segunda-feira, fevereiro 25, 2019

Afinal ele canta e ela representa.
E agora ela vê la vie en rose.
[Isso e outras frioleiras e vestidos da noite dos Oscares]


A minha filha bem me avisou que eu tinha que ir ver o filme. Gostou e disse que eu também ia gostar. Ainda o hei-de ver. Para já, tenho-me ficado pelos excertos. 

Gosto de Bradley Cooper como actor. Não fazia ideia que cantava, e que cantava bem. E sabia do romance com Irina Shayk, uma mulher de beleza estonteante. Sabia da filha que têm em comum.

Da Lady Gaga sabia sobretudo das excentricidades. Quando a vi sem maquilhagem não a reconhecia. Não fazia ideia de que sabia representar.

Temos, pois, que Bradley Charles Cooper tem 44 anos, mede 1,85m, passou por sérios problemas de alcoolismo e depressão que conseguiu controlar. É muito talentoso como actor (e presumo que não só... já que lhe são conhecidos inúmeros  affaires, uns assumidos, outros apenas quase).

Stefani Joanne Angelina Germanotta, aka Lady Gaga, tem 32 anos e é, ao lado dele, uma minorca com os seus 1,55m. Também já teve uns namoros, diz que é bissexual e, para comprovar que o glamour das luzes do palco pode esconder muitas dores, contou que aos dezanove anos foi violada e que teve que ter ajuda psicológica para o superar.

O filme que Bradley Cooper realizou e interpretou, A Star is Born, parece ter sido uma explosão de talentos e de afectos. 

Lady Gaga, entretanto, rompeu com o namorado e as más línguas referem o clima, por vezes frio e apático, entre Bradley e Irina. Estou a vê-los a chegarem aos Oscares e ela vem de escuro, quase viúva. E vem a mãe dele. E ele está tranquilo e ouve atentamente a entrevistadora como se não estivesse debaixo de holofotes. É o dobro da mãe. É daqueles casos em que a gente duvida que um tamanhão daqueles tenha saído de dentro de uma coisa tão pequenina.

Como se não bastasse para alimentar as fofocas, Lady Gaga fez-se tatuar com um sugestivo pé de rosa, la vie en rose. Vem também de negro mas de ombros à vista, cabelo branco e umas belas jóias.

E eu, que ando sem paciência para falar da irremediável falta de jeito do Rui Rio, da maluqueira deslumbrada de Santana Lopes, da estapafúrdia mania das grandezas da Cristas, da festinha cheia de ternurinhas da Miss Cavaco Bloody Hand na cara laroca do Prof Marcelo, coisa que infecta a imagem do Presidente, dou por mim a olhar os vestidos das actrizes na passadeira vermelha, a Charlize Theron que apareceu com cabelo preto e um vestido azul claro lindo de morrer, a Glenn Close com um vestido que eu não usaria, completamente dourado, mas que lhe fica lindamente porque toda ela vale ouro, a Helen Mirren com um vestido espectacular e uma atitude vencedora nos seus orgulhosos 73 anos... e coisas assim.

Claro que sinto uma certa culpa, eu que não sou nada de culpas, por me estar a dar para isto. Mas, como sou boazinha para mim própria faço o paralelo com um super-ultra conhecido advogado da nossa praça, sócio fundador de um dos escritórios com uma das mais recheadas carteiras de clientes, que começava o dia a ler a TV 7 dias ou uma dessas revistas da treta. 

A mim não é todos os dias que me dá para isto, é mais quando vou à cabeleireira e me ponho a par das intriguetas de gente que pouco ou nada me diz. Mas hoje, caneco, talvez por já muito ter trabalhado no duro ou porque me está nos genes, sei lá eu, só me apetece alienar-me e ver vestidos e falar de amores.

E se estou a dar este destaque a este filme é mesmo porque não vi nenhum dos nomeados mas, vá lá saber-se porquê, gosto das imagens em que a química cola aqueles dois. Enquanto escrevo vejo o trio, sentado na plateia: Brad, Irina e Gaga. Imagino que não deve ser fácil para nenhum deles mas, na volta, é a minha imaginação que é fértil. Parece que ouço a Gaga, daqui por uns anos, a contar como lhe custou estar de sorriso de orelha a orelha tendo a mulher do seu amor de permeio. Um mundo de disfarces é o que é. É como mostrarem as nomeadas para melhor actriz e, quando anunciam uma delas, as outras desatarem a bater palmas, numa euforia, como se estivessem transbordantes de felicidade por não terem ganho a estatueta.

Mas, pronto, vou parar com isto que hoje daqui não sai nada senão isto. Por mim ficava toda a noite a ver a sessão de entrega dos Oscares 2019 mas não dá, daqui a nada tenho que estar a pé.

Eh pah!... Aquele extraordinário e vertiginoso documentário de que no outro dia aqui falei, o Free Solo do National Geographic, ganhou um Oscar. Boa!

(Vão por mim, as minhas escolhas são quentes. e, se não acreditarem, não faz mal; presunção e água benta cada um toma a que quer e eu vou doseando para que não me falte nada)




Nasceu uma estrela - Bradley Cooper & Lady Gaga



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Desejo-vos uma bela semana a começar já por esta segunda-feira.

E queiram continuar a descer para saberem quem é a verdadeira razão (para tudo)

4 comentários:

Anónimo disse...

O filme papa-se, mas não deixa de ser uma gosmice. E a Lady Gaga agora quer ser como a Taylor Swift, perdeu o spunk. Uma pena.
JV

Anónimo disse...

A imagem dessa mulher, sentada ao espelho, com o fecho do vestido aberto, expondo as belas costas, com as pernas naquela posição e o olhar lânguido de frente para o espelho, é bastante sensual e sedutora. Boa escolha!
(Não vi, nem vou ver, os Óscares, sinceramente não tenho pachorra. E desde há já algum tempo a esta parte, muito raramente me apanham a ir ao Cinema. Quando muito, ocasionalmente, vejo um em casa, na TV. Detesto partilhar uma sala de cinema com malta a comer pipocas e a beber umas porcarias, como Coca-Cola, etc).
Boa semana!
P.Rufino
PS: A tal Irina continua Belíssima!

Um Jeito Manso disse...

Olá JV,

Pois, não sei. Se for uma daquelas coisas românticas, pode ser. Mas não me senti tentada a ir. Embora, um dia, em casa, talvez.

Acha que ela quer ser a Taylor Swift...? Se calhar. Ou, então, é uma fase. Na volta está apaixonada mesmo e anda focada nisso e sem aquela pica que a levava a querer provocar o mundo. Ou, na volta, é aquilo das fibromialgias que, segundo ela, a massacra.

Abraço, JV, e dias felizes para si.

Um Jeito Manso disse...

Olá P. Rufino,

Obrigada pelo feedback sobre a fotografia. Também gostei. Acho que fica aqui bem.

E o cinema, de facto, agora é um lugar chato. Pode ser que um dia descubra um que ainda conserve a magia daquele ambiente do 'escurinho'.

Uma boa terça-feira, P. Rufino.