O PSD ganhou as autárquicas. Não terá sido uma vitória tão expressiva como ambicionavam nas capitais de distrito mas ganharam os distritos mais populosos que provavelmente não pensavam ganhar.
O José Luís Carneiro após três meses à frente do PS e tendo, na minha opinião, feito um trabalho sério e persistente, conseguiu, ao contrário do que desejariam alguns grupinhos do PS e certamente pretendiam alguns comentadores encartados, repor o bipartidarismo e recolocar o PS como um partido de alternativa de poder à AD. Foi uma derrota mais doce do que amarga e foi também a consolidação da liderança que eu espero que tenha bastante sucesso do José Luís Carneiro.
A derrota da Alexandra Leitão em Lisboa deve ser a derrota final do Pedro-Nunismo. Se olharmos para os resultados freguesia a freguesia percebe-se que as freguesias onde tendencialmente residem os mais abastados tiveram medo do "radicalismo" da Alexandra e das companhias mortáguas com que se rodeou.
O Moedas que nunca quis discutir Lisboa, apostou sempre na mensagem do radicalismo e isso, como se constata, fez o seu caminho. Uma coisa é certa: fui recentemente passear no Chiado, na Baixa e na zona ribeirinha e fiquei chocado com o estado da cidade. Estive também em Alvalade e a quantidade de lixo no chão é uma vergonha. No entanto, parece ser este estado de coisas que os lisboetas preferem. É o que é!
O Ventura ganhou dez por cento do número mínimo de câmaras que tinha como objetivo ganhar e ficou atrás da CDU e do CDS, coisa que ele tinha declarado impensável aqui há dias. Como populista que é, veio cantar vitória quando na verdade teve uma derrota estrondosa só (relativamente) comparável à da IL que ontem tentou passar por entre os pingos da chuva e parece-me que nem falou à malta.
Sobre a CDU já aqui escrevi ontem, não atingiu os mínimos mas ainda não foi totalmente corrida. Percebi ontem, depois da intervenção do Raimundo, que são como a ministra da saúde, definem estratégias que só dão porcaria mas insistem no erro para fazerem ainda mais porcaria. Um apontamento, a esquerda unida, incluindo a CDU, tinha ganho Lisboa e Porto.
Quanto ao CDS alguém tem que dizer ao Nuno Melo que já basta de dizer tanta parvoíce.
Há uma outra conclusão, o pessoal está-se nas tintas para questões éticas e para comportamentos eventualmente duvidosos. Que o digam o Montenegro, a Maria das Dores Meira e o rapaz de Braga.
E viva o Isaltino! Espero que tenha comido um belo lavagante.
2 comentários:
Essa da esquerda unida tem que se lhe diga. O PCP entrava no ramalhete para compor a vitória do PS. Depois não servia para nada.
De algum modo lembram-me os que passam o tempo a pedir à Igreja aggiornamento. Com tanto aggiornamento no final desaparecia - para contentsmentp de quem não quer saber da Igreja para nads.
. Quem p
Peço desculpa, seguiu sem verificação.
Resumindo: o PCP fez prova de vida. Evitou o destino do CDS - pelo menos por enquanto - e enterrar-se com uma coligação que deu em nada.
Tem razão: Mortágua é tóxica, ninguém a quer. Falta arranjar-lhe empreho. Talvez no CES em Coimbra.
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