domingo, agosto 14, 2022

Klerb, o Tinder para os amantes de livros:
uma app para aproximar quem tem gostos afins a nível de leitura

 



Hoje temos companhia de pernoita e, em vez de quererem ir para o estúdio, resolveram acampar na parte antiga da casa, aquela que é feitas de pedras mastodônticas, levando a que as paredes tenham mais de um metro de espessura.

Algures no tempo contei aqui, no blog, como podia ter deitado a casa abaixo com uma ideia peregrina que tive relacionada com essas paredes e que ainda hoje me assusta, sempre que me lembro. Não foi abaixo e tenho as desejadas estantes embutidas na parede mas é daquelas de que me arrependo e que teria agradecido que o meu marido tivesse impedido em vez de se ter limitado a tentar demover-me.

Enfim.

Espero é que esta noite os quartos estejam relativamente frescos pois ali não há ar condicionado. Uma das janelas ficou com o vidro aberto (e a rede mosquiteira corrida) a ver se entra o fresco da noite. As outras ficaram fechadas pois a portada está do lado de dentro do vidro e, para o vidro ficar aberto, a portada também fica. A mim a luz do sol não me faria diferença mas a alguns deles faz e não querem madrugar.

Esta zona da casa era a zona dos meus filhos. O quarto de cima era o do meu filho, o do meio era o da minha filha e a divisão de baixo era a salinha onde amigos e namorados ficavam quando os meus filhos traziam companhia. A meio da noite não sei se se mantinham assim.

Aliás, com o meu filho aconteceu que, quando a namorada vinha, arranjava-se uma cama, em baixo, para ela. Um dia, ele disse-me: 'Não é preciso, ela dorme comigo'. Fiquei um bocado apreensiva. Perguntei: 'Mas o que pensarão os pais se souberem disso?'. Ele disse: 'O pai dela diz que mais liberdade significa mais responsabilidade'. Pronto. Fazer o quê?

Depois casaram, vieram os filhos e passaram a preferir a independência do estúdio, um apartamento completo, separado da casa principal.

Quando estou cá em teletrabalho e tenho reuniões costumo ir para o que era o quarto da minha filha que funciona também como sala e tem a secretária ao lado da janela. Como toda esta zona também é um bocado independente da parte principal da casa, consigo ter sossego e algum isolamento sonoro.

Mas, portanto, é nesta zona da sala que hoje há pernoitantes. Claro que o urso felpudo, estranhando o camping por aquelas zonas da casa, não quis ficar de fora. Não apenas foi inspeccionar como quis experimentar as camas. E se uns até achariam graça, outros que nem pensar.

Conclusão: o pobre coitado foi expulso e agora está aqui na sala em que estou a escrever.

É uma da manhã e só agora começo a escrever. Não apenas o dia e a noite foram preenchidos como estou com muito sono. Não sei o que é isto. Parece que tenho em mim um sono acumulado. Nem por ser sábado consegui dormir até querer pois não apenas tinha posto o despertador como o meu marido resolveu acordar-me antes disso, com receio de que todo o programa se atrasasse.

Enfim, nada de novo.

O que sei é que, do que li, para além das coisas importantes que não cabem num post ensonado, houve uma notícia que me chamou a atenção e que me parece deveras interessante: está em lançamento a plataforma Klerb, uma espécie de Tinder para amantes de livros. Está em fase experimental mas... promete. Parece que o intuito não é expressamente casamenteiro mas o de aproximar pessoas com gostos afins ou complementares na leitura. Acho a ideia genial e só não vou já a correr inscrever-me pelo adiantado da hora e porque temo não conseguir repor o sono este domingo de manhã. Mas as possibilidades enunciadas e as que antevejo parecem-me infinitas e interessantíssimas.

Transcrevo um excerto:

Tinder for booklovers: the new app matching like-minded readers

Klerb is ideal for finding companions who share your taste in books, its developer says. Early signs are it will be a bestseller (...)

Reading taste can make or break a relationship for the bookish-minded, and literary preferences are highly subjective. But a new app in development is aiming to remove the uncertainty about literary tastes when meeting new people. Klerb has already been dubbed Tinder for bookworms because it matches you with people in your area according to your shared interests in books.

For those looking for love, a prospect’s bookshelves can be a minefield. What if they just read the wrong books? “I generally don’t care, but I did once go back to a guy’s house post-date, and the only book I could see was Fifty Shades of Grey,” says Alice Furse, publicity manager at a publisher.

“To be clear, I was more concerned about his taste than the possibility of kinks.”

Or even worse, what if they don’t have any books at all? The film-maker John Waters famously said: “If you go home with somebody and they don’t have books, don’t fuck ’em.”

With Klerb, you don’t even have to date them. You can just meet up with people who like the same books as you, or form a book club. (...)

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Desejo-vos um belo dia de domingo

Descanso. Divertimento. Boas leituras. Peace and love. 

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