

Cristiano Ronaldo entre altas cilindradas e seguranças

Lobo Xavi€r e S€nhora - of cours€, as usual


Tanto que haveria a dizer se hoje estivesse numa de porno... Mas hoje estou mais para o romântico do que para a pornochanchada e, portanto, passo por cima desse happening jorge-e-sandra-mendista regado a milhões e volto-me de novo para o amor.

Mas, dissertar sobre o amor, hoje não, não estou muito fluente. Para falar a sério teria que ser científica, sistemática, e não estou a sentir-me com paciência para me manter no trilho do rigor e do bom comportamento.

Por exemplo, deveria compartimentar os diferentes tipos de amor ou as diversas formas de se manifestar: o amor das mulheres mais novas por homens com patine, ou de mulheres velhas por inexperientes pupilos ou de mulheres introvertidas por homens histriónicos ou vice-versa, ou de mulheres feias por mulheres bonitas ou de intelectuais de esquerda por beatos conservadores ou de homens machões por homens machões. Podia, claro. Até podia falar sobre o amor no ambiente de trabalho sobre o qual acabei de ler que é frequente e que até faz bem à conjugalidade (Flasher sur un collègue peut booster votre couple!). Mas não me está a dar para isso, estou preguiçosa.

Por isso, com vossa licença, abrevio razões e avanço para as fitas.


Jogos proibidos 

(cenas do Paciente Inglês)



Though it's forbidden for my arms to hold you
And though it's forbidden, my tears must have told you
That I hold you secretly each time we meet
In these forbidden games that I play


A liberdade sonhada

(cenas de Lady Chatterley)




O amor à solta

(cenas de A insustentável leveza do ser)




'Não beijo estranhos'

(uma cena de Closer)



Ora bem. Sim, senhor.

......

Relembro que, no post abaixo, continua o climinha: amor.
Para que serve o amor? 

.......

Desejo-vos, meus Caros Leitores, uma bela terça-feira. 
De preferência com muito amor, muitos beijos, muito romance. 
(Mesmo que não saibam para que é que isso serve).

...

sexta-feira, setembro 12, 2014

Cenas da vida conjugal: umas vezes muito perto, outras muito longe, umas vezes fantasiando, outras concretizando. Ora Lado a Lado, ora Extremely Close, ora com os olhos Wide Shut. Uma dança, portanto.



Este é o terceiro post da noite (e desculpem-me estas minhas introduções mas é que, como já aqui expliquei, uma certa pessoa sempre muito apressada e distraída, se eu não o agarro logo pelos colarinhos, pira-se antes de percorrer todo o caminho das pedras; por isso, mal entra num post que não é o primeiro, não vai ter desculpa se disser que não reparou que abaixo havia mais).

A seguir falo de Manuela Ferreira Leite, essa mulher que se tem revelado um verdadeiro carro de combate, e das interessantes revelações que fez na TVI. A não perder.

Mais abaixo ainda tenho mais uma divertida cena da Porta dos Fundos - coisa de mulheres, é certo, mas que interessará também aos homens pois quem, senão os homens, para se divertirem à custa das mulheres. 

Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é outra.

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Depois da Manuela e depois do meu marido se ter ido deitar, pus-me a ver a telenovela nova da SIC, uma bem engraçada de que não me lembrava o nome.




Fui ao youtube e vi que se chama Lado a Lado com a cada vez mais bonita Patricia Pillar que aqui faz uma fantástica Baronesa Constância que é uma mulher elitista, pedante, inconveniente e que usa uns vestidos e uns chapéus de uma pessoa morrer de inveja. Para ilustrar, escolhi a fotografia acima na qual aparece com a toilette usada no casamento da filha. Uma perdição de toilette.


Vi o trailer no youtube e achei-lhe piada, coloco-o aqui. Recebeu um Emmy em 2013 esta telenovela. Há que séculos que eu não via uma e estou a gostar. Reencontro caras que não via há muito e reencontro o prazer das boas novelas da Globo.






Mas, ao abrir o Youtube, apareceram, entre as sugestões habituais, a de um bailado da Companhia Hubbard Street Dance Chicago, companhia que bastante aprecio. Fui procurar outras coreografias, aquela não me dizia grande coisa. E fui parar a um que aqui vou colocar, "Extremely Close", uma coreografia de Alejandro Cerrudo.

