sexta-feira, março 30, 2012

Vítor Gaspar e o Orçamento Rectificativo; o Banco de Portugal e o agravamento da recessão; o autismo deste Governo face à evidência dos factos. É hora, meus amigos de Calling all Angels. E, para não falar mais disto, que me enerva, vou falar-vos de Eva, da sua entrevista e da respectiva sessão fotográfica.

Música, por favor
Jane Siberry - Calling all Angels


Os sinos tocam a rebate.

Notícia de quinta feira: a economia cai ainda mais aceleradamente do que o próprio Banco de Portugal tinha previsto. É a recessão a cavar uma cova mais funda. O BdP, a insuspeita entidade governada pelo insuspeito Carlos Costa,  revê em baixa as previsões. Claro. Quando se trabalha tão afanosamente no sentido da destruição do tecido económico e quando se retira tanto dinheiro da economia, o que se esperaria? Claro que  o consumo cai abruptamente e todo o edifício vai ruindo.

E a receita fiscal diminuiu. Apesar do pesado agravamento da carga fiscal, apesar de todos nós recebermos muito menos, a colecta é inferior. Claro. De que é que estavam à espera...?

Com tantas empresas a colapsarem ou a patinarem, é natural que os resultados (leia-se: ‘lucros’) caiam a pique (e o IRC, acompanha a queda, é claro). Com tanta gente desempregada ou a ganhar menos, é natural que o IRS também caia. Com tantas dificuldades, é natural que o consuma caia e, portanto, menos IVA. Era difícil prever isto? Eu acho que não. Eu acho que isto era mais do que óbvio, um óbvio do mais cristalino que há.

Quando a economia é atacada, todos os impostos que dela dependem, caem também. Aumentá-los numa altura de definhamento económico é pura parvoíce. O efeito é sempre contraproducente pois, ao agravar a carga fiscal, depaupera-se ainda mais a economia. Medidas destas aceleram os movimentos recessivos. Medidas destas nestas alturas põem a história a andar para trás, anulam o desenvolvimento atingido, dão cabo da vida de uma geração. São inaceitáveis.


Claro que há quem se fie na virgem e mesmo com a fera enraivecida a correr na sua direcção, se deixe estar quieto à espera que a virgem salte da azinheira para vir em seu socorro. Não haverá muita gente assim mas ainda há alguns.

Ou é isso ou, então, não é por parvoíce, mas sim, acções estudadas para que isto fique tão de pantanas que, quem queira, possa vir comprar tudo a preço da uva mijona. O tecido empresarial todo nas mãos de estrangeiros (e mais: de estados estrangeiros!)

É verdade que a dívida baixa, isso é verdade. E assistimos aos nossos fantásticos governantes a gabarem-se disso. Mas, de facto, é mesmo aquela coisa de deixar de gastar dinheiro a comprar ração para o cavalo – poupa-se é certo. A chatice é que o cavalo, ao fim de algum tempo, morre. Será isso pormenor?

Perante este lindo cenário, as consequências são as óbvias: os juros voltam a subir, o risco do País enfrentar a bancarrota volta a subir. E o BdP prevê que este ano o País vai perder mais cerca de 170.000 postos de trabalho.

Se me perguntarem se eu acho que Passos Coelho, Miguel Relvas e respectiva entourage já perceberam que estão a fazer asneira da grossa, posso confessar-vos que não estou certa disso. Acho, isso sim, que tudo isto é muita areia para a camioneta deles.

O mais que Passos Coelho consegue, seguindo certamente um conselho do gabinete de Imagem (onde lhe devem ter dito para se mostrar solidário com os sacrifícios dos pobrezinhos), é dizer o que disse no Congresso do PSD e passo a citar: ‘Como se costuma a dizer, isto está a sair-nos do lombo’. Gente erudita exprime-se assim.

Quanto a Miguel Relvas, não nos esqueçamos que se licenciou apenas há 4 anos e em Ciências Políticas e Relações Internacionais, coisa em que o dizem influente e exímio, mas, note-se, isso é matéria que se encontra a anos luz de números, de ciência exacta, de gestão económica. O negócio dele é outro. 

Isto, meus Caros, é muito preocupante. As pessoas estão a ficar sem dinheiro, há gente demais a ficar sem emprego, há empresas demais no limiar da sobrevivência, a economia afunda-se a uma velocidade crescente – e, no Governo, não há capacidade ou vontade de inverter caminho.

E cá estamos, ainda em Março, e já com um Orçamento Rectificativo que não apenas vem repor a nabice de se terem esquecido de orçamentar as despesas originadas pela absorção do fundo de pensões dos bancos, como também de se terem enganado a prever as receitas, e, também, de se terem enganado a prever as despesas. Enganaram-se redondamente. Nabice, nabice pura, incompetência primária. 

Riem-se de quê? Riem um do outro? - só se for isso...

Vítor Gaspar não sabe o que é gerir uma pasta de finanças (dizem que é jeitoso como estudioso nos bancos centrais mas isso não sei; o que sei é o que vejo e o que vejo é que, a fazer o que está a fazer agora, vem dando sucessivas mostras de que se engana vezes demais). Perigoso isto.

Mario Draghi, no BCE, nos últimos meses, fez aquilo que tinha que ser feito: injectou liquidez na economia europeia, emprestando dinheiro barato aos bancos. Fez isto para ver se consegue reanimar minimamente a economia. Contudo, cá, essas medidas não produzem efeito porque o País está ser governado por pessoas que não percebem estas questões elementares, que não conseguem estabelecer qualquer nexo causal, que continuam apostadas no estrangulamento económico.

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Se a prece de Calling all Angels, linda, já acabou, é agora vez de pormos esta a tocar
Maria Bethania - Teresinha, composição de Chico Buarque


Sinceramente, isto deixa-me apreensiva e desgostada e tira-me a vontade de brincar, de ficcionar.

Assim, nem tenho grande ânimo para vos contar o que se passou hoje com Eva. Dir-vos-ei apenas meia dúzia de coisas:

1.   Teve lugar uma entrevista para um jornal de referência sobre a operação da véspera (a aquisição de uma grande empresa). Por ser uma mulher interessante e dada a comportamentos assim 'a modos que' out of the box, desafiaram-na para uma sessão fotográfica um pouco diferente. Concordou. A coisa teve lugar no seu gabinete. Depois de uma noite bem dormida, Eva estava pronta para a guerra. O fotógrafo tinha-lhe dito que gostava de explorar o seu lado sexy até para evidenciar que uma mulher pode ser atraente, preservar esse lado feminino e sedutor e ser capaz de compatibilizar isso com a assertividade na condução nos negócios. Coisas assim despertam a curiosidade de Eva, desafiam-na, divertem-na. Em casa pensou nas roupas que haveria de vestir. Pensou num vestidinho simples, coisa singela - e pérolas. Bastam pérolas para criar todo um ambiente. Depois pensou que precisaria de música para se desinibir e logo lhe veio à ideia a Teresinha, a história da sua vida cantada pela Diva. Assim foi. Esteve com tanto à vontade que o fotógrafo, o jornalista e sua secretária estavam surpreendidos. 



     Numa das fotografias fez questão de estar sentada à secretária de modo a que se vissem alguns dos objectos que lá tem, especialmente uma certa moldura. Insistiu com o jornalista que gostaria que se visse essa fotografia pois, explicou, é um instantâneo de um momento de especial romantismo. O jornalista e o fotógrafo ficaram um pouco atrapalhados mas disseram que sim e nada perguntaram, até porque a fotografia é explícita.

2.    Na entrevista zurziu forte e feio neste governo. E defendeu o empreendedorismo, a boa gestão, uma estratégia de desenvolvimento, de conhecimento, de reforço de competências desde os bancos da escola, de reforço da formação profissional no seio das empresas. Explicou, e exemplificou para que ficasse bem claro, que o problema da competitividade do País não está, nem nunca esteve, na legislação laboral. Explicou que a motivação dos trabalhadores é fundamental, que a boa organização  dentro das empresas é fundamental, que uma liderança forte é fundamental, que trabalhar-se seguindo uma estratégia ambiciosa é fundamental.

