sexta-feira, setembro 27, 2013

Se eu gosto que pessoas que não conheço ou que mal conheço me tratem por tu...? Eu respondo. E, de caminho, conto algumas coisas a meu respeito. E, para o texto não ficar chato para além da conta, intercalo umas fotografias de Helmut Newton. E acompanho com 'You've got a friend'. Talvez percebam onde é que eu quero chegar com o cocktail que aqui vos deixo.


You've got a friend
(a sério)




Num dos posts anteriores desencadeou-se uma polémica entre Leitores a propósito de me tratarem ou não por tu.

Vou falar disso mas começo por dizer que não vale a pena zangarem-se uns com os outros, muito menos por um motivo destes. Muito gostaria de saber que por aqui, no Um Jeito Manso, toda a gente está numa boa.

Se um dia me saísse o euromilhões gostaria de ter um espaço amplo, luminoso (tendo contudo algumas zonas de sombra para momentos de cumplicidade), quiçá pudesse ser no Ginjal para ter uma maravilhosa vista sobre Lisboa, sobre o Tejo, talvez de onde se vissem também árvores, espaço esse onde se expusessem obras de arte, onde houvesse gente a tocar, a cantar, a dizer poesia, a dançar, onde as pessoas se juntassem para falar de livros, de política, do que lhes apetecesse. Também para provarem iguarias raras, petiscos, simples sandochas. Um espaço de tertúlia e descontracção, onde a beleza e a serenidade habitassem.


Não é exactamente assim que imagino o meu espaço de tertúlia e artes e bem-comer mas, enfim, assim também não seria mau de todo.

As pessoas poderiam exaltar-se, os temas interessantes ou a arte por vezes levam à exaltação. Mas a exaltação não é o mesmo que zanga. Muito gostaria que por lá as pessoas respeitassem sempre as diferenças, que fossem generosas, que soubessem demonstrar estima umas pelas outras.

Enfim, é um sonho que tenho. Mas, enquanto não me sai o euromilhões, espero que este espaço, o Um Jeito Manso, embora virtual, seja um bom sucedâneo.

Mas agora o tema é o do tratamento por tu.

Começo por dizer: ao contrário do que por aqui, ao escrever tanto, poderá até parecer não sou daquelas pessoas tagarelas que falam pelos cotovelos, que metem conversa com toda a gente e, que, ao falar, põem a mão no braços das outras pessoas, coisas assim.


Pelo contrário. Aliás não gosto nem um bocadinho de pessoas dadas a familiaridades, a proximidade física imediata.

As pessoas que me conhecem mal acham que guardo distâncias, dizem depois que se sentiam intimidadas por mim.

De facto, não sou de dar confiança à toa. Trabalho num grupo empresarial onde trabalha muita gente, sempre trabalhei em ambientes assim. E, no entanto, em todo este tempo, apenas tratei por tu duas pessoas. São dois colegas folgazões que tratam por tu toda a gente e de tal forma descontraídos que se marimbaram para as minhas distâncias e começaram a tratar-me por tu, sem me darem hipótese a armar-me em esquisita.

De resto, a toda, toda a gente, mesmo a grandes amigos, trato por você. Aliás no meio em que me movimento habitualmente toda a gente se trata por você.

No entanto, trato os meus filhos por tu e eles também a mim, porque foi assim que começou e assim ficou.

Também há outro aspecto: se começo a tratar uma pessoa de uma determinada maneira dificilmente altero. Não me sai. Não é por nada, é apenas porque parece que essa forma de tratamento fixou fixa na minha cabeça. Por exemplo, se comecei a tratar alguém por Dr. Não-sei-quantos dificilmente deixarei cair o Dr. Tenho imensos casos desses: ao principio havia alguma reverência e o título precedia o nome e depois, apesar de a reverência caído, o título não caíu nem por mais uma.


Geralmente também, no trabalho, quase toda a gente, ao dirigir-se-me, precede o meu nome pelo título. Não sou nada de galões, nada, nada, mas acho que aquele prefixo me dá a segurança de uma barreira. Não sei. O certo é que tenho que reconhecer que se me aparece algum daqueles putos consultores ou auditores que gostam de se armar em íntimos de toda a gente e me tratam só pelo nome, fico incomodada, tão incomodada como se me estivessem a pôr a mão na perna. Não me perguntem porquê porque sei que é ridículo. Mas é a pura verdade.

