quarta-feira, setembro 18, 2024

A versão dantesca de Sol na eira e chuva no nabal

 

Enquanto noutros países chove que deus a dá, levando tudo à frente, um dilúvio que deixa toda a gente assombrada com a tenebrosa força bruta das águas, por cá está como se tem visto, o fogo inclemente a devorar florestas, matos, casas, carros e, infelizmente, também algumas vidas -- humanas e, mais do que provavelmente, também não humanas.

O calor de brasido, a raiva furiosa das chamas que avançam a uma velocidade medonha, tudo é um pavor.

Por muito que se queira encontrar culpados próximos (e há-os certamente, em primeiro lugar os criminosos que ateiam os fogos), creio que não restam dúvidas de que estamos às portas do mundo que nos espera, em especial as gerações que nos seguirão. 

Medidas estruturais, de fundo, disruptivas, terão que ser levadas a cabo para tentar travar estas alterações no clima pois eventos extremos de calor, de vento, de chuva não podem ser apaziguados com lenitivos.

A woman next to her home in Covelo, Gondomar, northern Portugal. Photograph: José Coelho/EPA

Fotografia integrante do artigo do Guardian: 

Portugal wildfire deaths rise to seven after firefighters trapped in blaze


More than 50 people injured as 54 fires burn across country amid hot, dry and windy weather
(...)

Scientists have said human-caused climate breakdown is supercharging extreme weather across the world, driving more frequent and more deadly disasters, from floods – as seen this week in central Europe – to heatwaves, droughts and wildfires.

Human-caused climate breakdown is making heatwaves more likely and more intense, with some – such as the extreme heatwave in western Canada and the US in 2021 – all but impossible without global heating.

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