3.     Perguntaram-lhe se são verdadeiros os rumores que correm de que está ligada à maçonaria. Eva disse que só respondia a questões que tivessem que ver com as empresas, com o contexto em que as empresas operam e com questões de ordem geral relacionadas com o país em que vive.

4.       Perguntaram-lhe se é verdade que apoia pessoalmente algumas causas humanitárias. Confirmou mas disse que não as publicita, que apenas divulga as causas que as suas empresas apoiam e que apenas o faz como incentivo a que muitas mais façam o mesmo e contou que são várias e contou como os trabalhadores das empresas estão envolvidos e solidários nas acções que levam a cabo. O empreendedorismo social e o voluntariado são causas que apoia com apaixonada convicção. 


No final da entrevista, Eva estava um pouco cansada. Tomara que as fotografias não ficassem disparatas e deslocadas no artigo. Tomara que as mensagens que quis passar não ficassem submersas no meio de observações relativas ao vestido, ao costureiro ou a imbecilidades do género.

Depois de todos terem saído, mudou de roupa e ligou a cada um dos filhos. Estavam bem e o coração de Eva fica instantaneamente doce, Eva sossega depois de falar com eles. 


Depois fez outra chamada. 'Correu bem' respondeu logo pois, do lado de lá, alguém lhe deve ter feito a pergunta. Alguém que queria saber pormenores. Eva contou o que tinha feito relativamente à fotografia na moldura. Riram. Ela imaginava a reacção dos parvalhões que a tinham mandado seguir ao verem a fotografia clandestina ali exibida perante o mundo. Mas Eva estava exausta, mesmo a precisar de descansar. Pediu-lhe então, com voz doce: 'Sabes? Está na minha horinha zen. Podes tratar de mim...?' e sorria carente, a precisar de mino. Do lado de lá alguém devia perguntar qual o tratamento pretendido. Eva ria-se: 'Então, tu sabes... Quando estou assim, uma litania'.


Eva, então, pousou o telefone, deixou-o em alta voz em cima da secretária e, enlevada, enternecida, absorta, ouviu a tão amada voz:


                                  O teu rosto inclinado pelo vento;
                                  a feroz brancura dos teus dentes;
                                  as mãos, de certo modo, irresponsáveis,
                                  e contudo sombrias, e contudo transparentes;


                                  o triunfo cruel das tuas pernas,
                                  colunas em repouso se anoitece;
                                  o peito raso, claro, feito de água;
                                  a boca sossegada onde apetece


                                  navegar ou cantar, ou simplesmente ser
                                  a cor de um fruto, o peso de uma flor;
                                  as palavras mordendo a solidão,
                                  atravessadas de alegria e de terror;


                                  são a grande razão, a única razão.


Eva, fecha então os olhos, apaziguada, cansada da guerra. A poesia produz nela este efeito. 


Sobretudo a poesia dita por Miguel fá-la sempre sentir uma mulher muito amada e isso, mais que qualquer outra coisa, é o que lhe importa. 'Todas as glórias do mundo não valem uma noite de amor', referiu uma vez Eugénio de Andrade. Eva concorda, é coisa que nunca esquece, é quase o lema da sua vida.


Damien Rice - The Blower's Daughter
da banda sonora de Closer

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A poesia é Litania de Eugénio de Andrade.

Se quiserem respirar luminosas partículas, convido-vos a clicarem aqui para irem até às minhas palavras que voam em volta de uma fotografia que fiz há bocado e de uma certa Pele de Carmim de Ana Marques Gastão. Mendelssohn hoje é magnífico. É no meu blogue Ginjal, claro.

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E tenham, Caríssimos, uma belíssima sexta feira!

