terça-feira, janeiro 14, 2025

Nada de mais: apenas uma segunda-feira

 

Depois de almoço, embora me parecesse que a brincadeira da descida da temperatura já estava a deitar as unhas de fora, fui para o terraço para ver se apanhava o meu banho de sol. Mas foi sol de pouca dura. E não consegui despir-me. O mais que fiz foi arregaçar as mangas e arregaçar as calças. Mas não estava para ananases. Nem o cão quis estender-se ao meu lado, que ficasse eu a brincar ao verãozinho.

Durou pouco. Voltei para casa.

Agora tenho feito o esforço de, a seguir ao almoço ou princípio da tarde, não me recostar no meu confortável cadeirão de relax. Tenho que me manter acordada para ver se durmo bem de noite. Se adormeço nem que seja uma simples meia hora é certo e sabido que vou ter dificuldade em adormecer ou, a meia da noite, vou acordar e ficar a pensar em tudo o que tenho que fazer e resolver.

Assim, até é melhor. Com tanto que tenho que fazer até sem sido bom, tenho conseguido trabalhar de seguidinha.

Acho que vi um bocado das notícias e estava a dar aquela rentrée da Justiça, uma pastelada requentada em que as araras do costume vão para ali lavar roupa suja em público, como se não falassem uns com os outros, para tratarem dos problemas comuns, senão quando se juntam para a cerimónia. Umas abéculas que é de dar dó. Dão dó e grande preocupação. Se é nas mãos daqueles totós que a Justiça está -- uns totós que não são capazes de resolver nada nem de se organizarem e trabalharem em comum -- então estamos, na realidade, mais do que fritos.

A notícia abria com o facto de não terem convidado ninguém da Igreja. Mas depois, durante a notícia, fiquei com a ideia de que também não fizeram falta nenhuma nem ninguém deu pela falta deles. De resto, não faço ideia do que é que costumavam lá fazer. Seria para depois rezarem pelos tristes que ali tinham estado a carpir, a acusarem-se mutuamente, a atirarem as culpas de uns para os outros?

Tirando isso, fugi das tristezas e como não dei pela existência de coisas boas, zarpei da televisão. Só interrompi para ver 'A Promessa'. Há grandes desempenhos, há personagens muito bem construídos. É a primeira vez que estou a ver praticamente todos e estou muito agradavelmente surpreendida. Tenho ideia que as telenovelas portuguesas são só palhaçada, violência gratuita, chinfrim - mas esta não, é tranquila. Tem os seus dramas mas é coisa com conta, peso e medida e, sobretudo, há desempenhos bastante bem estruturados.

E é isto. Sorry, se não tenho muito mais a dizer. Até amanhã. Agasalhem-se. 

Sem comentários: