sábado, setembro 26, 2020

O Paulo preocupado porque a outra já tem 82 e a bela Helena, de 91, a dizer que está livre mas que, assim como assim, preferia que ele tivesse 18

 

Ah o que eu me rio com estas meninas. Muito bom. Cabeças desempoeiradas, divertidas, um passado leve, cheio de memórias mas não há mágoas, ressentimentos, tristezas. Nada disso. Coisas más são mala pesada e mala pesada elas não carregam, deixam para trás. Com elas é apenas aceitação, leveza, presente e futuro, gosto de viver. É assim que eu quero ser quando for crescida. Conversar, rir, amar. Estar até ao fim disponível para o amor, para o riso, para a surpresa.

Agora, quando ligo o computador e vejo que as notícias não me trazem novidades que se aproveitem, esgueiro-me para o Youtube. É como quando ia visitar prima da avó, casa com móveis grandes e escuros, conversa chata e, mal podia escapar-me, ia para o pátio ver se descobrir os sapos que andavam por lá escondidos entre os canteiros, entre as pedras do laguinho. Muito melhor que coisa monótona e datada como a conversa lá dentro. 

E o safado do algoritmo, sabendo-me devota, vá de me sugerir mais oração: um e outro e outro vídeo delas, as fantásticas Avós da Razão.

Estive aqui com os auscultadores, para não perturbar aqui o meu vizinho do lado, entretido com coisa séria, até que ele me disse: 'só te vejo rir. o que é?'. Disse: 'As avós'. Ele respondeu: 'Logo vi'. E é. Elas são coisa boa de ver.  Todos os dias toda a gente deveria ver uma coisa que fizesse rir. Aliás, nada como uma conversa cheia de malandrice, insinuação, suposição, alegria, bola para a frente, risota e ar fresco. 

Partilho este apenas porque foi o último de vários que tenho estado a ver. Espero que também gostem.

Sem comentários: