Escreveu Rita, a jovem:
Compreendo que pessoas como a senhora, já com uma certa idade, não gostem de partidos como o Bloco ou o PAN. Os meus avós, que devem ser da sua idade, sessentas, também preferem os partidos da situação, como o PS, PSD (e CDS). Cá por casa, eu com 20 e meu irmão com 18, ambos na universidade, vamos dividir-nos entre o BE e o PAN. Como dizia uma sondagem qualquer que li outro dia, estes partidos são mais apelativos aos jovens (como nós), do que os tais partidos da situação. Acho bué de injusto as acusações que faz á Catarina Martins, traiçoeira, populista, gabarola, sei lá que mais. Mas lá está, é uma questão de gerações. Pergunto, o que é que pessoas como António Costa e Rui Rio têm para nos oferecer, a nós os jovens? Tal como a senhora, não fazem a menor ideia do que é o nosso universo e da forma como olhamos para a vida. Os nossos avós ficam admirados com as escolhas de nós dois. Já os pais, divorciados, menos. O pai todo Iniciativa Liberal, a mãe menos dada à política, mas hesitando entre o voto em branco, ou abster-se. Ambos na casa dos 40 anos. E é assim, gerações. Os mais velhos mais conservadores, como a senhora e os meus avós, e nós mais sonhadores.
Admoesta-a -- enquanto se diverte -- o ainda mais jovem MPDAguiar:
Quant’è bella giovinezza,che si fugge tuttavia!chi vuol esser lieto, sia:di doman non c’è certezza(Lorenzo de'Medici)
Cara Rita, espero que aproveite a sua giovinezza. Mas olhe que pela sua argumentação dou-lhe 20 anos (para atingir a idade dos seus pais?) até se tornar uma pessoa já com uma certa idade e mudar de partido. E se não chegar lá, terá tido azar. Aproveite o tempo para mobilar melhor a cabeça e ler o que o General MacArthur (!!!) escreveu acerca da juventude. "Bué da fixe, né"? Quando eu andava na faculdade os profs. avaliavam os alunos atendendo ao uso da língua portuguesa, pelo que espero que o seu "bué" apenas seja usado "en petit comité" e consequentemente sigo o seu exemplo e cumprimento-a de um cota para uma futura cota,
E eu, se me é permitido, enquanto sorrio de gosto com este comentário do ragazzo acima, respondo, aqui abaixo, à jovem Rita:
Diz a menina que vê aqui a je como uma senhora já com uma certa idade, na casa dos sessentas, tal como seus avós. Pois saiba que pecou por defeito. Idade, não: muita idade. Sessentas? Quem me dera. Para cima de cento e sessenta, isso sim. Como os seus avós? Muito generosa, Rita. Para aí como os seus tetravós, isso sim.
E diz que prefiro os partidos da situação. Quiçá acha-me, a mim própria, da situação. Ora, da situação, eu? Qual quê. Mais do que isso: do aparelho. E não me pergunte de que aparelho para não ter que revelar algumas intimidades que isto, sabe lá, já é aparelho em todas as partes do corpo para ver se consigo aguentar-me aqui onde me vê, num sarilho para não cair da tripeça.
E não sei nada do seu universo? Pois como haveria de saber se eu vivo neste e a menina e o seu mano já foram atrás da Catarina e do André para o tal planeta B que eles fingem que não existe mas que é onde já vivem e que não sei sequer em que universo se integra? Diz que também não sei como a menina e o seu mano vêem a vida. Pois acredito. Eu conheço a vida deste planeta real em que as palavras significam (mais ou menos) o que a gente aprendeu e, no dito Planeta B, em que o BE e o PAN vendem gelados, gomas coloridas e amanhãs que cantam, as palavras têm significado móvel, ora querem dizer uma coisa como o seu contrário. Por exemplo: se falam para jovens de 18 e 20 dizem que a culpa de tudo é dos cotas dos vossos avós que não vos compreendem nem sabem sonhar mas, se falam com os vossos avós, dizem que a culpa é dos jovens que não querem saber dos velhos.
E pergunta-me, Rita, o que é que eu tenho para lhe oferecer. Ora essa. Agora é que me apanhou mesmo desprevenida. Não me diga que faz anos. É que, se não for isso, não sei. Olhe, talvez possa oferecer-lhe as estradas em que anda, os hospitais onde a menina algum dia pode ter que se ir tratar, as escolas onde se calhar estudou. E etc. Todos esses bens e serviços pagos pelos impostos de anos de quem trabalha e que, parecendo que não, são um bem inestimável. Sabe lá o que é viver sem isso. E posso também oferecer-lhe a liberdade que foi tão difícil de alcançar. Nem imagina. Tanta gente que deu a vida para que os jovens hoje possam viajar, falar, discordar em plena confiança de que nada de mal lhes acontecerá. E tantas coisas mais que a menina dá por adquirido e que olhe que não são.