Mas, então, a partir desta expressão, extremamente perto (ou próximo) - que é uma das características de uma vida a dois - ocorreu-me procurar excertos de filmes em que se vejam alguns episódios da vida a dois: fantasias, hesitações, desconfianças, seduções, traições, ciúmes, perdões.


São algumas destas cenas da vida conjugal que hoje coloco aqui, a começar com excertos de um dos filmes de que francamente gostei de ver, Closer.



Aqui baixo, uma cena de sedução e atracção entre Anna (Julia Roberts) e Dan (Jude Law) - e que românticos eles são, que envolvente é o momento. Uma inspiração.




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Do mesmo filme, Larry (o abrasador Clive Owen) e Alice (Natalie Portman), num momento de sedução e desejo sem freio. Um desafio.




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E, depois das cenas acima com os casais trocados, a cena entre marido e mulher, Larry e Anna: a cena que todos os casais gostariam de ser capazes de evitar ou ultrapassar. Uma atrapalhação. Um momento para esquecer se fosse na vida real. Assim, no cinema, uma cena marcante.






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Mas há também as fantasias, tão ou mais marcantes na vida de uma mulher do que um caso concreto.

Alice e o marido, Dr. William Harford - de facto Nicole Kidman e Tom Cruise (então ainda casados antes do seu casamento cair de borco depois deste filme) - juntos numa inesquecível cena de descrição de uma fantasia. Um devaneio. Um suplemento de ânimo ou uma semente de insegurança.





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E esta matéria daria pano para muitas mangas mas a verdade é que estou cheia de sono e amanhã é dia de aquartelamento parcial aqui ao jantar com dormida incluida e, portanto, não posso partir para um dia com reuniões e mil coisas para fazer e ainda uma noite repleta, logo a cair de sono. Por isso, abstenho-me de filosofar e parto já para o bailado: Extremely Close.





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Fico-me por aqui porque já não dá mesmo mais, tenho que ir dormir. Não vou rever e peço que relevem as letras trocadas, a menos ou a mais, as vírgulas a mais ou a menos.


Relembro: Abaixo encontrarão a Manuel Ferreira Leite e, logo a seguir, a Porta dos Fundos.


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Desejo-vos, meus Caros Leirores, uma bela sexta-feira.


segunda-feira, dezembro 10, 2012

Anna, a mulher adúltera. Keira Knightley, Sophie Marceau, Vivien Leigh, Nicola Pagett: qual a Karenina mais credível?


As famílias felizes parecem-se todas; as famílias infelizes são infelizes cada uma à sua maneira


Assim escreveu Leo Tolstoi (ou Tolstoy) quando criou Anna Karenina há bem mais de cem anos.

Independentemente do contexto específico em que decorre a história, tão intemporal, tão realista é a situação que o interesse que desperta atravessa o tempo. Várias adaptações ao cinema tiveram já lugar.

A última é a que está em cena com Keira Knightley, Jude Law e Aaron Taylor-Johnson. Ao ver o trailer, admito que talvez Keira seja credível mas, ainda assim, parece conter em si a exuberância ou o excesso de beleza que, à partida, a predisporiam para o adultério.

Anna Karenina, tal como a recordo, é uma mulher bela sim, mas uma mulher casada, feliz e acomodada no seu casamento, talvez com algum tédio, talvez com alguma insatisfação mas nada de mais, nada que não fosse o normal nos casamentos tal como eram aceites naqueles tempos (e ainda hoje).

Anna é uma aristocrata rica, bela, tem tudo. Até que conhece o Conde Vronsky.

A partir daí a vida de Anna muda. Passa a ser a mulher perdidamente apaixonada, a mulher adúltera, a que tudo arrisca, a que, por fim, não consegue suportar o ilícito ou , simplesmente, não consegue viver com tão grande amor.

Tinha vontade de ver esta nova adaptação pois os pormenores da história desapareceram da minha memória e talvez nem seja bem como sumariamente a acabo de descrever. Mas não vou: a figura escolhida para o Conde Vronsky não me parece minimamente credível. Não consigo imaginar ali um temperamental, impetuoso apaixonado, capaz de levar Anna a desistir de tudo, até de viver. E Jude Law, o marido, caracterizado da maneira como ali o vejo, parece-me um desperdício injustificável.





Antes tinha havido uma outra adptação, dessa vez com Sophie Marceau e Sean Bean. Mas, aqui, também Sean Bean não me pareceu ter aquele toque que faz uma mulher desligar-se da racionalidade e entregar-se, perdidamente, à paixão.





