quinta-feira, novembro 17, 2022

O mistério do míssil caído na Polónia
-- uma hipótese que não deve ser descartada

 

Não sei, não estava lá, não vi, não investiguei, ninguém me contou. É apenas uma suposição baseada no que tenho ouvido. E é o que eu faria se eu estivesse em posição de decidir coisas nestes domínios.

Penso que uma hipótese que não deveria ser descartada é que tenha sido mesmo um míssil russo mas que tenha sido um infeliz acidente: falta de pontaria, falta de qualidade do material ou dos sistemas, um atirador com os copos ou uma gaitada do género. Dito de outra forma: um azar dos távoras. 

Perante o sucedido tocaram todos os sinos e sinetas: o que mais se temia, aconteceu, um ataque a um Estado membro da Nato. E, nisto, todos por um, um por todos, quem ataca um ataca todos. Ou seja, a ser verdade, estava a cegada armada. E, nisto, quando as grandes cegadas começam, ninguém sabe como é que acabam, até porque, no fim, poderia não estar cá ninguém para avaliar a situação.

Felizmente, para nossa sorte, parece que terá havido alguns adultos na sala. 

E rapidamente terão composto a narrativa: a culpa foi da Rússia mas o míssil era ucraniano. Ou: houve um acidente, um incidente do caraças, raios partam a pouca sorte, o míssil era de defesa antiaérea e, por acaso era da Ucrânia, mas a culpa, que fique bem claro, foi da Rússia

Ou seja, ninguém foi verdadeiramente culpado e, portanto, segue o baile e ninguém fala mais nisto. 

E, logicamente, alguém dos serviços secretos ocidental falou com o equivalente russo, por sinal pessoa que parece ser um bocado civilizado (e talvez por isso até tenha sido publicamente achincalhado pelo Putin) e ter-lhe-ão dito: por esta passam mas vejam lá se atinam, parem lá com aquela morteirada de mísseis e com a porcaria gratuita que andam a fazer, se não, para a próxima, quem acorda com bombas em cima da cabeça são vocês. E, no meio disto, assim como assim, até porque os ucranianos já estão habituados a sofrer e, de resto, daí não virá mal ao mundo, vamos todos, à uma, dizer que o míssil era deles. E fica assim e não se fala mais nisto.

Claro que, nisto, o Zelensky não gostou de ficar com a fava e mostra não estar muito pelos ajustes, quer defender a honra, que não foi nada um míssil ucraniano. Mas já deve haver meio mundo a dizer que esqueça lá isso até porque, a troco de fazermos todos de conta que não percebemos nada disto, ficamos com o Putin um bocado na mão.

E é isto. Uma hipótese que não deveria ser descartada. Contudo, como é natural, coisas destas são tratadas por baixo da mesa, por quem sabe fazê-las, são coisas que não são para ser badaladas. 

Claro que morreram duas pessoas e, de cada vez que morre alguém por motivos tão absurdos, é uma tragédia. Mas uma coisa, contudo, deve ser louvada: o escalar da guerra para outras geografias e para patamares descontrolados foi evitado. Quanto ao resto, é deixá-los pousar. 

(E vamos fazer de conta que tudo isto não passa de uma frágil da teoria da conspiração). 

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Amanhã tentarei falar de um outro mistério: o do reformado que resolveu dar uma de castigador e, totó como sempre foi, conseguiu meter-se numa tremenda de uma alhada. Por que raio de carga de água o fez? Ninguém percebe. A única coisa que me apetece escrever é: ahahahahha! ahahahahaha! ahaahhahhaha!

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Desejo-vos um dia bom

Saúde. Cabecinha fresca. Paz.

1 comentário:

ccastanho disse...

Caríssima, UJM

Já não sabemos onde acaba a mentira e começa a verdade.
A única verdade, nesta trama que conheço, é um povo a ser assassinado, e um país a ser destruído.

Sabemos também que as industrias de armamento mundiais estão bem e recomendam-se, monetariamente falando, claro está.

O resto, que importância tem, de crianças com idades dos nossos netos a quem damos o nosso amor, apareçam nas valas em decomposição e restantes famílias?! Não interessa nada , que diabo.