Mas espere lá. Deixe que lhe diga. Se se põe nessa postura de menina mimada à espera que os crescidos lhe dêem a papinha à boca não vai por bom caminho. Sabe porquê? O que a menina deve fazer é ir à luta, ir à procura do que quer, esforçar-se por concretizar os seus sonhos. É que se ficar à espera do que os outros têm para lhe oferecer, pode acabar por ficar à espera para o resto da vida. É que, read my lips, pode acontecer que ofereçam muito, muito sonho, muita promessa, muito universo lindo e fofo e, na prática, zero, bolinha, espuma.
Para terminar, diz a menina que eu sou conservadora. Mais uma vez está a ser simpática e eu só posso agradecer-lhe. Não sou conservadora, estou é já em conserva. Nem queira saber: tetravó, com cento e sessenta anos, presa por arames, só mesmo em conserva para me aguentar. Mas creia-me, gostava de ser sonhadora como a menina. Mas como? Sonhar com quê? Com um D. Afonso Henriques com carinha de Louçã? Com campos verdejantes, com cavalinhos brancos, príncipes encantados com carinha de Pan? É que, com a minha provecta idade, só tenho sonhos marretas, coisa já meio demencial, não sei se está a ver.
Tirando isso, venha daí um big smile, Rita. Não divida o mundo em novos e velhos, em sonhadores e conservadores. Há linhas que dividem o mundo mas, acredite, não passam por aí. Mas não vou dizer-lhe quais são. Acho que deve ser a Rita a descobri-lo. Já é crescida, não precisa que os outros lhe ofereçam respostas e soluções, pode encontrá-las por si mesma.
E beijinhos e abraços para todos vocês, novos e velhos, homens e mulheres, conservadores e sonhadores. tenham um glorioso dia.
21 comentários:
A resposta à Rita devia ser:
NA FILA DO SUPERMERCADO, o caixa diz a uma senhora idosa:
- A senhora deveria trazer seus próprios sacos para as compras, uma vez que sacos de plástico não são amigos do ambiente.
- Eu peço desculpa disse a senhora – mas não havia essa onda verde no meu tempo.
- Esse é exatamente o nosso problema hoje, minha senhora – respondeu o empregado – a sua geração não se preocupou o suficiente com o nosso ambiente.
- Você está certo - reconheceu a velha senhora – a nossa geração não se preocupou adequadamente com o ambiente. Mas… repare:
1 - Naquela época, as garrafas de leite, garrafas de refrigerante e cerveja eram devolvidos à loja. A loja mandava de volta para a fábrica, onde eram lavadas e esterilizadas antes de cada reuso e, eles, os fabricantes de bebidas, usavam as garrafas, vezes sem conta. Realmente não nos preocupámos com o ambiente no nosso tempo.
2 - Subíamos as escadas, porque não havia escadas rolantes nas lojas e nos escritórios. Caminhávamos até ao comércio, ao invés de usar o nosso carro de 300 cavalos de potência a cada vez que precisamos ir a dois quarteirões. Nós não nos preocupávamos com o ambiente.
3 - As fraldas de bebés eram lavadas, porque não havia fraldas descartáveis.
4 - A secagem de roupa era feita por nós mesmos, não nestas máquinas bamboleantes de 220 volts. A energia solar e eólica é que realmente secavam nossas roupas.
5 - Os meninos pequenos usavam as roupas que tinham sido de seus irmãos mais velhos, e não roupas sempre novas. Mas é verdade: não havia preocupação com o ambiente, naqueles tempos.
6 - Naquela época tínhamos somente uma TV ou rádio em casa, e não uma TV em cada quarto. E a TV tinha uma tela do tamanho de um lenço, não um telão do tamanho de um estádio; que depois será descartado como?
7 - Na cozinha, tínhamos que bater tudo com as mãos porque não havia máquinas elétricas, que fazem tudo por nós.
8 - Quando embalávamos algo um pouco frágil para o correio, usamos jornal amassado para protegê-lo, não plástico bolha ou pellets de plástico que duram cinco séculos para começar a degradar.