13 comentários:

patricio branco disse...

sabe, há governos que são marionettes, os ministros e o chefe bonequinhos de madeira movidos por cordelinhos controlados pelo dono deles que está atrás, escondido da vista. por ex, quando eles os bonecos riem, foi porque lhe puxaram os cordeis da boca e do riso.
são portanto paus vestidos mandados, pois as marionettes são de madeira e trapo, e é nos bastidores que é decidido o guião por quem manda verdadeiramente nos bonequinhos.
claro que há fantoches que nos fazem rir, outros chorar, outros assustam-nos.
Diariamente assistimos à actuação desses fantches que fazem os movimentos que lhes mandam e o que ouvimos são as vozes que estão atrás, a dos donos nos bastidores.
em certos casos, os donos nem estão nos bastidores, estão longe, em africa, asia, sei lá, e nos bastidores detrás dos cenários com os cordelinhos estão os seus testa de ferro, procuradores, representantes, sei lá, seguindo as ordens que transmitem em seguida às marionettessei.
antes os espectaculos de fantoches faziam rir as crianças que queriam mais, hoje os mesmos espectaculos perturbam e assustam os adultos.
melhor ver outra coisa de facto.
Eva é bem empresaria intencionada mas não vai ser facil para ela.

Maria disse...

Jeitinho amiga:
Continuo com pouco tempo.
O Gaspar e o Pedrocas, estão a rir-se de nós.
Quanto à Eva. Cada vez gosto mais dela. Gestora de tudo, até das atitudes. Tudo é estudado, premeditado. Provocadora: a história da foto é genial.
Mas acima de tudo, Eva é mulher. Tem necessidade de carinho, de amor.
E, segundo a frase de Eugénio (como ele sabe de sentimentos femininos!), "Todas as glórias do mundo não valem uma noite de amor",
É tão, mas tão verdade.
Beijinho amiga
Mary the granny.
PS. O pormenor das pérolas, é um achado.
M

Isabel disse...

É assustador pensar o que fizeram e continuam a fazer com o nosso maravilhoso país.

Bonito o poema.
Um bom fim-de-semana, que se aproxima

Anónimo disse...

Cara UJM:
Uma bela opção, como sempre, “calling all angels” , para acompanhar a análise política.
Cirúrgico o seu sublinhado, de mais um linguajar popular com que Passos Coelho nos tem brindado, mas este bem popular, não admira que seja necessário regressar aos exames no 4.º ano, também anotei.
É triste ver para onde estão a arrastar o País que vai sendo vendido a retalho, e ao desbarato, a outros estados, e a que estados?
Passos Coelho disse que a situação se vai agravar, e parece que a estratégia é essa, que a economia bata no fundo, porque a partir daí só poderá crescer, mesmo sem medidas estruturais. Mas … e o sofrimento de tantos jovens, de tantas famílias, de tantos portugueses, é o País a definhar… como irá recuperar?
Eva afigura-se, dia a dia, cada vez mais surpreendente, uma mulher extraordinária: Boa mãe, boa gestora, ainda consegue colecionar arte, ouvir boa música, ser solidária, ser chiquérrima, e ter a poesia como luxo necessário ao grande amor , porque nesta mundo louco, a única Loucura que vale a pena é o Amor.
E tenha uma boa noite. Um abraço da
Leanor formosa e segura

Anónimo disse...

Gostei bastante deste seu Post, mas afazeres vários “para não levar no lombo”, impedem-me de tempo para um comentário mais pensado.
Num filme, há uns anos, alguém dizia: “o nosso homem em Hong-Kong está a ocupar-se desse assunto”. Diria que por cá, “o nosso homem em Massamá” (até rima) está a ocupar-se de nós. Ao que vejo, sem arte. Como dizia e bem, com menos receita fiscal, mas mais impostos, com menos consumo, mais falências, menos estímulos ao tecido empresarial - a âncora, por excelência, onde deveria “repousar” (a nossa) Economia. Enfim!
Quanto ás risadas daqueles 2, só se for daquilo que irão prometer no próximo dia 1 de Abril.
Eva é uma grande mulher. Aquele ponto 2 é: “assim mesmo!”
E vou ouvir música, aquela que aqui nos é proposta. Está uma bela noite, por estas bandas onde resido. Apetece!
Um bom fim de semana!
P.Rufino

Olinda Melo disse...

Bom dia, UJM

Adorei esta análise político-social que aponta caminhos que poderiam ser a solução para muita da insanidade que grassa por aí.