Recebo, no trabalho, com frequência mails de pessoas que obtiveram o meu contacto e me escrevem mails a apresentar-se e, geralmente, a pedir alguma reunião. Se têm a pouca sorte de se me dirigirem num registo que me parece informal, tratando-me directamente pelo meu nome próprio sem mais nada, fico logo de pé atrás e dificilmente respondo favoravelmente (até para não ter, depois, a experiência desagradável de os ouvir depois tratarem-me como se me conhecessem de há longa data).

Antiquada, elitista, sei lá o quê? Talvez, não discuto. Mas é assim. Involuntariamente, mas é.

Já uma vez aqui o contei: quando os meus filhos eram miúdos fomos uma vez com eles a uma Festa do Avante. Tenho ideia que foi no último ano em que foi na Ajuda. Tinha ouvido falar em artesanato, ar livre, etc, e achei por bem que devia ser uma coisa engraçada para passarmos um bocado do dia. Pensámos em ir por volta da hora do almoço e ficar para a tarde.


A experiência não podia ter sido pior. Estava um calor abrasador. Os miúdos queriam cá saber de artesanato, não achavam graça nenhuma àquilo, o tempo todo a querem ir-se embora, que era uma seca, nada para fazer, e todos encarnados, transpirados, aborrecidos. A nível de artesanato aquilo também era fraquito pelo que eu própria também não estava entusiasmada.

Mas o pior foi para almoçar. Na minha inexperiência eu ia a imaginar uma coisa de tipo restaurantes da Feira Popular, tipo esplanadas com mesas, pratos a sério, copos de vidro, onde a gente se sentasse e fosse servida, podendo comer com algum conforto. Mas não: eram pequenas tasquinhas em que serviam em prato de plástico e íamos com a comida na mão à procura de mesa.

Desconfortável especialmente quando se vai com miúdos cheios de calor e contrariados. O meu marido, por seu lado, abomina confusões, lojinhas de artesanato (coisas que ele acha que são uma treta, que não servem para nada, só para andar por cima dos móveis a atrapalhar), detesta tasquinhas em que há barafundas e comida em prato de plástico, odeia andar devagarinho de poiso em poiso a ver coisas que, segundo ele não têm nada para ver. De modo que era eu pouco convencida, ele enfastiado, os miúdos furiosos e cansados, e todos cheios de calor.

Mas o pior era outra coisa: é que, para agravar ao clima, toda a gente em todo o lado me tratava por tu, senão mesmo por camarada. A comichão que aquilo me fazia... 'O que é que vai ser, camarada?', 'quantos copos é que queres?' - tudo nesta base. Até me encolhia toda por dentro.

E é que nem é tanto que me tratem por tu.

O pior é que eu não consigo tratar por tu pessoas que não conheço, de quem não sou íntima, a quem não me habituei a tratar por tu desde o primeiro minuto em que os conheci. Não consigo. Não é uma questão de vontade, é mesmo uma impossibilidade.

Mas então ficaria uma situação desconfortável, os outros a tratarem-me na maior familiaridade e eu a tratá-los por você, com uma certa distância. Iria parecer chazada da minha parte e também não é. Só que ficaria estranho. Prefiro evitar.

Fiquei traumatizada. Nunca mais lá pus os pés. Apenas há um ano ou dois voltei a ir e mais para ver se estava melhor e para fotografar.

E voltei a não ficar convencida. Tem um certo lado pictórico mas, tirando isso, não acho piada.

Claro que talvez, se fosse para os espectáculos, já gostaria mais, mas nunca calhou. Depois, claro, não me identifico com palavras de ordem de punho no ar, com palavras de ordem contra o patronato e outras mistificações que talvez tenham feito sentido noutra era, noutras circunstâncias, não agora.

(Punho no ar sim mas no momento certo, onde faça sentido, não no meio de uma festa, à soalheira, onde não há inimigos nenhuns por perto)

Mas voltando ao tu para aqui, tu para ali. 

Aqui, quando algum leitor me trata por tu, alguém que não conheço pessoalmente, não fico incomodada. Percebo que é um registo normal para quem usa essa forma de tratamento – e quem o faz, pode continuar a fazê-lo. Na boa. Fico é desconfortável a responder, faço uma ginástica do caraças para usar uma forma indefinida, de modo a fugir ao tu mas de modo a que o Leitor não o perceba.