9 - Naqueles tempos não se usava um motor a gasolina apenas para cortar a grama… era utilizado um cortador de grama que exigia músculos. O exercício era extraordinário, e não precisava ir a uma academia e usar esteiras que também funcionam a eletricidade. Mas você tem razão: não havia naquela época preocupação com o ambiente.
10 - Bebíamos diretamente da fonte, quando estávamos com sede, em vez de usar copos plásticos e garrafas pet que agora enchem os oceanos.
11 - As canetas, recarregávamos com tinta tantas vezes quanto necessário, ao invés de comprar outra.
12 - Amolávamos as navalhas, ao invés de jogar fora todos os aparelhos 'descartáveis' e poluentes só porque a lâmina ficou sem corte. Na verdade, tivemos uma onda verde naquela época.
13 - Naqueles tempos, as pessoas tomavam o autocarro e os meninos iam nas suas bicicletas ou a pé para a escola, ao invés de usar a mãe como um serviço de táxi 24 horas.
14 - Tínhamos uma só tomada em cada quarto e não um quadro de tomadas em cada parede para alimentar uma dúzia de aparelhos.
15 - Nós não precisávamos de um GPS para receber sinais de satélites a milhas de distância no espaço, só para encontrar a pizzaria mais próxima.
Então, não acha engraçado que a actual geração fale tanto em "meio ambiente", mas não queira abrir mão de nada nem pensa em viver um pouco como na minha época?
NOTA:
Agora que você já leu o desabafo, envie para os seus amigos que têm mais de 50 anos de idade e, para os merdas que tudo têm nas mãos e nada fazem… só sabem criticar os mais velhos.
Algumas respostas ao comentário de Rita caem no exagero que criticam em Rita e confundem alhos com bugalhos.
Rita peca por não relativizar, sim, mas alguns dos outros comentários também o fazem e de forma mais excessiva.
Olhando para os pontos de Rita, conheço simpatizantes do Bloco e do PAN de cinquentas para cima, assim como simpatizantes do CDS bem jovens, mas, como nota, não deixa de ser o caso que alguns partidos atraem uma base da apoio mais jovem...e, acrescentaria eu, que as simpatias políticas muitas vezes vão mudando com a vida. Quem não se lembra de conhecidas figuras políticas, agora no centrão ou na direita, que na sua juventude militavam na extrema esquerda?
Após esta bela resposta da UJM e do certeiro comentário do MP só posso acrescentar que esta "Ritinha ainda é muito tenrinha..."
Um abç
Olá UJM,a Ritinha um dia descobrirá que uma certa idade é a idade certa.Digo eu...
Beijinho
Rica UJM, a sua publicação serviu para a menina Rita vir fazer uma catarse acerca clivagens transgeracionais que existirão no seio familiar. No fundo, no fundo até o fez porque perceberá que a UJM transborda uma jovialidade imensa e será tudo menos conservadora ou acomodada.
Vou ler umas 30 vezes a resposta da UJM, pois está um verdadeiro naco de vazia (no pun on PAN intended) à moda d'A Taberna do Manelvina.
Um belo dia.
Olá UJM, gostei de ler a sua resposta mas não encarei o comentário da Rita como algo muito ofensivo (talvez por não ter sido direccionado a mim!). Aposto que a UJM foi muito mais anti-sistema do que a Rita e talvez deva perdoar a pequena irreverência de um jovem querer ser diferente dos seus antecessores. Provavelmente a idade lhe ensinará algumas coisas, mas que triste seria o mundo se os jovens já nascessem ensinados e não se sentissem a léguas dos mais velhos. Também li aqui alguns comentários de resposta que não gostei e há muito paternalismo na atitude dos mais velhos (nos quais me incluo) onde deveria haver um pouco mais de humildade. Quanto ao Costa, espero que ganhe mas não muito, razão pela qual, tal como a Rita e o irmão, não vou votar nele. Um muito bom dia para si e para a Rita. Bjs Ana
*de clivagens
Querida UJM,
Não sei se ria se chore.
Esforço-me sempre por compreender as crianças e os jovens. Claro não nasceram ensinados!
Mas esta jovem ao escrever-lhe nestes termos não releu o que escreveu? Não a tentou conhecer melhor?
Não me vou alongar, pois que me parece ser esta mais um fruto de uma casta de professores que não perceberam ainda as consequencias do que andam a fazer.
Estou a lembrar-me da recente ideia de proibição da carne de vaca nas cantinas da Universidade de Coimbra.