A Eva, gostei muito dela, também a dar o seu contributo nas áreas que nos atormentam hoje em dia e também no voluntariado. Também não deixa de alimentar o espírito...tudo faz parte da vida.

Desejo-lhe um bom domingo.

Beijinhos.

Olinda

Um Jeito Manso disse...

Olá Caro Patrício,

Vários dias depois de ter escrito isto, volto para responder aos comentários.

Os países andam a ser governados por fracas figuras escolhidas por quem não tem grandes escolhas a fazer.

Mas, não o contrario, há interesses (fundos de investimento, bancos, investidores, seguradoras, etc, etc) que se movimentam nos bastidores e que vão levando a ´gua ao moinho deles.

Eva é uma pequena ilha de boas intenções, lá isso é.

Obrigada pelas suas palavras sempre tão lúcidas.

Um Jeito Manso disse...

Maria,

Só hoje, agora à noite, consigo ter um pouco de tempo para aqui responder aos comentários. Tenho que pedir desculpa pela demora.

Gostei imenso da sua compreensão. Revejo-me sempre no que lê nas minhas palavras.

Eugénio conhecia bem a alma feminina (quem sabe, até, talvez por ser homossexual). Escrevia de emoções, de amor e paixão, como as mulheres gostem de ler - presumo que os homens também gostem, com alguma inveja, da luminosidade e pureza das palavras.

Obrigada. Agora, na brincadeira, ia despedir-me, chamando-lhe 'avózinha'... mas acho que a Mary é mais uma super avó que os netos adoram do que uma frágil avózinha... Certo?

Beijinhos.

Um Jeito Manso disse...

Olá Isabel,

Pois é. Portugal é, talvez por carga genética, nem sei, um país permanentemente adiado. Tenho pena.

O poema é lindo, eu acho. Mas sou suspeita, não é...? Gosto muito deste poeta.

Um abraço e uma boa semana.

Um Jeito Manso disse...

Olá Leanor, formosa e segura,

Gostava muito de ver o país a evoluir no bom sentido, sentir que andamos a construir um país decente, moderno, com muitas perspectivas para os mais novos e, afinal, vejo que se está a empobrecer, a regredir, a destruir o pouco que se tinha. isso enche-me de pena.

Eva, no meio deste ambiente, tem dificuldades em afirmar-se mas é uma lutadora, luta sem abdicar daquilo que é e isso é muito.

Obrigada pelas suas palavras que tão bem espelham sempre o que penso quando escrevo e que são um permanente incentivo.

Um abraço. E tenha uma óptima semana.

Um Jeito Manso disse...

Caro P. Rufino,

Espero que o fim de semana tenha sido repousante depois de dias tão cansativos.

Um dia os portugueses vão ter melhor alternativa do que o 'homem de Massamá' (porque agora, de facto... este Tozé Seguro não me inspira muito...) e, quem sabe?, aí,talvez alguém passe a fazer alguma coisa em prol do progresso deste pobre país.

Eva desespera neste ambiente mas luta, luta. Luta sem abdicar do que é, como mulher.

Espero que tenha gostado das músicas. Por acaso, sendo de géneros distintos, neste dia gostei muito das três músicas que escolhi.

Obrigada pelas palavras. Uma boa semana!

Um Jeito Manso disse...

Olá, Olinda de Xaile e colar de pérolas, com um baú repleto de belas escolhas,

Muito obrigada pelas suas palavras.

Eva, a heroína da minha história, é uma lutadora e pratica na sua vida os princípios por que se rege.

O exercício activo da cidadania, o voluntariado, a generosidade (o que é diferente de caridade) estão sempre presentes na sua vida.

Um abraço, Olinda e tenha uma bela semana!

Maria disse...

Jeitinho Amiga:
Tenho amigos homossexuais. São as melhores "amigas", que uma mulher pode ter, desde que não tenham o azar, de se apaixonarem, pelo mesmo homem. São fieis, sabem guardar segredos, coisa que aqui para nós, é raro entre mulheres.
Eugénio, compreendia as mulheres, com uma delicadeza, uma naturalidade, que um macho man, nunca teria.
Beijinhos da avó cheia de sono e cansada, mas feliz.
Maria