O tema melhor vem no fim. A queda de um mito com centenas de anos. A novidade das novidades. A explicação para muita coisa.
Mas, primeiro, com vossa licencinha, o do costume.
Receio que me achem uma maçadora, que achem que estar a incidir nesta coisa é uma seca -- ou seja, que não estejam nem aí para esta conversa.
Afinal o narcisista cor-de-laranja está longe daqui, do nosso pequeno rectângulo. Só que o mundo é mais do que o nosso próprio umbigo. O bater de asas de uma borboleta no alto de uma montanha no cu de judas pode desencadear uma tempestade numa qualquer terra do outro lado do mundo, um navio abandonado há anos no meio do mar pode matar centenas e ferir milhares e destruir uma cidade e um anormal ao comando de um país gigante, com a possibilidade de carregar num certo botão, pode fazer com que o mundo acabe indo pelos ares. Ninguém, em qualquer lugar do mundo, pode estar sossegado enquanto houver narcisistas em lugar de poder, em especial à frente dos destinos de coisas relevantes como, por exemplo, à frente de um país.
Afinal o narcisista cor-de-laranja está longe daqui, do nosso pequeno rectângulo. Só que o mundo é mais do que o nosso próprio umbigo. O bater de asas de uma borboleta no alto de uma montanha no cu de judas pode desencadear uma tempestade numa qualquer terra do outro lado do mundo, um navio abandonado há anos no meio do mar pode matar centenas e ferir milhares e destruir uma cidade e um anormal ao comando de um país gigante, com a possibilidade de carregar num certo botão, pode fazer com que o mundo acabe indo pelos ares. Ninguém, em qualquer lugar do mundo, pode estar sossegado enquanto houver narcisistas em lugar de poder, em especial à frente dos destinos de coisas relevantes como, por exemplo, à frente de um país.
Pior ainda quando o animal está numa trajectória de esbodegamento progressivo. De dia para dia a gente vê-o mais embestalhado, mais esbongalhado. Não diz coisa com coisa, não consegue alinhavar raciocínio que faça sentido. As palavras saem-lhe esparvalhadas. Da boquinha (que mais parece o ânus de uma velhinha) saem-lhe babaquices, os olhinhos orlados de branco estremelicam, tudo nele já não faz sentido, já não passa de conversa de narcisista esbobalhado e fora de prazo.
Narcisista nunca acaba bem. Toda a vida a viver em função da atenção que querem dos outros, chegam a uma altura em que já ninguém tem saco para aturar babaca e eles, sem receberem flu-flus e gaitinhas como prova de atenção a toda a hora, caem na aflição, ficam com medo, ficam agressivos, inventam desculpa para tudo, fazem-se de vítimas, trazem conversinha de quando eram pequenos e carentes, procuram a peninha alheia, manipulam as emoções dos outros, tentam convencer que os outros são todos maus, tudo é fake new, tudo é gente má, chegam a dizer que ninguém gosta deles, kalimerizinhos da treta, pequenos bugs sem préstimo. É nessa fase que está o orange donald. Deteriorado, o cérebro reduzido a dois neurónios coxos, o animal demonstra todos os dias o paupérrimo estado a que já chegou -- e só os ceguinhos é que não vêem o perigo que uma besta destas é para os outros, seja lá, nos States, seja em qualquer parte do mundo
Já ninguém consegue sequer fingir que o leva a sério. Já ninguém consegue manter um mínimo de respeito. É exposto ao ridículo por onde passa. Uma coisa patética. Que ele não vai acabar bem é mais do que óbvio. Pior é se faz estrago antes que alguém o impeça de fazer mal a sério.
Esta entrevista é uma coisa do além. Ninguém consegue já ajudar esta alimária a cabar o mandato com dignidade, já ultrapassou essa linha, já está a caminho de acabar a fuçar as próprias fezes.
Trump's Mind-Numbing Interview with Axios
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Bem. Tirando isto nada mais tenho a acrescentar a não ser que, para meu espanto, no meio do há ou não há vacina e há ou não há pirataria informática para sacar a fórmula mágica, aparece o que menos se espera. Do nada, sabe-se que caíu mais um mito urbano. E se este era cabeludo. A gente pensa que sabe uma coisa e, de repente, vê abalar os nossos alicerces.
Julgava eu, eu e todo o mundo, que o espermatozóide, esse bichinho cabeçudo, se desloca nadando, a dar ao rabinho, serpenteando, serpenteando, uns ficando pelo caminho e outros às cabeçadas a ver se conseguem penetrar na arca do tesouro.
Pois, afinal, não. Não serpenteiam coisa nenhuma. Andam é feitos bichas malucas armadas em saca-rolhas, a dar guinadas quais baratas tontas. Claro está que, com tanta palhaçada, se um conseguir entrar já é sorte.
Está, pois, tudo explicado.
Os homens são o lado assimétrico, imperfeito e inconsequente do género humano. Não atinam mesmo. Até nisto.
Os homens são o lado assimétrico, imperfeito e inconsequente do género humano. Não atinam mesmo. Até nisto.
Spinners, not swimmers: how sperm fooled scientists for 350 years
E desejo-lhe, em especial a si, uma happy friday
3 comentários:
Uma linguagem um tanto ou quanto forte, não lhe parece, UJM?
Não que o bicho em causa não a mereça mas, afinal a UJM é uma Senhora, talvez não lhe fique bem.
Sobre o turismo: a coisa está a aguentar-se aqui no rural, mas, setembro não vai dar ou dará para as despesas e depois vem o outono e depois o inverno e provavelmente segunda dose de covid.
As pessoas começam a perceber a magnitude da crise que aí vem e não estão a reservar. Não desci e não pretendo descer preços. Em parte porque ainda não preciso, em parte por orgulho e também porque mantenho padrões de alta qualidade, reforçados com a pandemia.
Um abraço, como sempre, é um prazer ler os seus textos.
Lúcio
Que se exponha ao opróbrio máximo e vá pela sombra, o pato-bravo.
A ciência é tramada, os espermatozóides que eram um protótipo da luta do macho-alfa, afinal são umas atabalhoadas baratas tontas.
Um rico dia
Os homens foram feitos para espalhar o caos; quantos espermatozóides estão presentes numa só ejaculação? As mulheres, para dar ordem ao mundo: um ovinho por mês.
Claro que eu não acredito, brick by brick, naquilo que escrevo. É mera constatação, em analogia quase mitológica; para a ciência dos factos, pouco importa acreditar que a biologia pode determinar o carácter comportamental da personalidade.
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