Gostaria de conhecer que medidas tenciona este senhor tomar contra os quilolitros de cerveja, o numero catastrófico de comas alcoolicos, as violações e até mortes que todos os anos ocorrem durante aquelas semanas de festejos universitarios. Como vai defender o ambiente da consporcação e das toneladas de lixo deixadas nas ruas.
Haja paciencia!
Mais uma vez parabens pelo seu post.
Ah!Ah!Ah! Gostei da resposta da UJM para a doce e sonhadora Rita. Ainda tem "bué" para crescer!
Adiante!
Cara Pôr do Sol, quem educa são os pais, não são os professores, mas é mais fácil colocar a culpa nos professores, como de costume!
Os professores perceberam muito bem o que andam a fazer (salvo raras excepções, como em todas as profissões), mas as leis feitas por quem não conhece nada do que se passa no terreno e os papás de meninas com as Ritas que por aí andam, é que ainda não perceberam o que andam a fazer.
Mas eu não espero que compreenda, porque o seu comentário é absurdo!
Boa noite:))
Subscrevo tudo!
E que o Costa ganhe, mas não muito, é o que desejo também!
JV
Este comentário é um ataque às gerações anteriores.
Gostaria de saber para quem produzia o meu pai garrafas de água Luso quando, há mais de trinta anos, trabalhava na respetiva fábrica.
Gostaria de saber quantas bocas, que não bidões, eram precisas para carregar água dentro das bochechas, diretamente vinda da fonte, que desse para a sede e a lida da casa diária.
Gostaria de saber a idade de quem começou a comprar duas e três e quatro televisões para pôr em casa.
Gostaria de saber a idade de quem começou a usar fraldas descartáveis.
Gostaria de saber quem foram as mães de serviço que começaram a levar os filhos de carro para todo o lado.
Posto isto, viva a TV e a batedora elétrica e a água engarrafada e o GPS e tudo quanto os baby booms, na sua infinitiva vontade de procurar mais qualidade de vida, nos foram proporcionando! Ousem honrar essas conquistas sem remorsos, mas também sem paternalismos! O progresso não está em voltar ao tempo das cavernas, mas em aproveitar o que já se construiu e fazê-lo cada vez melhor, de forma menos poluente e mais económica.
Abraço,
JV
O comentário de Ana disse muito do que eu pensei de forma muito melhor do que eu escrevi. Excepto de que eu não gostei da sua resposta a Rita. Foi arrogante e m/paternalista. Terei muito gosto explicar porquê se estiver interessada. Mas já vejo que no post seguinte está a atirar para a frente ... ou para o lado.
AV,
Não estou a atirar para o lado, para a frente, para trás, para cima, para baixo... ou para canto. Simplesmente não apenas estou cheia de sono como tive que acabar um trabalho e agora não consigo responder a cada um dos comentários. Não sei se fui arrogante, 'maternalista' ou outra coisa qualquer: limitei-me a dizer o que me ocorreu.
Aborrece-me a linha João Miguel Tavares: que sonhos têm para nós? que é que têm para oferecer?
Batatas.
Que é isso de se ficar sentado â espera do que têm para oferecer? Isso não é assim: cada um que lute pelo que quer e que veja com quem melhor se identifique.
E para ver isso nada melhor do que aquela 'velha máxima' bíblica: pelos frutos os conhecemos.
Que não se fique pelas bocas, por isso de andar a vender sonhos aos outros: que se analisem factos.
E que é isso de vocês, os velhos, e nós, os novos? Isso não é assim. O tempo passa a correr e os novos de hoje são os velhos de amanhã.
O pior é quando se nasce velho e se é velho toda a vida. É que 'matura idade' não é sinónimo de conservadorismo tal como 'pouca idade' não é sinónimo de muita criatividade. Nem ser sonhador é forçosamente bom pois se os sonhos forem da treta, mais vale que se esteja acordado.
Portanto, todo o comentário da Rita é um equívoco. E achei que deveria transmitir-lhe a minha opinião de forma muito frontal. Não quis adoptar um estilo maternal pois 18 ou 20 anos já é idade para se poder falar de adulto para adulto.
Quanto a si, explique lá as suas razões. Mas porte-se bem se não quer levar tau-tau, ouviu? Olhe que eu nem sempre sou boazinha como fui com a Rita, sou muito bem capaz de o pôr de castigo e zangar-me a sério caso veja que não mediu bem as suas palavras. Certo?
:)
Mas olhe, agora a sério: não fique amuado se eu não responder logo ou não responder de todo pois posso não conseguir.
E vá, inspire-se que estou curiosa.
