Tenho este hábito: sento-me à beira do mar e vou vendo as vistas através da máquina. Mar, veleiros, rochas, gaivotas, casario ao longe, conchas -- tudo me serve. Mas melhor que tudo são as pessoas. Pessoas sozinhas mas, sobretudo, pessoas acompanhadas. Já não é a primeira vez que faço posts sobre isto. Homem e mulher andam da mesma maneira, vestem-se de forma idêntica ou relacionada, parecem partilhar a mesma identidade apesar de serem dois seres distintos.
Fotografei nem sei quantos mas, obviamente, não vou pô-los todos aqui senão o post fica ainda mais quilométrico. Como sempre, não gosto de ser intrusiva pelo que espero que estejam mais ou menos de costas para os fotografar. Nos mais velhos isso é mais fácil pois andam de forma mais estável. Nos mais jovens há sempre um que olha para trás, outro para o lado e vejo-me mais aflita para apanhar ambos de costas. Por isso, para não os ter aqui de cara muito è vista, predominam os de madura idade.
Muito gostaria de lhes oferecer estas minhas fotografias mas, claro, não tenho como. Talvez gostassem de se ver juntos, andando no mesmo passo, olhando na mesma direcção, dando vontade de dizer a quem os vê que assim continuarão até que a morte os separe.
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E a ver se ainda cá volto que ainda tenho aqui mais uma duas coisas para partilhar convosco
3 comentários:
Extraordinário, por oposição.
Boa noite.
Olá Atalhos (ia agora escrever o seu nome mas fui conferir ao seu blog e agora já não aparece; por isso, trato-a assim, por Atalhos),
Sim, tem razão, chega a ser extraordinário. E fotografei duas mulheres que iam também a passo certo, muito idênticas, no cabelo, na forma como se vestiam. Mas fiquei na dúvida se não seriam irmãs e poderia ficar estranho aparecerem num post em que falo de casais.
Boa noite também para si. Sou grande admiradora do seu blog, sabe?
E eu do seu, UJM. Gosto de ver estes casais em coreografia hetero.
Uma harmonia que só a longevidade alcança.
Tenha uma boa noite.
Obrigada.
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