quinta-feira, janeiro 23, 2025

Não tenho muito a dizer

 

Hoje haveria vários temas divertidos para abordar, desde a possibilidade de termos um deputado larápio, um upgrade dos que fanam carteiras no 28, até à graça de ter o delfim Musk a criticar no X uma das mega decisões do Trump.

Mas não estou muito para aí virada. Faz um ano que o telefone tocou à noite trazendo a notícia que eu mais temia. E ainda não consigo perceber como é que já passou um ano nem consigo passar por cima deste grande paradoxo que é a vida humana, tão efémera, tão destituída de lógica. E parece que ainda não há muito andava eu a tentar convencê-la a tomar os comprimidos para aquilo que afinal nem era o principal problema, a rebater os seus argumentos sobre efeitos secundários, efeitos esses que, de tão variáveis e tão erraticamente empolados, eu achava que eram fantasia mas que provavelmente era apenas a sua maneira de desviar a atenção do problema sério que ela escondia, provavelmente até dela própria.

E depois há as saudades. A falta.

Mas o tempo corre, a vida continua. É assim mesmo.

Neste momento, mais dois familiares próximos estão internados e eu espero, espero, que se ponham bons. Mas sei que bons, bons, bons como antes, dificilmente ficarão. 

Mas, ao mesmo tempo, novas crianças vão entrando na passadeira rolante, crianças que riem, que brincam, que aprendem. E adolescentes que se estreiam nas artes do amor. Jovens adultos que progridem na sua vida. 

Portanto, há que saber conviver com memórias, com perplexidades, com preocupações, com saudades e com expectativas e esperanças e com alegrias.

Apesar de estar bem consciente disso, hoje não estou propriamente inspirada ou motivada para grandes conversas.

Mas vi um vídeo que me agradou imenso e que aproveito para partilhar convosco. A dona da casa é artista que admiro e com quem simpatizo. E a sua casa é fantástica.

Isabel Teixeira expõe literatura, arte e história em sua casa! | Pode Entrar | GNT

O lar de Isabel Teixeira se resume à história. Seja de seus avós ou de sua própria caminhada, a atriz tem desde o piano de sua avó, passando pelos livros autografados de Guimarães Rosa de seu avô até a fotografia de seus bisavós❣️

Dias felizes.

E não nos esqueçamos que a vida é para viver.

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