A Todos,
Já expliquei na resposta acima ao AV: esta minha primeira semana de trabalho depois de férias tem sido complicada. Muito tempo no trânsito, muita reunião, muito trabalhinho de casa. E, com o pouco tempo para dormir, advém o sono. Portanto, não levem a mal que não vos responda. Leio tudo, por vezes fico a ferver por não poder responder logo (às vezes, leio-os quando estou parada nos semáforos e dá para ler mas não para escrever). Não levem a mal.
Abraços a todos e, of course, agradeço as vossas palavras (mesmo quando discordam de mim). E agradeço a vossa presença aí desse lado.
E um bom sábado.
UMJ,
Excepto que não falou de adulto para adulto com Rita. Não só não soube ouvir Rita, como disparou em muitos sentidos, e ao fazê-lo, desrespeitou-a. Exemplo:
Rita: “Pergunto, o que é que pessoas como António Costa e Rui Rio têm para nos oferecer a nós os jovens? Tal como a senhora, não fazem a menor ideia do que é o nosso universo e da forma como olhamos para a vida”.
UMJ: “[…] olhe, talvez oferecer-lhe as estradas em que anda, os hospitais em que a menina pode ter que se ir tratar, as escolas onde se calhar estudou […] E posso também oferecer-lhe a liberdade que foi tão difícil de alcançar.”
Folgo em saber que foi um dos militares que levantaram as armas no 25 de Abril, ou que foi uma das anti fascistas que fizeram resistência activa no antigo regime, e nos ofereceram a liberdade.
Não se esqueça de que da mesma maneira de que os seus impostos pagam o que cobra a Rita, vão ser também os impostos de Rita que lhe vão pagar algo na reforma, na saúde, e no apoio à sua velhice quando aí chegar.
O uso de expressões como ‘a jovem’, ‘a menina’ , ou oferecer-me ‘tau-tau’ é infantil e impróprio. Por favor cresça. E publique este comentário, se é capaz de lidar com opiniões contrárias e frontais. Algo me diz que não é e que desrespeita os que a contradizem.
Exatíssimamente, JV
Algures em África, na telefonia "A Maria Turra" comportava-se exactamente assim
AV (ou VA?)
O meu Caro anda todo trocado. Para começar troca-me o nome. Eu sou 'Um Jeito Manso' e não 'Um Manso Jeito'. Pode pensar que é indiferente mas não é. É como se eu me chamasse Manuela Oliveira o meu caro me tratasse por Oliveira Manuela.
Depois parece ser desprovido de sentido de humor ou capacidade para distinguir a ironia de um texto servido a seco. Acha mesmo que estava a oferecer-lhe tau-tau de verdade? Tem graça essa.
Pior, trunca os textos para, de seguida, fazer afirmações tontas. E, sim, estou a dizer que fez afirmações tontas. Não uso metáforas quando posso ser directa. Tal como a Rita com 18 anos é uma jovem e uma menina (e isso não é depreciativo, é apenas uma constatação -- e que bom é ser-se jovem e menina) também o meu Caro quando faz afirmações desprovidas de sentido ou quando não percebe a ironia ou o humor não revela o melhor lado de si. E isto, de novo, não é metáfora.
Quando eu falei na liberdade, escrevi:
E posso também oferecer-lhe a liberdade que foi tão difícil de alcançar. Nem imagina. Tanta gente que deu a vida para que os jovens hoje possam viajar, falar, discordar em plena confiança de que nada de mal lhes acontecerá. E tantas coisas mais que a menina dá por adquirido e que olhe que não são.
Não disse que fui eu. Disse que foi 'tanta gente'.
E, como vê, publiquei o que escreveu apesar de ser uma conversa desprovida de sentido. E agora também lhe respondi apesar de não ter grande esperança de que tenha percebido o que lhe disse.
Estamos esclarecidos? É que, se não, não se acanhe e diga o que é que quer que eu explique melhor, ok?
E tenha um bom domingo.
Adelino ferreira
Não percebi. Quem é que se parece com a Maria Turra? Eu? Quer explicar? Agora fiquei curiosa.
Cara UJM,
Não nos vamos entender sobre este assunto. É a vida e há coisas mais importantes.
Mas agradeço a publicação do comentário e ter respondido.
Um bom Domingo.
Olá AV,
Muito bem, entendemo-nos então sobre um assunto: não nos entendemos. Mas eu acrescentaria: 'neste assunto'. Ou 'até aqui'. Porque acho que, quem sabe, sobre outras coisas ou no futuro nos iremos entender bem.
Portanto, amigos como dantes, quartel general em Abrantes.
Uma boa semana para si, AV.
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