Quando escolho um Presidente da Câmara para nele votar, tento adivinhar se a pessoa tem pedalada para a exigência da função, se é uma pessoa de acção, se é pragmática, se é pessoa com sentido prático para resolver os mil problemas do dia a dia, se é pessoa com mão firme, se é pessoa com sensibilidade e bom senso. E etc.
A mulher de um presidente de Câmara dizia-me uma vez que é uma ocupação deveras ingrata pois a pessoa pode fazer inúmeras coisas boas, estruturais, a pensar no futuro, e todo irrepreensível, mas se uma pedra estiver solta na calçada as pessoas não pensam em todo o bem que ele fez e vão acusá-lo de não ter mandado arranjar a pedra que se soltou no passeio. Acredito que sim.
Não é qualquer um que consegue, ao mesmo tempo, ver ao longe, ver ao perto, ter atenção a quem quer espetar-lhe uma faca nas costas, ser empático, não se deslumbrar com elogios, não se ir abaixo com críticas, e, no meio da barafunda, sem muita conversa fiada e muito foco, seguir em frente e fazer o que tem que ser feito.
Se eu tivesse que escolher um candidato a Presidente da Câmara de Lisboa, assim de repente, sem ter pensado no assunto, não sei quem escolheria. Talvez um João Galamba desse um belíssimo Presidente da Câmara de Lisboa. Acho que sim, que daria. Ou o ex-ministro Siza Vieira. Ou a Mariana Vieira da Silva. Seria seguramente muito boa. Por exemplo. Mas não sei, não pensei no assunto. Mas uma coisa eu sei: sei que não escolheria Alexandra Leitão.
E também sei que, se fosse eu a mandar, a escolher a candidata à Presidente, e quisesse comunicar a minha decisão, jamais usaria o argumento que Pedro Nuno Santos usou. Jamais. Caraças... jamais.
E se Alexandra Leitão é a 2ª pessoa mais importante do PS, então, na volta, é isso: na volta está tudo explicado.
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