domingo, maio 04, 2014

Se eu pudesse trincar a terra toda - um novo vídeo do CINE POVERO. Entrem todos que a beleza não acontece a toda a hora!


Sempre que vejo que há novo vídeo no Cine Povero fico em festa. A poesia, a música, as imagens formam sempre um objecto perfeito. E há uma calma que envolve as palavras e há uma claridade suave e há sempre uma voz que pega as palavras entre as mãos. E tudo isso, a conjugação subtil de todas as peças, deixa-me sempre encantada. 

Deste vez é Alberto Caeiro:
(...)
Por isso tomo a infelicidade com a felicidade
Naturalmente, como quem não estranha
Que haja montanhas e planícies
E que haja rochedos e erva ...
O que é preciso é ser-se natural e calmo
Na felicidade ou na infelicidade,
Sentir como quem olha,
Pensar como quem anda,
 
(...)

Entrem por favor, deixem-se contagiar.



Transcrevo a ficha técnica:

  • Alberto Caeiro [Fernando Pessoa (1888-1935)], "Se eu pudesse trincar a terra toda" in «O Guardador de Rebanhos», Poema XXI [1914]
  • Pedro Lamares no seu Projeto COiNCIDÊNCIA (2009)
  • Filme gentilmente disponibilizado no site Beachfront B-Roll
  • Música: Eleni Kairandrou, "Ulysses' Theme/Litany" in «Ulysses' Gaze. OST» (1994)

O poema pode continuar a ler-se no Cine Povero, a casa onde as palavras umas vezes de tornam mágicas, outras humanas .

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5 comentários:

Olinda Melo disse...


Boa noite, UJM

Não podia deixar de aqui vir... vendo do meu painel o grande chamariz que é para mim este excerto de 'O Guardador de Rebanhos', de Alberto Caeiro, o Mestre, como dizia F.Pessoa.

'Se eu pudesse trincar a terra toda'...

Tenha um excelente domingo.

Bj

Olinda

Bob Marley disse...

EU PASSO-ME COM O TALENTO DE ALGUMAS PESSOAS - https://www.youtube.com/watch?v=7X4sqQbuQZI

Bob Marley disse...

https://www.youtube.com/watch?v=-1KCzrTg9ic

Um Jeito Manso disse...

BM, bom dia,

Já inseri um vídeo com a prodigiosa miúda no post de hoje, o das modas em Lisboa.

Desejo-lhe um bom domingo!

Um Jeito Manso disse...

Olá Olinda,

De facto, o Cine Povero tem especial sensibilidade na escolha dos poemas e fico sempre maravilhada como ele une na perfeição todas as pontas do vídeo: palavras, voz, música, imagens, o ritmo, a cor. Tudo parece ser feito de propósito para se conjugar desta forma.

Caeiro era, certamente, um Mestre para o polifónico Pessoa.

Desejo-lhe um belo domingo, Olinda.

beijinhos.