sexta-feira, julho 05, 2024

Rosário Teixeira, o Procurador-Adjunto que veio dar a cara pelo Ministério Público:
patético, ridículo, preocupante, assustador.

 

Ouvi com pasmo a entrevista do célebre Rosarinho a quem hoje, no Eixo do Mal, Luís Pedro Nunes chamou 'o viúvo do Carlos Alexandre'. 

Fez-me lembrar um daqueles burocratas que executam acefalamente as ordens mesmo que sejam ordens criminosas, irrelevantes ou estúpidas. Poderia ter sido um procurador dos tempos da Pide a ordenar a  execução de escutas ou de buscas domiciliárias sem querer saber de consequências ou sem ajuizar se, sequer, fazem sentido. Poderia ser. E, no fim, não se sentiria arrependido de nada porque esteve a executar o que (segundo ele) era devido dadas as circunstâncias.

Há muitos mega processos que se arrastam anos sem darem em nada e mantendo as pessoas envolvidas reféns da teia que o MP urdiu? Pois, é assim mesmo, azarinho, a realidade também é complexa.

Faz sentido manter uma pessoa sob escuta, sendo isso tão intrusivo? Pois, acontece, os negócios levam tempo, interrompem-se, é preciso andar muito tempo à espera que apareça alguma coisa.

Faz sentido processos que se arrastam durante anos e anos e anos, por vezes 10 ou 12 anos ou mais? Pois, é um problema, há muito trabalho, não se consegue dar atenção a tudo.

E aquilo do parágrafo que deitou abaixo um governo de maioria absoluta... e afinal nada...? Afinal Costa foi escolhido para Presidente do Conselho Europeu... Pois, mas ele não é suspeito de nada porque se fosse era arguido e ele não é arguido... 

[Dá vontade de lhe dar um berro a 1 cm da cara e perguntar: mas se não é suspeito de nada então porque é que a Procuradora escreveu aquele parágrafo assassino? Porquê, porra?]

Quanto ao próximo Procurador-Geral, segundo o sinistro Rosário Teixeira, obviamente deveria ser da casa.

Poderia ser ele? - pergunta-lhe o jornalista.

Aí, Rosarinho, retorceu-se a fazer de conta que nunca tinha pensado no assunto mas mostrando que não quer outra coisa. Aquele excerto merece ser emoldurado como um exemplo de hipocrisia, de bacoquice, se parvoíce. 

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Conclusão? Depois disto fica claro que algo de grave, muito grave, se passa no Ministério Público. Temas tão críticos para o funcionamento do País e para a saúde da democracia não podem estar na mão de pessoas tão alienadas, com uma mentalidade tão burocrata, com uma visão tão deformada do que é a vivência saudável de uma sociedade evoluída e democrática.

Tem que ser posta ordem na casa, sim. 

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Muito bem Rui Rio a seguir na SIC. Tenho gostado bastante das intervenções do Rui Rio. Um exemplo de exercício cívico.

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Uma palavra para a excelente entrevista feita pelo jornalista da SIC.  Fui agora pesquisar quem será, pois não tenho ideia de já antes o ter visto, e creio que será o Luís Garriapa. Gostei imenso. Quero ver mais. Ou melhor: quero vê-lo em mais entrevistas.

3 comentários:

Anónimo disse...

Mas a pergunta é: por que tem dado a cara deslavada? E pelo quê tem dado a cara? O que foi prometido ganhar com isso? Por que se presta há algo tão sujo e baixo, sem enrubescer as tempêras? E por quê quando tudo já exposto (as ordens criminosas, as escutas, os desmandes, as conversas já não tão ocultas), mantém tudo como se nada tivesse acontecido? E quando questionado, Rosário Teixeira solta com os olhos mareados e brilhosos de lombriga: “O Ministério Público não tem interesse em derrubar governos”, do alto do que chama "sensibilidade coletiva". Uma coisa concordo com o que disse Senhor Teixeira, na entrevista: "A ideia de que “cada um faz o que quer” não corresponde à verdade no Ministério Público". Fato, não estão fazendo nada sem organização, planejamento, estratégia, propósito, conhecimento de causa e grupos envolvidos, o que nos faz pensar que estão claramente, não agindo sob regras num Ministério Público e seus protocolos, mas em clara Formação de Quadrilha. São criminosos simmmmm.

Sim UJM, algo de muito sujo e podre acontece no Ministério Público.

=)

Anónimo disse...

Subscrevo!

ccastanho disse...

Há muito "Judeu" a fazer justiça sem cabresto.