terça-feira, agosto 21, 2018

Árvores que dão rolhas



Cá para mim sou totó encartada. Mais propriamente a versão feminina e anciã do grande Banana (e, a quem esteja afastado desta nova mística que faz as delícias da pequenada, recomendo vivamente que se vão instruir pois se há falhas imperdoáveis esta é seguramente uma delas). 

Tendo chegado um pouco mais cedo a casa, já deu para caminhar e, como o jantar é um upgrade  das sobras do almoço de ontem, deu para aqui me pôr reclinada no sofá e, bingo, de imediato tiro e queda, logo a dormir.

Agora acordei e fui espreitar as sugestões do grande algoritmo e mais um bingo: um vídeo com um homem com cara de português. Dado que pertence à Great Big Story tive que ir confirmar. Ora bem. Branco é galinha o pôs: português e quase alentejano. Ele os companheiros de jorna. Se é que não alentejanos mesmo.


E aqui entra a minha totozice: podia ir ver se Coruche pertence ao Alentejo mas não me apetece. E podia ir ver se as minhas azinheiras também dão rolhas mas também não me apetece. Até porque, se não sei, devia saber. Há básicos e estas duas dúvidas são daquelas que eu nem sob tortura aqui devia confessar.

Também devia saber isto das azinheiras por outras vias. Há entre os parentes quem viva da coisa; mas nesse caso a árvore é o sobreiro o cujo também dá bolota, acho eu, como a azinheira. E conheço uma pessoa cujos pais eram donos de uma empresa de cortiça e que perderam tudo a seguir ao 25 de Abril e depois o senhor ficou tão abalado que, como diz o filho, 'desaderiu da realidade'. Portanto, eu deveria já ter tirado a coisa a limpo junto de fontes bem informadas em vez de estar para aqui feita arraçada de intelectual da literatura, daqueles seres que sabem tudo menos o que interessa. 


E, pronto, adiante.

Entretanto já jantei e aqui estou de volta ao post mas não vou escrever nada para não incomodar quem me lê. Passo a palavra aos apanhadores de rolhas e ao chefe deles que tem um ar muito simpático apesar de falar inglês sem o sotaque de Sua Majestade.

Que entrem os garbosos portugais, toujours gais, morenos, bem alimentados e com uma força braçal de ninguém pôr defeito.


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