sábado, abril 27, 2024

Contra as marcelices que estão na ordem do dia (e outras anteriores), que avancem as calças que se rasgam nas virilhas

 

Tive um dia complicado, enredada nas manigâncias burocráticas de funcionários que me atrapalham a vida com mentalidades e atitudes burocráticas, sem o mínimo de compreensão. Nem falo em empatia. Falo em compreensão básica. Dizem-me que o que é preciso fazer é aquilo que os outros fora das Finanças dizem que é impossível. Há um senhor que diz que se tem que fazer uma coisa que só na Conservatória se faz. E a Conservadora diz, embora com todo o respeito e em linguagem jurídica, que os das Finanças vão mas é dar banho ao cão pois o que querem é tecnicamente impossível. E é taxativa: já disse o que tinha a dizer, não vai dizer mais nada. Face a isso, lá fui outra vez para as Finanças.

Portanto, uma audiência. Uma audiência que me tirou do sério.

Na sequência disso, mal cheguei a casa fiz uma exposição para uma Notária.

E mais umas quantas coisas.

Portanto, não levem a mal mas hoje já não tenho cabeça para me insurgir contra as marcelices que se sucedem em catadupa nem para o que quer que seja que puxe pelo lado sério do meu pensamento.

Até podia falar da entrevista ao Galamba na CNN. Comoveu-me. Ainda não foi ouvido pelo MP. Ainda não conhece o processo. O que sabe, sabe-o pela Comunicação Social. Entraram-lhe pela casa, para fazer buscas, estando as filhas a dormir. Escutaram-no durante anos. Ninguém merece tamanha pulhice. Os danos de toda a espécie que isto causa na vida de uma pessoa... E, disseram os juízes da Relação, tudo porque se esforçou por fazer o melhor para o País. Qual crime...? Num outro dia, eu falaria sobre isto. Esta entrevista merece ser falada. E não tem a ver com a entrevista, pois ele foi até bastante contido, mas também não deve ser esquecido pois não é só uma coisa incompreensível por parte do MP (ia dizer canalhice mas não quero ir por aí), é também tudo muito obra do Marcelo que não descansou enquanto não lhe fez a cama. O que Marcelo pressionou António Costa para correr com o Galamba é coisa que não deve ser esquecida. Mas tem que ser num outro dia. Hoje estou com a cabeça feita em água.

Por isso, deixem-me mas é distrair-me com esta rapaziada aqui abaixo me põe bem disposta.

Calças que se rasgam nas virilhas | Fugiram de Casa de Seus Pais | RTP

Um problema que já lhe causou forte embaraço junto da polícia e que poderá ser resolvido, apenas, se ele tirar as calças. 


2 comentários:

Anónimo disse...

Há um ponto que merece atenção: o estatuto de arguido. Procurem no direito comparado de outros países "civilizados"; Alemanha, Itália, Inglaterra, França. É uma especialidade nossa e, tal como está, "uma conquista de abril". A doutrina é conhecida e repetida: a defesa dos direitos da pessoa. A realidade é outra: uma pena infame, sem condenação. Pôr a pessoa no pelourinho da opinião pública.

Mandar a PGR para casa é despesa barata. O problema é muito maior: é o próprio direito penal e processual penal português que têm de ser alterados. Tal como está, se bem entendo, é simples: para interromper a prescrição de um eventual processo constitui-se a pessoa como arguido. Este estatuto só caduca com a prescrição do crime eventual imputado (se o for). Entretanto, durante 10 ou 15 anos, anda-se por aí com o estatuto de arguido, mesmo que a investigação fique num armário e ninguém mais queira saber dela. Teoricamente tudo isto é para defesa dos direitos individuais, na verdade é o contrário.
No que eu não acredito é que tenham a coragem de mexer nas leis. Quando muito, e a medo, talvez mexam na organização interna do MP.

ccastanho disse...

Caro Anónimo

É a resposta do milhão: e porque não resolvem a questão os dois maiores partidos?! O que levou Costa a dar nega a Rio? Para os crentes, só Deus sabe a razão...
Eu não quero ser chato, mas o "outro",- o que não precisa ajuda de ninguém e sozinho assume a guerra- é o único que os tem no sitio e sem medo diz ao que vem de peito aberto.

Mas estou de acordo, com o SR. Anónimo.