Parece que houve uma outra adaptação com Vivien leigh mas nunca a vi. 

Na minha cabeça, quando penso em Anna Karenina é em Nicola Pagett que penso, um misto de inocência, de irreverência, de impaciência à beira da loucura, e um fogo desmedido. 




Quando penso no Conde de Vronsky é em Stuart Wilson que penso. Leviano, apaixonado, terno, belo, sedutor.




Trata-se da mini-série da BBC. Acho que nunca, como naquela altura, o casting foi tão credível. Não encontrei o trailer mas encontrei uma das cenas decisivas.





Anna Karenina, a mulher adúltera, uma das personagens mais credíveis, mais pungentes, mais duradouras  da literatura.

*

Antes de me despedir, não quero deixar de vos convidar a visitarem o meu outro blogue, o Ginjal e Lisboa. Hoje as minhas palavras perdem-se na névoa, perto de um poema de Vasco Graça Moura. Na escolha de música, houve mudança de tercio. Hoje abro a semana que vou dedicar a Ernesto Lecuona. E é o calor cubano que vai começar a aparecer.

*

E é isto. Tenham, meus Caros Leitores, uma bela semana a começar já por esta segunda feira.


quinta-feira, novembro 17, 2011

Amores e desamores: ficção e realidade, ligações perigosas, neuroses e humor, alguém tem de ceder e mais perto. Que falem os mestres.


No seguimento do texto de ontem sobre o casamento (ou sobre os relacionamentos a dois, em geral), hoje temos uma aula prática ou, melhor, um workshop em seis actos ou, melhor ainda, um conjunto de case studies. Escolham. Ficarão em boa companhia, seja com quem for.

Alguns dos filmes já aqui apareceram mas repito-os inseridos neste contexto. Pela qualidade, espero que me desculpem o déjà-vu.

Faço o aviso como se faz em relação a alguns números arriscados: não devem ser repetidos em casa (pelo menos sem o apoio de especialistas). Estão aqui mais para ilustrar situações - e, sobretudo, estão aqui porque são belos filmes, belos actores, belas realizações, belos argumentos (uns mais que outros, claro, mas tem que haver oferta para todos os gostos).


A amante do tenente francês com Meryl Streep e Jeremy Irons


Ligações Perigosas com John Malkovich, Glenn Close, Michelle Pfeiffer



Annie Hall com (e de) Woody Allen e Diane Keaton


 

Alguém tem que ceder com Diane Keaton e Jack Nicholson




Closer com Julia Roberts, Clive Owen, Jude Law e Natalie Portman




As Pontes de Madison County com Meryl Streep e Clint Eastwood


 

Tenham um belo dia. Esqueçam a crise. Nada podemos fazer senão viver o melhor que conseguirmos.

Be happy!

  

quinta-feira, agosto 25, 2011

Love is an accident waiting to happen

Penso que já aqui falei deste filme de que tanto gostei. É a história, são os intérpretes (Clive Owen, Jude Law, Natalie Portman, Julia Roberts), é a realização, é a banda sonora, é tudo muito bom.

Querem rever?
Closer.

(Se tiverem oportunidade de ver o filme inteiro, não percam, vão gostar)


segunda-feira, agosto 22, 2011

Mika, o guarda redes sub-20, e Jude Law, o sexy boy, gémeos separados à nascença? - (meninas, venham: hoje aqui bebe-se do fino)

Este mundo está cheio de gémeos separados à nascença, uma coisa que só vista.

Eu aqui, sempre que posso, vou inventariando alguns (vide separador lateral 'gémeos separados à nascença').

Pois bem, quem havia de dizer que só na nossa seleção de sub 20 já apanhei dois. Ontem, na secção da louça de cozinha (sem ofensa, está bem?), já aqui vos dei conta dos manos Ilídio Vale e Mr. Dudley.

Hoje, com vossa licença, passo para a secção de biscuit.

Mika, o melhor guarda redes sub-20 e agora guarda redes do Benfica, gémeo univitelino de Jude Law

Quem haveria de dizer such a thing?

Jude Law, lindérrimo, tem um gémeo verdadeirinho em Portugal: o nosso Mika!

Deixa o nosso Mika começar a ser convidado para a publicidade para o vermos também assim, numas poses todas charmosas, um miminho

Twin and sexy, sexy boys: Mika e Jude!