Nestas coisas bem mais fácil é a língua inglesa. Tenho que falar frequentemente em inglês, quer com ingleses quer com pessoas de outras nacionalidades. Ainda recentemente tenho tido reuniões com alemães e, como não pesco nada de alemão, nem eu nem os outros participantes portugueses, falamos em inglês. Pois bem, sejam quem forem, presidentes de empresas ou jovens assessores, são todos you, nada cá de etiquetas ou pruridos.

Já com os espanhóis é o oposto: é tu com toda a gente, mas tão generalizadamente o é, que com eles não há outro remédio senão tratá-los também por tu.

O drama na nossa língua, o português de Portugal, é que tem este lado de cheio de nove horas que se presta a esta segregação.

De qualquer maneira, que não vos fique a ideia de que, lá por isso, sou uma nariz empinado, arrogante, armada ao pingarelho. Não, nada.

E, depois, há uma coisa surpreendente. Apesar de eu ser assim, nada de familiaridades, confidências, intimidades, as pessoas vêm ter comigo e desatam a contar-me a vida toda. Não sei porquê. Se comento isto em casa, perguntam-me ‘Mas a que propósito te contam isso tudo?’. Respondo que não sou eu que pergunto. Geralmente não faço perguntas. ‘Então começam a contar-te assim, do nada?’. É, geralmente é mesmo assim: do nada.

Ainda não há muito tempo estava à espera de vez para comprar peixe no supermercado.  O meu marido tinha ido dar uma volta por outro lado, talvez comprar pão ou vinho ou azeite que são coisas que ele gosta de escolher. Fiquei ali na minha. Ao meu lado estava uma senhora um pouco mais velha que eu, muito bom ar, o marido um bocado afastado, ali ao pé das bancadas do bacalhau. Então a senhora disse-me que ia comprar peixe espada, que lhe parecia bom. Devo ter esboçado um sorriso e dito que sim. Depois disse-me que o filho ia a casa dela e que sempre tinha gostado muito de peixe espada, que ela, quando ele lá ia, tentava sempre fazer qualquer coisa de que ele gostava. Daí, nem sei como, começou a falar-me dos problemas do filho, da separação, da guarda dos filhos, a ex-mulher uma mulher complicada, e ele, por causa de tudo, já com problemas de não conseguir dormir, e preocupações também no trabalho e que ela sempre ajudaria o filho e já me contava situações concretas, já de lágrima ao canto do olho.

Quando chegou a minha vez de ser atendida e depois me despedi, a senhora pôs-me o mão no braço e desculpou-se e depois agradeceu-me. O meu marido, entretanto, tinha-se despachado da sua ronda e observava ao largo. Quando cheguei ao pé dele, perguntou-me 'Mas o que era aquilo? Quem é?'. Disse-lhe que não fazia ideia. E contei-lhe. Só não se admirou mais porque isto é frequente.

Uma vez estava eu a estacionar o carro num jardinzito relativamente perto da minha casa. Reparei numa senhora vestida de preto, talvez de uns setenta anos, que estava sentada num muro um pouco mais à frente. Qual o meu espanto quando vejo a senhora levantar-se e vir na minha direcção. Sem mais nem ontem, disse-me ‘Morreu o meu filho. Tinha sido internado e foi piorando mas nunca pensei que fosse morrer. Eles começaram a preparar-me mas eu nunca acreditei. Agora vou todos os dias ao cemitério, estou lá muito tempo. Mas depois não consigo estar em casa. Venho para a rua, ando por aí, mas também não consigo andar o dia todo pela rua. Agora sentei-me aqui e fico à espera que se faça de noite’. E chorava. Devo ter estado ali a ouvi-la bem mais de meia hora. Eu estava impressionadíssima, a dor daquela mulher era imensa, uma coisa irreparável. A custo consegui despedir-me. Não me parecia justo ou humano interrompê-la. Quando contei ao meu marido o que se tinha passado ficou um bocado admirado, ‘Mas veio ter contigo e desatou a contar-te isso, sem mais nem menos?’. Justamente.

