O governo, para agradar aos patrões e sem ter noção da realidade, incluiu na proposta de lei da legislação laboral limitações ao direito das mulheres amamentarem os seus filhos. A ministra defendeu convictamente que havia muitos abusos. Azar do costume, vi hoje na SIC que não existem autos dos inspetores sobre incumprimentos das mulheres que estão a amamentar. Já o contrário é verdade. Existem dezenas de autos levantados a empresas que não respeitam os direitos dos seus trabalhadores. Se todos os ministros que mentem fossem corridos, haveria remodelações dia sim, dia sim, e o Montenegro há muito tempo que tinha sido remodelado.
Outra alarvidade do governo é que para se limpar da manifesta incompetência que tem demonstrado na questão dos incêndios -- já ardeu este anos 8 (oito!) vezes mais área que o ano passado --, veio, através do ministro, anunciar que daria dinheiro a quem tinha tido prejuízos e que até dez mil euros não era necessário comprovativo porque as burocracias são uma chatice. Não sei quem vai validar o pagamento mas, se forem as câmaras municipais em ano de autárquicas, muita água pode correr debaixo da respectiva ponte. De qualquer forma, o dinheiro dos nossos impostos não é para ser desbaratado: é para ser bem empregue, e tenho muitas dúvidas que este processo vá ser exemplar. Parece-me mais uma medida populista do governo em ano de autárquicas e, provavelmente, os municípios onde tem havido mais fogos têm uma cor alaranjada.
Outro assunto: o TC chumbou a lei dos estrangeiros. Afinal não vale tudo para agradar à extrema direita, como o Montenegro imagina. Ainda há uma ou outra instituição que existe para fazer cumprir a lei. Vamos lá ver como é que a rapaziada do governo vai tentar dar a volta ao texto. Não se esperam novidades, a coisa vai continuar a cheirar a bafio.
Para terminar, um aparte: o Paulo Núncio é provavelmente o tipo mais execrável que aparece regularmente na televisão. Qual a razão para termos de levar com tal beata de sacristia com tanta frequência? Eu, por mim, mudo logo de canal.
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