quinta-feira, dezembro 29, 2022

Pedro Nuno Santos foi borda fora e não foi pela big barracada da localização do aeroporto mas pelos 500.000 da Alexandra dos Louboutins

[E, para que isto não fique sisudo de mais, o Lobianco conta como teve que ir desovar na mansão da Narcisa, tirando até a vez a uma certa condessa]

 

Pois é. Tinha aqui em carteira falar de uns quantos conselhos de segurança, quer segurança pessoal quer segurança das casas, ou, em alternativa, partilhar uma entrevista que o Mel Brooks, um dos que sempre me fará rir, concedeu à neta. 

Mas eis que acabo de saber que se demitiu o Pedro Nuno Santos e que o Costa, certamente pensando 'já vais é tarde', aceitou. 

Não foi ao ar quando se deu a suprema barracada do aeroporto e vai agora por causa da descabelada senhora que parece que gosta de Louboutins e que, depois de ter trabalhado uns quatro ou cinco anos na TAP já de lá queria sair com milhão e meio de euros. Boca aberta, a dela. Caneco. Não faz por pouco, a madama.

Não saiu com essa mega bolada mas saiu com quinhentos mil, coisa que pode ter muita aritmética e muita prosa legalite por detrás mas que, atendendo a tratar-se de empresa intervencionada e mantida com balões de oxigénio provindo directamente dos bolsos dos contribuintes, é bomba que forçosamente ia estourar nas mãos de quem lhe pegou e de quem a deixou andar por aí. 

Muito haveria a dizer pois esta TAP é história mal contada desde há muito, um sorvedouro para os contribuintes e um palco para egos que gostam de se pavonear. 

Mas isto não é só a TAP. Como ontem referi, é toda a gestão de empresas públicas ou de gestão pública que deveria ser passada a pente fino. 

Duas das pessoas mais burras, mais inaptas, mais parvas, mais pavoas, mais convencidas e simultaneamente mais ocas, mais fúteis, mais incultas e ignorantes com quem até hoje já trabalhei foram dois ex-administradores, um de um instituto público e outro de uma empresa pública, cada um de sua linha política. A única coisa que os habilitou a esses cargos era a de serem amigos de alguém conceituado no respectivo partido. A partir daí foram circulando por empresas e institutos e sei lá por mais onde até que os apanhei, teoricamente como tendo grandes currículos. Qual quê? Zero. Zero. Ora com administradores destes não é só o dinheiro mal gasto que custam, é também a ausência de gestão que praticam, as burrices que cometem ou deixam cometer todos os dias.

Isto já foi há alguns anos. Não sei se ainda é assim pois, felizmente, por onde ultimamente tenho andado não têm aparecido dessas aves. Mas penso que é pública a ainda existência de assessores e outras funções principescamente remuneradas, quer nos Gabinetes governamentais quer nas Autarquias, que de conhecimentos, experiência ou aptidão para esses cargos têm bola. Isso choca-me. Maioritariamente pouco fazem para além de mandarem bocas, de alimentarem a fofoca partidarítica, de garantirem a boa disposição aparelhística que, na altura das eleições, dá jeito ter à mão.

Uma seita deveras parasitária.

Ainda me lembro do filho de um colega, um jovem pouco mais que recém-licenciado, se orgulhar de ter rejeitado um emprego num banco a ganhar cerca de 2.000/mês, dizendo que mais do que isso ganhava como assessor numa certa Secretaria de Estado em que não tinha horários nem obrigações.

Parece não ser o caso da Alex da boca aberta que creio nem ser boy. Mas o que quero dizer é que há por aí muito dinheiro público mal gasto. Neste caso, uma empresa tutelada pelo que se sabe aceitou fazer um contrato milionário e leonino com uma senhora que, por muito competente que seja, dificilmente justificaria uma 'indemnização' daquele montante. Mas como são os contratos dos outros? E que mais regalias terão? Como é que o dinheiro dos contribuintes anda a ser gasto?

Uma grande monitorização deveria ser feita a esse nível pois o dinheiro público deve ser gerido com pinças e luvas de pelica, com mil cuidados, com muita exigência e rigor. Não deveria ser gasto um cêntimo com quem o não merece.

Nem se pode admitir que uma empresa pública ou de gestão pública, muito menos se estiver intervencionada, seja gerida à tripa forra como se fosse um clube de futebol especulativo ou muito rico onde se pagam passes ultra milionários quando um ás da bola muda de clube ou onde se pagam prémios chorudos quando se ganham campeonatos.

E é preciso perceber uma coisa: de cada vez que se fecha os olhos ou se encobre ou relativiza uma coisa destas, está a deixar-se a porta aberta para que todos os populistas desta vida venham pastar.

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Mas, enfim, isto não tem que ser um pincel. Nada. Rir é bom e eu gosto. Por isso, façamos a agulha e bora lá. Não me apetece acabar o dia com as solas dos sapatos da Alex ou com os desaires que se sucedem ao pobre do Costa. 

Assim, estando a aproximar-se a mudança de ano, que entre o Luis Lobianco que conta que num certo réveillon entornou umas e outras e depois, numa de grande aflição e já com alguns dedos de dilatação, teve que ir dar à luz na casa da Narcisa.

Luis Lobianco misturou tudo na ceia de Ano Novo 🚨! | Que História É Essa, Porchat?

Luis Lobianco aproveitou a culinária na ceia de Ano Novo e fez questão de comer alimentos para abrir os caminhos do próximo ano. O problema é que algumas vias indesejadas foram abertas antes da hora 🤢! Sobrou até para Narcisa!


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Desejo-vos uma boa quinta-feira
Saúde. Boa disposição. Paz.

2 comentários:

Maria disse...

Pois é, UJM soube da notícia da dita demissão por si, logo pela manhã. Mas agora as tomadas de decisão políticas dão -se de madrugada, quando estamos a dormir?!
Pelo menos recebi a nova com humor, gostei!
Ora, um governo que apregoava a estabilidade nestes próximos anos, começa assim com tanto estardalhaço?! Já vamos com oito, salvo erro!
É a ganância a vir ao de cima. Mas para que querem tantos milhões, milhares de euros??!!
Aproveite o descanso, UJM que não tarda vem o bulício da passagem de ano. Outra canseira!
Maria

Um Jeito Manso disse...

Olá Maria,

Acabei de escrever sobre isto. O que está a passar-se deveria merecer uma reflexão séria. Em vez da gritaria do costume deveria tentar pensar-se em como atrair gente competente e experiente para os Governos.

E tem razão: estamos a caminhar a passos largos para a mudança de ano e, sim, vai ser mis um trabalheira. Mas, na volta, eu gosto disto pois, verdade, verdadinha, não faço nada para me furtar a estas canseiras.

Dias felizes para si, Maria.