É irrelevante. Pelo menos para mim é. Este mundo não é o meu mundo. Se o país mais poderoso do mundo escolhe um parvalhão para o presidir, eu vou ali e já volto. A Time lá sabe. Aliás, é um facto. Num mundo mediatizado como este, uma figura como Trump, ao ser eleito presidente dos EUA, teria que figurar na capa da Time como a pessoa que mais destaque teve em 2016.
Logicamente, a Time não ia escolher Anas al-Basha, o rapaz de 24 anos que se vestia de palhaço para atenuar o sofrimento das crianças da zona dilacerada de Alepo. Que relevância para o mundo teve a breve existência de Anas que recusou sair da zona dos bombardeamentos e que, supostamente, sucumbiu durante um dos que ocorreu nos últimos dias? Nenhuma.
O mundo é, cada vez mais, um lugar perigoso para pessoas como Anas ou para as crianças indefesas que ele tentava fazer rir.
Que, pessoa do ano, seja agora Trump -- tal como já foi Putin ou outros --, é-me indiferente. Este não é o meu mundo.
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Como poderão ver abaixo, é um mundo pequeno, o meu, um mundo inofensivo, sem epopeias. um mundo com arvorezinhas com luzinhas, anjinhos -- um mundo protegido.
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Apeteceu-me pôr aqui a Time na voz do Tom Waits mas não tem nada a ver com a Time de que aqui se fala. Gosto de o ouvir. Gosto de estar a escrever e a ouvi-lo.
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2 comentários:
Se fora eu preferia o simpático palhacito. Por tudo. Mas eu mando nada, sou erva rasteira e talvez ruim. Ora bolas.
Inacreditável, mas consequente com o que a Time é, sempre foi e defende.
P.Rufino
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