Para que não digam que sou uma aluada (isto os mais brandos, claro, que os outros apodar-me-ão simplesmente de mentecapta -- e estarão todos certos), hoje vou dar uma de comentatriz.
(Reparem no valentão que dizem ser da Juve Leo à pancada com um inimigo imaginário. É mesmo mau, ele) |
Aqui da parvalheira não tenho muito a dizer.
Parece que prenderam mais oito juve-leos, alegadamente implicados na saudosa sessão de trolha na Academia de Alcochete. Mas sobre o tema falarei quando chegar o dia.
O primeiro milho é para os pardais. Sou mais pela caça grossa. Sei esperar.
Tirando isso, não me ocorre mais nada que hoje tenha merecido simultaneamente a atenção da comunicação social tuga e a minha.
Claro que o tema do dia é aquele que, desde há dias, polariza as atenções mediáticas de todo o mundo. Mas, como sempre que alguma coisa me assusta, só falo quando o susto passou. Entretanto, deixo o palco para a bateria de psicólogos, mergulhadores, técnicos da protecção civil et al. que são altamente especializados em resgates de grutas, mormente os que metem mergulho e crianças e que todos os canais de televisão portugueses contratam à mão cheia. Tal como, nos concursos de talentos, sempre pasmo com a quantidade de gente que canta bem, agora pasmo com a quantidade de gente que em Portugal já resgatou crianças e treinadores de futebol de grutas alagadas.
Mas, dizia eu, não vou falar disso. Não percebo nada do assunto e só quero que tudo acabe em bem. Portanto, nada mais a dizer.
Agora notícia mesmo foi a debandada dos malucos do Brexit do governo da espantadiça e esparvoada Theresa May.
Nada daquilo me assiste e fazem bem os eurocratas em assistirem de galeria à pangalhada que é tudo aquilo.Aquela tropa fandanga manipulou os eleitores (com a santa ajuda da defunta Cambridge Analytica), levando os bifes a votar a favor do Brexit e, quando se foi a ver, ninguém fazia ideia daquilo em que se tinham metido. Lembremo-nos que, no dia seguinte, o Google quase foi abaixo com a malta toda a perguntar o que era o Brexit.
Depois, foi o que se sabe. Para começo de festa, parte da comandita que mais entusiasmada com a campanha andou mal se viu com a obrigação de pôr a cena em prática, deu de frosques. E no governo, então, tem sido uma festa: uns puxam para um lado, outros para outro, outros para nowhere e outros não fazem a mínima.
Hoje meio mundo comenta o simbolismo da debandada do maluco do Boris, aquele Johnson do cabelinho à fornique-se. Eu, por mim, acho que é irrelevante. Não se lhe conhece trabalho que se veja ou ideia que se aproveite. Mas foi ele e mais dois mangas. Acham que a May é muito tiazinha e muito abécula e que os da União Europeia fazem dela gato sapato. Tretas. Sabem todos que a maioria da população não quer sair. Portanto, aquilo já não é um teatro forçado: é, na verdade, uma ópera-bufa.
A única coisa digna de registo a este propósito foi a gargalhada geral do Parlamento quando a tia May resolveu fazer o elogio póstumo dos debantantes, nomeadamente do Boris. Ela a elogiar-lhe a paixão e os outros na maior das galhofas. Uma cena. E das boas.
Mas bom, bom mesmo, foi aquela intervenção do Speaker, moço que já aqui esteve e de quem nunca me canso. O que eu gostava que um dia ainda tivessemos um bacano destes na nossa Assembleia tão bonita mas tão desinteressante.
Mas bom, bom mesmo, foi aquela intervenção do Speaker, moço que já aqui esteve e de quem nunca me canso. O que eu gostava que um dia ainda tivessemos um bacano destes na nossa Assembleia tão bonita mas tão desinteressante.
A House dos ex-manos bifes pode ser acanhada e sem condições que se apresentem (lembra ao diabo estarem ali todos apertadinhos, uns contra os outros, perna com perna, com os papéis ao colo?) mas é uma festa, um teatro shakespereano.
Mas, enfim, acredito que os britânicos não estiveram nem aí para as macacadas da Théthé e de sua trupe, e quiseram foi ver como se aperaltou a realeza e seus mais chegados súbditos para se apresentarem no baptizado do pequeno Prince Louis, um bebé fofo e querido.
Aqui a comentatriz conta:
Camilla, aquela a quem se imaginam altos dotes em artes não confessáveis -- para tão liminarmente ter passado a perna à Lady Di -- apresentou-se como sempre, com o seu habitual ar meio bardajão-chic e sempre na boa, embora o chapéu quase se lhe enfiasse todo pela cabeça abaixo, uma coisa quase na base do chapéu do D'Artacão.
O eterno putativo candidato a Rei Charles apareceu na boa, como sempre e, também como sempre, a parecer quase da idade da mãe (que, para se preservar para o programa do resto da semana, não deu as caras). E tem a mania de assertoar o casaco e mais valia que não.
A Duquesa de Cambridge, mamãe do três principezinhos, apresentou-se muito bem, muito elegante, muito sorridente -- e desta vez não reciclou nenhuma prévia toilette, deixando as triquitriquiteiras do costume sem fofocas sobre o tema. Dá-me ideia foi que repetiu o toucado mas, como ninguém fala disso, é porque não faz mal. E é bem bonito e um dia que me case a sério, troca de votos com missa cantada e tudo, não me importava nada de me apresentar de virginal e alvo vestido com uma coisa assim na cabeça, com flores de laranjeira e tudo.
O seu marido, o simpático William, cada vez com menos cabelo, apresentou-se de pai amoroso com os dois mais velhos pela mão, a bela e danadinha Charlotte toda coquetezinha, cada vez mais menininha bonita, e o little George sempre com aquele seu delicioso arzinho britanicamente enfadado.
