Depois de um assunto sério, preocupante e triste, apetece-me aligeirar para que o novo dia não comece sob o peso das tragédias.
Por isso, se me permitem, volto-me para as comédias, para os romances, para os fait-divers ou whatever.
Há pouco vi na televisão uma cena do mais hilário que existe: Joacine, a neo-diva, sem se dignar dar bola aos jornalistas, avançando pelos corredores da Assembleia com o seu Assessor pela trela e vigiada de perto por um Segurança. Sim: por um Segurança. Sentindo-se a nova Lady Di e não querendo correr risco de se prejudicar por via dos paparazzis que pululam à sua volta, chamou um Segurança. Pimbas. Para a próxima vai com um rottweiler. Sobre o ter-se esquecido do projecto sobre a Lei da Nacionalidade nem uma palavrinha que a menina não está ali para prestar contas. Em contrapartida, a senhora doutora -- através do seu Gabinete (que gente importante é assim, só comunica através do seu Gabinete ou do seu Assessor) -- atira publicamente todo o seu fel, ressabiamento e deslealdade contra o partido que a acolheu. Um espectáculo digno de novela de quinta categoria.
Mas, calma, não é só ela a má da fita. É um facto que anda armada em ursa a ver se trama o cordeirinho do Tavares mas, calma, o Tavares não fica menos mal na fotografia. Que inteligência, que perspicácia lhe poderemos, a partir de agora, atribuir se, em todo o tempo que já conviveu com ela, não foi capaz de perceber de que material é feita a menina? Ná. Quando uma pessoa escolhe alguém para a sua equipa e a escolha sai furada, quem meteu água e fez a escolha errada tem que assumir a responsabilidade e resolver a situação.
A Joacine, em uma ou duas semanas, já arrasou quase completamente o Livre. Se o Rui Tavares não quer que o Livre tenha um fim triste, tem que correr rapidamente com a menina. Claro que a neo diva ficará na Assembleia por sua conta e risco, a meter água por tudo o que é canto e esquina, sem saber em que votar, esquecendo-se de trabalhar ou de cumprir compromissos -- e o Livre ficará sem ninguém na Assembleia. E os fiéis e crédulos que acreditaram na madame e votaram no Livre ficarão a chuchar no dedo, sem ninguém que os represente. Mas azarinho, nada mais há a fazer. Que fique como lição aprendida.
Tirando isso, tenho que falar de uma notícia que, apesar de triste para a própria, acho linda. Parece ser a sina das Maria Teresas: são dadas a êxtases mal compreendidos.
A madre-superiora do belíssimo convento dos Padres Cappuccini, em Sansepolcro, Itália, mulher activíssima e bem disposta, toda empreendedora, apaixonou-se por um homem da terra. Mas não deve ter sabido fazê-la direitinha pois foi mandada borda fora e o convento encerrado. Poderia, como a outra, converter a paixão em delíquio literário e dizer que a espada do anjinho a tinha penetrado até às entranhas uma e outra vez. Toda a gente levava a coisa à conta de delírio e maluqueira e com meia dúzia de avé-marias ficava o assunto encerrado. Não. Enérgica e franca, a Madre-Superiora Maria Teresa deve tê-la feito às claras: e deu nisto. E o convento tão lindo. Devia ser tão bom rezar ali à sombra das belas árvores da Toscânia. Ou rezar no escurinho da cela, um belo toscano a despi-la devagarinho. Mas pronto, foi mais um êxtase que correu mal. Uma tinha feito com que a tomassem por doida e esta agora fez com que a tomassem por libertina. Ainda não foi desta que apareceu uma Maria Teresa santinha a sério.
Para terminar, numa de conclusão, só posso agora falar de um assunto que não tem nada a ver.
Kris Jenner, a madre superiora do quartel das Kardashians, encontrou pela primeira vez Caitlyn Jenner, mulher grandona de voz grossa, o seu ex-marido durante mais de vinte anos que, na altura, dava pelo nome de Bruce, era um calmeirão e um garanhão que fez nada menos que seis filhos.
Kris Jenner, a madre superiora do quartel das Kardashians, encontrou pela primeira vez Caitlyn Jenner, mulher grandona de voz grossa, o seu ex-marido durante mais de vinte anos que, na altura, dava pelo nome de Bruce, era um calmeirão e um garanhão que fez nada menos que seis filhos.
Do que se vê, a Kris ainda está que não pode, sem saber como lidar com a situação. Olha-a de soslaio, queixa-se, choraminga. Aliás, choram as duas, muito emotivas e, no fim, para rematar, fazem uma selfie. Uma graça.
E, pronto, ficamos assim.
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E se há outros assuntos que interessem para além destes, escaparam-se-me.
E uma boa quarta-feira para si, para si em especial.
4 comentários:
"Quando pedes para usar o Salão Nobre da AR a pedido de um canal internacional, tens um guarda GNR, identificado, a olhar pela sala (isto é um museu), pedes para acompanhar uma deputada até ao gabinete e jornalistas (residentes!) dizem que chamaste um "segurança"." - explicações (?) do empertigado assessor de Joacine.
Alguém me descodifica isto?
Ou então, ná, deixa prá lá. Larguem o osso que é demasiado mau para se roer. There, I said it. Vou ali buscar um GNR que me livre deate cerco e já venho.
Um abraço para si, UJM!
JV
A Joacine saiu cá um cromo!!!
O Livre meteu-se num sarilho ao fazer eleger esta petulante e irresponsável criatura como Deputada. O melhor é livrarem-se dela, mas vai deixar mossa. O Livre, provavelmente não voltará a eleger um carapau! E teremos de aturar as "comicidades" e desvarios da Joacine e o seu patético assessor por 4 anos! Acredito que outros episódios mais ou menos hilariantes se irão suceder. Desde o assessor passar a usar mini-saia e ela gravata, para além daquilo que nos tentará transmitir na A.R. Vou seguir os próximos episódios com atenção.
Quanto ao caso da dita freira, recordou-me um outro passado, que eu conheci, com um padre que se apaixonou pela "confessanda" e acabaram casados. Conheci-os já nesse estado civil, marido e mulher. Ela sempre de mini-saia, ele feliz por já não ter de ouvir os pecados dela, mas praticá-los com ela. Têm um filho.
P.Rufino
Ideologia das identidades a martelo dá nisto, dar palco a duas figuras claramente perturbadas por um narcisismo irascível e que não querem mais do que satisfazer vaidades pessoais em nome de questões importantes.
Um belo serão!
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