De vez em quando esqueço-me ou não tenho tempo. Passam-se tempos sem frequentar. Por isso, ainda não atinei com algumas coisas que devem ser básicas para toda a gente.
E depois aborreço-me, desisto. As coisas deveriam ser simples, intuitivas. Não deveria haver inteligência numa caixa ou numa estante. Se eu quero ir à procura de uma coisa deveria ser capaz de encontrá-la.
Mas não. O que vi, deixa de estar visível. Se quero procurar os filmes que já vi, não consigo.
Se não me lembro minimamente do nome nem sei o nome dos actores ou realizadores então é que estou no mato.
Gostava que me aparecesse um separador a dizer 'já vistos'. Mas não descubro.
Vou interromper para ver se consigo descobrir o que quero, para vos dizer. Daqui por uns anos, talvez não muito, ou consigo ir acompanhando o maravilhoso mundo das apps e da forma como nelas navegar ou ficarei isolada. Não é uma boa perspectiva.
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Bem. Já descobri. É que vi um filme na Netflix de que gostei bastante e não apenas queria recomendá-lo como queria falar de um outro de que também gostei. O de hoje, mal fora, ainda sei o nome. Agora o do outro dia não tinha nem ideia. Tive que googlar para ver como pesquisar filmes ou séries já vistas. Não é directo. Consigo ver a minha actividade mas apenas me aparece o nome do que vi. Tive que ir clicando até acertar com o que queria. E agora também não consigo encontrar no youtube o respectivo trailer. E não sei se na Netflix há maneira de obter o trailer para partilhar. Chatice.
Nada disto é simples.
Mas o que eu gostava de dizer é que não ando muito numa de grandes dramas, pesados sofrimentos (por exemplo, a série Maid, com uma incrível Margaret Qualley no papel principal, é extraordinária mas deixa um rasto de desgraça, um travo a infortúnio, esmaga-nos a muita luta e muita dor por que Alex passou para conseguir tirar o pé da lama), não ando numa de ambientes negros, muita sombra e pouca luz.
Não: procura justamente o oposto. Nos espaços livres ao fim de semana, como praticamente desisti de ver televisão, entretenho-me com a Netflix. Mas carrego em várias opções até conseguir fixar-me. Muita palhaçada, muita frivolidade, ou, pelo contrário, muita coisa às escuras.
Hoje acertei. Vi Sob o sol e gostei imenso. É um filme sueco. É daquelas que não pesco uma pelo que tenho que, forçosamente, ler as legendas. É um filme luminoso, tranquilo, terno, romântico, simples. Mas que prende. Na sua simplicidade, é um filme com uma luz que me prendeu do princípio ao fim. E os personagens principais, Olaf na sua candura e Ellen na sua misteriosa sofisticação, levam-nos pela mão até à última cena.
O outro filme, creio que dinamarquês, é Move me. Também simples. Despretensioso. Mas muito directo, muito espontâneo, muito agradável, muito bom de se ver. Não há subententidos, não há rancores, escuridões. Há uma mulher que parte para outra. Não sem dificuldades, hesitações, percalços. Mas com simplicidade e uma energia muito positiva. A gente vê o filme e fica na boa.
Não serão filmes de agora mas, diria, são histórias intemporais. Não sou entendida, sou apenas apreciadora. Por isso, não levem a mal a superficialidade da apreciação.
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Outra coisa chata na Netflix é que, se quiser encontrar a banda sonora dos filmes, também não é directo. Gostava de aqui colocar alguma das músicas de algum destes filmes mas, de forma linear, também ainda lá não cheguei.
Portanto, terá que ficar 'Here comes the sun' na interpretação do prodigioso Jacob Collier para acompanhar esta pintura solar de Van Gogh.
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Desejo-vos uma boa semana a começar já por esta segunda-feira
Tudo de bom. Dias felizes.
1 comentário:
Fiquei curioso, vou espreitá-los!
Boa semana!
Cenas de um Nerd
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