sexta-feira, setembro 06, 2024

Quando a ciência pula e avança:
ou é o medicamento para o peso em excesso que afinal retarda o envelhecimento e reduz a mortalidade ou é o simples corante alimentar que torna a pele transparente permitindo ver o que se passa dentro dos corpos...
(Quem sabe se não estamos à beira de um salto quântico no prolongamento da vida (saudável)...?

 

Tratamentos assim e assado, testes, experimentações, cenas promissoras que afinal se revelam limitadas no âmbito ou na implementação mas que, de uma forma ou de outra, contribuem para os avanços que têm permitido que a esperança de vida se vá prolongando e que, quando é chegada a hora, muitas vezes a 'passagem' se faça com menos sofrimento. Dito assim, pode parecer pouco. Parecem pequenos passos, um pouco mais do mesmo. 

Engano: isso não é pouco, a vida é assim mesmo. Na maior parte das vezes, um dia pouco difere da véspera. Há recuos, há compassos de espera e há baby steps. 

Estamos onde estamos porque, apesar de tudo, muito de relevante tem acontecido.

Mas. depois, há coisas inesperadas que fazem com que, de onde menos se espera, surja a esperança de descontinuidades virtuosas. Ao longo da história da medicina, há momentos fulcrais que fazem toda a diferença. Aí os avanços não são simples incrementos, são verdadeiros achados que mudam o rumo da história, ou pelo menos, abrem brechas através das quais os cientistas conseguem abrir espaço a uma esperança cheia de luz.

Dois exemplos.

No outro dia era a notícia de que:

"Medicamentos para emagrecer ‘retardam o processo de envelhecimento’, sugerem cientistas. 

A semaglutida – contida no Ozempic e no Wegovy – tem “benefícios de longo alcance”, com taxas de mortalidade mais baixas por todas as causas.

Os medicamentos para a perda de peso estão prestes a revolucionar os cuidados de saúde, ao abrandar o processo de envelhecimento e ao permitir que as pessoas vivam mais tempo e com melhor saúde. Esta é a mensagem dramática dos principais cientistas após a apresentação de estudos na semana passada na Conferência da Sociedade Europeia de Cardiologia, em Londres.

(...)

[Ler artigo completo no Guardian]

Imagino que várias novas frentes de investigação se abram a partir daqui. E fico esperançosa nos seus bons resultados.

Hoje uma outra notícia me parece empolgante. Neste caso ainda não foi testada nos humanos mas forçosamente se avançará por aí e, creio, muito rapidamente.

Corante alimentar comum torna a pele e os músculos temporariamente transparentes

Investigadores dizem que procedimento ainda não testado em pessoas pode eventualmente ser usado para ajudar a localizar lesões ou tumores.

Os investigadores examinaram os cérebros e os corpos de animais vivos depois de descobrirem que um corante alimentar comum pode tornar a pele, os músculos e os tecidos conjuntivos temporariamente transparentes.

A aplicação do corante na barriga de um rato tornou o fígado, os intestinos e a bexiga claramente visíveis através da pele abdominal, enquanto a aplicação no couro cabeludo do roedor permitiu aos cientistas ver os vasos sanguíneos no cérebro do animal.

A pele tratada recuperou a sua cor normal quando o corante foi removido, de acordo com investigadores da Universidade de Stanford, que acreditam que o procedimento abre uma série de aplicações em humanos, desde a localização de lesões e veias para tirar sangue até à monitorização de distúrbios digestivos e à detecção de tumores.

(...)

[Também aqui, artigo completo no Guardian] 

 Groundbreaking Process Makes Skin Invisible

Researchers at Stanford University have developed a way to make skin and other tissues transparent using a simple food dye, a reversible technique with potential for revolutionizing internal medicine. In this clip, thin slices of chicken breast become transparent on exposure to the dye yellow #5.

Using a common food dye, researchers made mouse skin transparent

What if you could apply a substance on the skin, much like a moisturizing cream, and make it transparent, without harming the tissue? In a study published in Science, Stanford Engineering researchers were able to see, with the naked eye, organs within an animal’s body, by simply applying a common food dye. The process is completely reversible and appears to leave no lasting effects on animal subjects. 

The researchers believe this novel technique is the first harmless, non-invasive approach to achieving visibility of an animal’s living internal organs. Looking forward, this technology could make veins more visible, easing the process of venipuncture. Moreover, this innovation could potentially replace some X-rays and CT scans, assist in the early detection of skin cancer, and make laser-based tattoo removal more straightforward.
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Dias felizes

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