Por isso, há qualquer coisa de contraditório em mim. Embora eu seja um bocado reservada no convívio, embora as pessoas percebam que não sou de tu cá, tu lá, sou, apesar disso acho que percebem que sou de confiança. E sou mesmo.

Sei a vida pessoal, íntima até, da maior parte dos meus colegas. Não lhes pergunto. Vêm ter comigo e contam-me. Aconselho-os, dou a minha opinião. E nunca divulgo, nunca comento com mais ninguém. É a vida das pessoas e eu respeito-a em absoluto.

Aqui na net é a mesma coisa. Vocês, aqueles que não me escrevem, não imaginam a quantidade de mails que recebo. As pessoas contam-me os seus problemas, conversam comigo. E eu ouço-as, aqui como em todo o lado. Ouço com compreensão, estima, solidariedade. Os meus amigos que têm tido oportunidade de me escrever, sabem que estou a falar verdade. Posso não ter muito tempo e, por isso, não consigo ser tão assídua quanto gostaria. Se tivesse tempo não deixaria passar tanto tempo sem saber dos amigos de quem deixo de ter notícias durante um espaço de tempo - o que tantas vezes me deixa intranquila.

Sou assim, próxima. Mas... não me peçam que vos trate por tu.

Mas, quem assim me trata, continue, por favor. A sério. Numa nice.

*

As fotografias são todas de Helmut Newton. 

9 comentários:

Anónimo disse...

se quiser falar com alguém com mais ritmo que o email - http://www.phpfreechat.net/demo


use um nickname, e tem que saber o nick da outra pessoa, e é só pôr a conversa em dia

Bartolomeu disse...

Olha que há coincidências... ñão sei se vais acreditar mas, com a minha mulher, passa-se o mesmo relativamente à questão de ser abordada inesperadamente por pessoas que não conhece e que imediatamente começam a relatar-lhe episódios das suas vídas íntimas. Isto era algo que constituia um mistério enorme para ela. Para mim não tanto que atribuia o facto àquela "coisa" de se simpatizar ou não com a pessoa com quem contactamos pela primeira vez. Um dia, numa circunstância inesperada, viemos a saber melhor a que se devia essa "atracção".
«De qualquer maneira, que não vos fique a ideia de que, lá por isso, sou uma nariz empinado, arrogante, armada ao pingarelho. Não, nada.»
Pessoalmente não tenho tendÊncia para construir pressupostos ou carácters de pessoas, com base nas frases que dizem, ou escrevem. Se tiveres o nariz empinado, é teu e não faço a menor questão de to desempinar, até porque a minha profissão não é a de cirurgião plástico, se fores arrogante, é porque entendes que deves ser e se armas ao pingarelho... é porque te deve dar jeito apanhar uns pingarelhos (dizem que, depenados, bem amanhadinhos, colocados dois dias em vinha de alhos, depois fritos e acompanhar com arroz árabe, é um petisco do camando).
Bem, deixa lá colocar aqui um smile, para não dar a impressão que estou azedo com a conversa.
Pessoalmente, atribuo pouco ou nenhum valor ao tratamento. Se é por tu, ou por você, de lá para cá, tanto se me dá. Só não admito que me ofendam e também não atino com quem gosta de pôr a mão no braço, ou de dar cotoveladas, fico fu...ribundo com aqueles bacanos, mesmo conhecidos desde ha muito, que ao chegar, assentam uma palmada na lombeira. Muito dificilmente trato alguém pelo título académico, excepto o médico se tenho de o consultar, mas, mais até por uma questão de lhe avivar a memória, não vá ele esquecer-se e confundir-se com sapateiro.
Resta-me apresentar uma espécie de declaração de interesses: não me zango com letras que aparecem na caixa de comentários, pelo que, a resposta ao (à) anónimo (a) não passou de isso mesmo, uma resposta, sem contornos de amizade nem de inimizade.
Quanto à tua ideia do espaço luminoso para calma e descontraídamente conversar em grupo ou em grupos sobre todo e qualquer assunto, não podia estar mais em sintonia contigo. Desde muito jóvem que interiorizei a filosofia dos Kibutz e esse teu sonho apresenta umas nuance que se assemelham... uma "coisa" ao jeito noosférico.
;)

Anónimo disse...

uma dica para facilitar a vida, comecei a usar este serviço a poucos dias (carreguei 5 euros, mais um pouquinho pois é em libras) para ter acesso ao sms), por email é de borla.Dá-me 100 créditos,cada sms para Portugal é 2 creditos, logo 50 mensagens.Agende tudo o que quiser para si ou para enviar para outros no futuro.para pagar as várias facturas ,água,luz,gás (débito em conta só para algumas coisas).Tem é que gastar 1 crédito para validar cada n.º de telefone e introduzir o código que receber, para verificar.
http://www.spyvo.com/

Anónimo disse...

