No post abaixo expliquei qual a solução milagrosa para conseguir que um desconhecido/a se apaixone por si ou conseguir que alguém se torne mais íntimo. Receitinha simples e eficaz, uma delas comprovada cientificamente.
Mas isso é a seguir. Aqui, agora, a conversa é séria.
É esta terça-feira, dia 10, que finalmente o governo Láparo & Irrevogável vai abaixo. Dia de festa, portanto.
A seguir espera-se que Cavaco faça o que tem a fazer: aceitar que António Costa, que lhe apresentará uma solução duradoura de governabilidade, forme governo.
Sei que o PS já tem pronto o programa que incorpora as medidas acordadas com o BE e com o PCP mas, na esperança que algum dos muchachos do seu inner circle me leia, daqui lanço um apelo. Juntem lá mais estas medidinhas, se faz favor. Talvez sejam politicamnete incorrectas, provavelmente a oposição dirá que são um atentado à liberdade de expressão ou que vocês estão a querer condicionar qualquer coisa ou que não sei quê mas, meus Caros, não liguem. Vão por mim, tá?
Aqui estão elas, uma espécie de Adenda:
1. Exigir que sejam lavados - à agulheta! - os balcões televisivos onde se servem comentários a copo. Já não se aguenta. A ter que haver debates entre paineleiros residentes ou convidados, que sejam escolhidos como deve ser: nada de trauliteiros, nada de gente rasca, nada de gente que só sabe falar uns decibéis acima do que a norma permite, nada de histéricos ou desvairadas. É que esta gente actual é de tal calibre e em tal dose que mina tudo, inquina, infecta. Os portugueses ficam arrasados com o que eles dizem, com o que eles distorcem e manipulam. Criam aversão à política, são um perigo.
2. Exigir que os jornalistas deixem de aparecer como comentadores isentos quando não passam de descarados avençados. Também já não se aguenta. Cuá-cuá-cuá, uma ova. Vão papagaiar para a varanda da prima e deixem-nos em paz.
3. Exigir que os jornalistas que estão na profissão não para a exercer com a devida ética mas, ao que parece, para cumprirem uma agenda política se mudem para os partidos dos quais são devotos e deixem os meios de comunicação social para os jornalistas de verdade. E, já agora, que os donos dos media paguem capazmente aos jornalistas para evitar que eles deixem de se sentir tentados pela prostituição (mesmo que a prostituição seja apenas em sentido figurado, of course)
4. Exigir que a Fátima Campos Ferreira fale mais baixo no Prós e Contras e que se vista de forma mais normal (esta segunda-feira, por exemplo, estava uma coisa que não se podia, de gravata, toda ela uma exorbitância). Exigir também que ela não transforme assuntos sérios em brincadeirinhas de bons contra maus nem banalize quase tudo em que toca.
5. Arranjar maneira de dar algum descanso ao Juíz Super-Alex que já não se aguenta que tudo o que é processo lhe vá parar às mãos. Não tarda o pobre homem tem um burnout e sempre quero ver quem é que decreta preventivas a metro no país.
6. Já agora que se envie o Rosarinho Teixeira para funções para as quais ele tenha mais jeito (descobrir mosquitos na outra banda, por exemplo). Aqui onde agora está, o pobre coitado já desenvolve paranóias a torto e a direito e depois, claro, não acerta uma.
7. Ver se conseguem desencantar alguém mais capaz para Procurador-Geral: de preferência alguém que seja isento, eficaz, que não seja um travesti em serviço e que consiga que se respeite o segredo de justiça.
8. Despachar o Carlos Costa (o do BdP, não o da Quinta das Celebridades) para casa ou para gerir as poupanças do seu amigo Cavaco.
9. Garantir que o Francisco George se mantém como Director-Geral da Saúde. O País já não saberia viver sem ele a aconselhar sobre a vacina, sobre a alheira e sobre a legionela. Que mudem os ministros mas que continuem a deixar-nos com este fofinho que tem um penteado tão giro: a Saúde sem ele deixaria de ter graça.
10. Antes de começar a governar a sério, inventariar o trabalho que, nos próximos anos, vai requerer apoio jurídico e, se não houver quadros necessários na Administração Pública, contratá-los - para ver se acaba a promiscuidade e o esbanjamento com os grandes escritórios de advocacia do país.
11. Idem no que se refere a consultoria. Ouçam o que têm a dizer os quadros internos ou, se necessário, contratem outros - mas acabem também com o esbanjamento com consultorias que só sabem fazer power-points e levar os olhos da cara.
12. Criar o Ministério da Comédia e arranjar maneira de, para lá, repescar dois queridos do governo anterior (não sei se foram arregimentados para o XX): o ex-Lombinha dos Briefings e o Maçães, o Alemão. Quando houver debates com o Passos e o Portas, fazer avançar esta dupla de pândegos, Lombinha & Maçães de seu nome artístico, para que a coisa saia bem divertida. Afinal, isto da política não tem que ser uma sensaboria.
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E fico-me, por aqui, por estas humildes 12 medidinhas. Mas, meus Caros, se acharem que os meus contributos são dos bons, disponham.
E, meus Caros Socialistas do inner circle do Costa, agora muito a sério: boa sorte para os tempos que aí vêm e juízo nessa cabeça. Read my lips: não suportarei se vacilarem e cederem a aparelhismos, interesses espúrios ou tacticismos pacóvios.
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As fotografias bonitas são de Hayley Roberts. A da capa do livro do tal que gostava de ser primeiro-ministro não faço ideia.
O Mika canta Promiseland
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E agora, para quem quiser saber como fazer alguém cair in love por si, relembro: no post abaixo há ensinamentos úteis.
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3 comentários:
Ouvi há pouco, quando ia no carro, o Mário Centeno, na Antena 1. Que discurso espantoso! E sem resposta do Governo. Temos Ministro e que Ministro! Compare-se Centeno, um tipo brilhante, com aquela medíocre e arrogante da M.Luís Albuquerquer e logo se percebe a difença entre este governo moribundo e o que aí vem substituí-lo. E compare-se Costa, ou Catarina com essas outras nódoas, Passos/Portas.
Em tempos fiz uma observação crítica aqui sobre Centeno, pois não gostei do que referiu no Expresso da Meia-Noite (sobre o financiamento das pensões e reformas), mas agora penitencio-me. Vejo que tem soluções melhores para a sua sustentabilidade e garantia.
P.Rufino
Gosto deste post.
E hoje foi bom. Até bebi um copo!
Imagino os olhos de alguém, que se estivesse entre nós, brilhavam de felicidade.
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