quarta-feira, julho 11, 2018

Sapatos decorativos e sapatos utilitários.
Há para todos os (des)gostos.



Já contei. Quando era pequenina queria muito ter uns sapatos encarnados. E tive-os. Sempre que íamos comprar sapatos, eu queria uns sapatinhos encarnados. Depois, na adolescência, mudei de gosto. Mal voltei a mim, os sapatos encarnados regressaram à cena. Agora tenho sapatos de várias cores: azuis escuros, azuis claros, cor de rosa, amarelos, beige, branco, cinzento, cor de mel e, claro, encarnados.

Mas, seja qual a cor, gosto muito de sapatos. 


A minha filha nunca foi muito dada a sapatos, era mais blusinhas e de preferência brancas, ou vestidos, ou calças, frequentemente fluidas, ou casacos de bom corte. Sapatos o qb e sempre clássicos e discretos. Em muitas coisas sai ao pai. Noutras sai a mim. Por exemplo, é incorrigivelmente noctívaga. Passo a vida a dizer-lhe que se deite cedo. Mas não tenho tido sorte nos conselhos que lhe dou.


O meu filho, então, nem se fala. Era capaz de andar o inverno inteiro com uns sapatos e o verão com outros e enquanto durassem não queria comprar outros. Minimalista. Anti-consumista.


Quem me herdou a veia, nos sapatos como em muitas outras coisas, foi a minha bonequinha mais linda. Maluca por sapatos. Lembro-me de quando o meu filho foi, com ela, ter connosco ao Colombo à hora de almoço. Teria uns três anos. Entrámos numa das grandes lojas e, como se fosse crescida, tirou uma blusa de mulher para a mãe e avançou decidida para a secção de crianças, escolhendo e combinando peças. E, para nosso espanto, pegou nuns sapatos, sentou-se no chão e começou a prová-los para os trazer.


E eu, se vou a uma loja de crianças, tenho que me conter para não trazer vestidos, blusas e quanto mais fashion melhor para ela e, claro, uns sapatinhos. Coisas para rapaz não são tão apelativas.


Mas se gosto de sapatos de cor, para poder conjugar com a cor da toilette, gosto de modelos clássicos, que me pareçam elegantes. Nada de macacadas, aplicações fatelas ou pechisbeques. Nunca por nunca me daria para calçar botas com fivelas douradas ou de brilhantes, berloques ou feitios bizarros.


Imagine-se a perplexidade com que vi sapatos como os que aqui vos mostro. Caraças, não lembram ao diabo. Não dá para acreditar. Como é que há gente tão suficientemente maluca que consegue aparecer em público com coisas como aqui estou a mostrar? 


Você, meu Caro Leitor ou minha Cara Leitora, consegue imaginar-se nestes lindos preparos? 

Bolas. Alguns são mesmo de pesadelo. Saltos enfeitados com dentinhos....? Susto. Nojo... Grrrrrr... Sapatos com cabelos...? Nojento. Sapatos que parecem cascos...? É preciso ser-se uma grandessíssima cavalgadura para uma coisa dessas.

No entanto, vi uns que me parecem um achado. Explico. Tenho uma coisa com carteiras. Se as uso grandes, encho-as até pesarem toneladas e me darem cabo do ombro. Se são pequenas como a que uso agora, encho-as até não as conseguir fechar.

Nesta agora, horrivelmente cheia como um ovo, tdos os dias, quando saio de casa, faço uma ginástica dos diabos para lá conseguir enfiar o molho das chaves. E o telemóvel tem que andar na mão já que na carteira não cabe nem mais um ínfimo gancho de cabelo. Porcaria de carteireca. Anda pesada, bojuda, horrível e tudo tranca tudo.

E quando vou no carro e quero jogar a mão para de lá tirar um baton? Está bem, está... Nem a minha mão lá cabe... Tenho que despejá-la no banco ao lado e tentar que algum dos vários batons que lá habita dê as caras. Complicado, isto.

Ora os saltos destes sapatos aqui abaixo são um verdadeiro armazém. Cabe lá tudo. Acho um espanto. Baton, rímel, caneta, bolsinha de moedas e tudo o que se queira. Muito bom. Claro que não será prático, enquanto a pessoa conduz, aviar-se de apetrechos mas, antes de começar a conduzir, pode tirar-se de lá o que é preciso para nos podermos arranjar enquanto conduzimos.


Um achado.
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