Há Leitores que me dizem que vêm aqui pelo que escrevo e não pelos vídeos que partilho. Algumas pessoas vêem o blog no trabalho e não lhes dá jeito estarem a fazer barulho ou receiam dar nas vistas. Mas acredito que alguns conseguirão oportunidade para os verem e, por isso, na senda do post de ontem, partilho hoje um outro vídeo do mesmo género. Não será tanto pela casa (embora também o seja) mas pela tranquilidade que se desprende do modo de viver que se percebe vendo a sua dona, uma serena senhora com 76 anos.
Atrai-me muito este vagar de gestos, a forma como toca os tecidos, esta curiosidade dela em sair, ao frio, para fotografar, o preparar de uma refeição para os amigos. E gosto de ver os objectos, a casa, o conforto simples. Não admira que pessoas assim vivam para além dos cem anos: a paz de espírito é saudável.
Eu, que receio a forma desregulada como a inteligência artificial parece tender a evoluir, como as redes sociais proporcionam todo o tipo de devassa e manipulação, e todas essas coisas, tenho que reconhecer as imensas vantagens da internet e de plataformas como o youtube sem os quais jamais poderíamos conhecer tantas coisas tão distantes e tão simples como esta forma de viver que aqui podemos observar.
7 comentários:
Achei o video interessante.
Não vejo todos os videos, mas vejo muitos. Depende do interesse que tenho e a disponibilidade. E videos in Heaven, não faz mais? Eram giros!
Beijinhos e boa semana:))
Olá Isabel,
Pois, está a ver o que eu digo? Somos almas gémeas, eu não digo...?
No fim de semana, enquanto andava por lá a caminhar, pensei que me estava a apetecer voltar a fazer mais uns filminhos daqueles. Imagine. A sério. Mas depois achei que devem ser maçadores para quem vê e deixei para lá. Mas um dia destes faço mais um. Está a apetecer-me...
Beijinho, Isabel, e obrigada pela sua simpatia.
Bom, vejo bastantes vídeos dos que mostra. Por vezes, não no imediato. Mas são uma mais valia no seu blogue; já lho disse e repito, a UJM tem gosto refinado, procura e encontra coisas que a mim me passariam despercebidas ou que nem procurava. Prefiro uns a outros, mas acontece com tudo que se submete ao juízo de gosto.
Pois a senhora dos setenta e muitos é dinâmica e não pára nos ovos. Capaz de chegar aos cem. Mas não gosto de uma casa com tudo empilhado nas prateleiras, limpar o pó a tanto berlicoque não será fácil. E tanta pedra e demais artefactos são bons para ela; para mim não seriam.
Todos os velhos - ou quase todos - usam de movimentos vagarosos (já não conseguem a rapidez). Mas digo-lhe que uma das coisas de que tenho saudade é da rapidez, de andar rápido, de pedalar e até de correr. Também já uso a pausa e o vagar.
Boa noite UJM
Eu gosto dos videos In Heaven. Então cá fico à espera de mais um:))
Beijinhos:))
Olá Bea,
Pois, talvez tenha razão. Aqui na minha rua mora um chinês de idade. Anda devagarinho e passeia muito. Volta e meia vejo-o no jardinzinho do outro lado da rua a fazer aquela ginástica oriental, com alongamentos, uma dança lenta. Gosto imenso de vê-lo, completamente abstraído.
E a Bea não anda rápido porque lhe perdeu o jeito ou porque já não dá? É que, se já não dá, saiba que o exercício, a ginástica, a fisioterapia e essas coisas fazem milagres. O pior é parar.
Abraço, Bea. E, também muito obrigada pelas suas palavras simpáticas.
Já não dá:). Apesar da ginástica, da fisio e de algum exercício. Mas andar mais devagar não é parar. O que não obsta a que sinta saudade do tempo em que o querer comandava o velocímetro.
Olá Bea,
Tem razão, devagar não é parar. E o vagar também é bom e deixe para lá o velocímetro. Quando se anda mais devagar vê-se melhor o que nos rodeia, pensa-se melhor, não é?
Abraço, Bea!
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