Em mais um diazinho do caneco, para me fazer rir de gosto, só mesmo a Madame Dita-Cuja, sempre soberanamente encasacada, pose de Sua Majestade A-Não-Imputável, ora a entrar ora a sair de respeitável viatura, ora reclinada em vetusta e justiceira poltrona, a dizer, com uma boquinha repleta de batom mas a fazer biquinho para o dito não resvalar para os dentes, que não é responsável nem por uma coisa nem por outra e, a bem dizer, por coisa nenhuma.
E, note-se, a dizê-lo do alto da sua displicente soberba, a olhar de alto, o olho mal aberto para não gastar a luz de seus olhos com explicações ao povo. Anos para abrir a boca e, quando a abre, foi para se assumir como não responsável.
[Se não-responsável é sinónimo de irresponsável vocês, que sabem da poda, o dirão]
Em tudo o que é coito de magistrados ou agentes que dão tudo e mais cinco tostões para escutar as conversas entre uns e outros, incluindo os mais íntimos e maliciosos ronronares entre amantes, e que, nas transcrições, se esmeram na truncagem do que convém para sustentar a sua narrativa, devem ter esfregado as santas mãozinhas e rebolado de gáudio perante a confirmação de que assim podem continuar, sem controlo, em auto gestão, em roda livre.
Um santo regabofe descapitaneado pela Madame Dita-Cuja perante o silêncio cúmplice do Supremo Magistrado da Nação... Assim vamos.
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Face a esta paródia, apanho a boleia e desloco-me até às tertúlias do Porchat. Desta vez, Marcela, uma divertida mãe de família, conta como se apaixonou por um vulto que, afinal, era uma planta à janela.
1 comentário:
UJM
Uma pergunta: Já alguém imaginou o sofrimento de Marcelo em estar arredado dos microfones e do rebanho de jornalistas nestes dias desde a demissão do Primeiro-Ministro? Deve ser um sofrimento imenso Marcelo não farejar os microfones como diariamente fazia em tantas intervenções diárias sobre tudo e coisa nenhuma.
Marcelo está em clausura politica desde que começou a ser apertado.
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