"não me zango com letras que aparecem na caixa de comentários", eu já tinha dito que sou um parolo, mas ainda vou conseguindo articular umas palavras

Anónimo disse...

comecei a fumar aos 15 anos, até aos 32, e a mais de 11 que não fumo.O meu Pai sabia que eu fumava, mas eu nunca consegui fumar perto dele, embora pudesse,no entanto fumava perto da minha Mãe.Ia sempre fumar para onde não me visse.

Anónimo disse...

Li com interesse esta questão que aqui tratou. Tem mais fleuma do que eu. Por mim, detesto que me tratem por tu, sem me conhecerem o suficiente para tal. Considero, talvez seja antiquado mas estou-me nas tintas, uma total falta de educação tratar alguém por tu, não conhecendo suficientemente essa mesma pessoa. Mas enfim, cada um é como cada qual, lá dizia o outro. O tratamento por tu, em minha opinião, obedece a um determinado tipo de relacionamento, necessariamente mais próximo. Penso. Ou então, quando alguém “extravasa”, como aqui há uns tempos me sucedeu. Um tipo, a conduzir mal, que quase provocou um acidente, envolvendo-me, “afinou” que eu lhe tivesse buzinado. Abriu o vidro e insultou-me. Como o meu estava aberto, perguntei-lhe, calmamente: “estás a falar comigo, ou era com a tua mãe?” Fez um gesto com o dedo e foi-se.
P.Rufino


Anónimo disse...

Olá jeitinho,
Quando não conheço a pessoa não consigo tratar por tu e depois acontece-me também o mesmo, tenho dificuldade em tratar por tu quando já conheço bem.Acho que é uma questão de respeito, mas se calhar é forma como somos educados, não sei. Mas não me importo nada que me tratem por tu, a não ser na rádio, que me soa estranho tratarem todos por tu.
Beijinhos Ana

Anónimo disse...

VAMOS MAS É TRATAR-NOS TODOS POR TU, NÃO VÁ HAVER DESTES ENGANOS...

O Director Geral de um Banco, estava preocupado com um jovem e brilhante director, que depois de ter trabalhado durante algum tempo com ele, sem parar nem para almoçar, começou a ausentar-se ao meio-dia. Então o Director Geral do Banco chamou um detective e disse-lhe:
- Siga o Dr. Mendes durante uma semana, durante a hora do almoço.
O detective, após cumprir o que lhe havia sido pedido, voltou e informou:
- O Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no seu carro, vai a sua casa almoçar, faz amor com a sua mulher, fuma um dos seus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.
Responde o Director Geral:
- Ah, bom, antes assim. Não há nada de mal nisso.
O detective pergunta-lhe:
- Desculpe. Posso tratá-lo por tu?
- 'Sim, claro' respondeu o Director surpreendido!
- Então vou repetir: o Dr. Mendes sai normalmente ao meio-dia, pega no teu carro, vai a tua casa almoçar, faz amor com a tua mulher, fuma um dos teus excelentes cubanos e regressa ao trabalho.

A língua Portuguesa é mesmo fascinante!

MCP disse...

Pior que tratamento por tu, é as pessoas dizerem, "você" isto..."você" aquilo.
Isso para mim é de muito mau gosto e falta de educação.
Também não tenho por hábito tratar as pessoas por tu. Tenho amigas de há anos a quem trato por você, não conseguiria tratar de outra forma.
Quanto às pessoas desabafarem consigo, se lessem o que escreve, aí sim... ficariam muito mais felizes e/ou esclarecidas com os temas que aqui aborda.
Obrigada por todas estas partilhas.
Desejo-lhe um óptimo fim de semana, apesar da chuva.
Permita-me que lhe envie um abraço virtual!!!
MCP