Pippa, a mana do rabo bem desenhado, a tal, se bem se lembram, que quase roubou o protagonismo à mana-noiva-real Kate aquando do casamento dos herdeiros, apresentou-se elegante e pudicamente grávida, a barriguinha discreta sob um vestidinho haut couture. O marido é que se apresentou um pouco esgalgado e com ar precocemente ralado.
O mano de ambas apresentou-se como sempre se apresenta, dandy e bem humorado. A seu lado uma bem humorada amiga com um vestidinho muito Zara, vagamente compensado por um chapelito algo fashion.
Carole Elizabeth, a avó materna de Louis, apresentou-se elegante e decidida as ever, ao lado do seu marido pacholas que mostra muito ter sofrido com aquela mulher e filhas (o filho não lhe deve ter dado trabalho de monta)
A duquesa de Sussex, Meghan de seu nome, apresentou-se elegante, num verde seco discreto e com um chapéu sóbrio e vaporoso que só me dá vontade ter um igual. Dizem que tem as pernas finas demais mas eu acho que lhe ficam bem -- e whatever. Se fosse a peneirenta da Letizia, não faltaria nada para a vermos aparecer com belo pernão, depois de enchertar umas barrigas nas pernas. Mas parece que a duquesa não é dada a isso. Pelo menos so far. O ex-dirty Harry apresentou-se vagamente enfastiado, domesticado comme il fault.
Camilla, aquela a quem se imaginam altos dotes em artes não confessáveis -- para tão liminarmente ter passado a perna à Lady Di -- apresentou-se como sempre, com o seu habitual ar meio bardajão-chic e sempre na boa, embora o chapéu quase se lhe enfiasse todo pela cabeça abaixo, uma coisa quase na base do chapéu do D'Artacão.
O eterno putativo candidato a Rei Charles apareceu na boa, como sempre e, também como sempre, a parecer quase da idade da mãe (que, para se preservar para o programa do resto da semana, não deu as caras). E tem a mania de assertoar o casaco e mais valia que não.
A Duquesa de Cambridge, mamãe do três principezinhos, apresentou-se muito bem, muito elegante, muito sorridente -- e desta vez não reciclou nenhuma prévia toilette, deixando as triquitriquiteiras do costume sem fofocas sobre o tema. Dá-me ideia foi que repetiu o toucado mas, como ninguém fala disso, é porque não faz mal. E é bem bonito e um dia que me case a sério, troca de votos com missa cantada e tudo, não me importava nada de me apresentar de virginal e alvo vestido com uma coisa assim na cabeça, com flores de laranjeira e tudo.
O seu marido, o simpático William, cada vez com menos cabelo, apresentou-se de pai amoroso com os dois mais velhos pela mão, a bela e danadinha Charlotte toda coquetezinha, cada vez mais menininha bonita, e o little George sempre com aquele seu delicioso arzinho britanicamente enfadado.
Pippa, a mana do rabo bem desenhado, a tal, se bem se lembram, que quase roubou o protagonismo à mana-noiva-real Kate aquando do casamento dos herdeiros, apresentou-se elegante e pudicamente grávida, a barriguinha discreta sob um vestidinho haut couture. O marido é que se apresentou um pouco esgalgado e com ar precocemente ralado.
O mano de ambas apresentou-se como sempre se apresenta, dandy e bem humorado. A seu lado uma bem humorada amiga com um vestidinho muito Zara, vagamente compensado por um chapelito algo fashion.
Carole Elizabeth, a avó materna de Louis, apresentou-se elegante e decidida as ever, ao lado do seu marido pacholas que mostra muito ter sofrido com aquela mulher e filhas (o filho não lhe deve ter dado trabalho de monta)
A duquesa de Sussex, Meghan de seu nome, apresentou-se elegante, num verde seco discreto e com um chapéu sóbrio e vaporoso que só me dá vontade ter um igual. Dizem que tem as pernas finas demais mas eu acho que lhe ficam bem -- e whatever. Se fosse a peneirenta da Letizia, não faltaria nada para a vermos aparecer com belo pernão, depois de enchertar umas barrigas nas pernas. Mas parece que a duquesa não é dada a isso. Pelo menos so far. O ex-dirty Harry apresentou-se vagamente enfastiado, domesticado comme il fault.
Agora uma coisa é certa: para os batizados os homens da fina flor usam fatos azuis.
Nos anos mais recentes só fui a dois mas não me lembro de ter visto os homens todos de uniforme azulão -- mas uma coisa deve ser a nobreza britânica e outra a portuga. Ou whatever.
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E termino trazendo aqui, uma vez mais, John Bercow.
Love, love, love.
Primeiro dando uma valente desanda no dito Boris Troloró
E a seguir dando um valente chega para lá no azeiteiro-pimpão Trump
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Até já. Tenho aqui um outro tema para tratar:
O sexo entre lésbicas é melhor do que o sexo heterossexual?
Consta que sim.
Mas isso tem tanto que se lhe diga que tenho que arregaçar as mangas.
Ora, com o calor, obviamente já me despi de preconceitos.
Portanto, sem ter como arregaçar as mangas, tenho que ver como deito mãos à obra.
Portanto, se não adormecer antes, já cá apareço para vos contar como é que é.
Senão, paciência.
O sexo entre lésbicas é melhor do que o sexo heterossexual?
Consta que sim.
Mas isso tem tanto que se lhe diga que tenho que arregaçar as mangas.
Ora, com o calor, obviamente já me despi de preconceitos.
Portanto, sem ter como arregaçar as mangas, tenho que ver como deito mãos à obra.
Portanto, se não adormecer antes, já cá apareço para vos contar como é que é.
Senão, paciência.
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