quinta-feira, março 24, 2011

Sócrates demite-se, Cavaco Silva diz que não pode fazer nada, Pedro Passos Coelho, Paulo Portas, Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa estão com nervoso miudinho porque a coisa aconteceu cedo demais - e o País assiste perplexo a estes políticos sem rumo 'que chegaram aqui e não souberam o que fazer'



Uma luz branca nasce do voo
destes pássaros que habitam as rias,
contamina o mar com a sua ânsia
de equinócio, mancha a superfície
seca das falésias despojadas de musgo.

Os impérios chegaram até aqui
e não souberam o que fazer: há
exércitos sepultados sob as colinas;
a voz dos sacerdotes foi apagada
pelo vento dos invernos.

Como se este fosse o destino
de todas sa navegações, o limite
a que se acolheram os nómadas
sem rumo, a margem acolhedora
onde se dissipa a poeira das viagens.

(Sul de Nuno Júdice)

Pedro Passos Coelho e José Sócrates: dançaram o tango durante pouco tempo mas teria sido preferível que tivessem escolhido a valsa, talvez tivessem aguentado mais tempo

Geração à Rasca: estarão contentes com a situação ou não estão nem aí?

Jerónimo de Sousa e Francisco Louçã, mestres do populismo, da demagogia mais descarada, estão contentes com a situação?

Ana Avoila e Mário Nogueira, dois dos grandes agitadores de ilusões, insensatos, incendiários, estão contentes com a situação?

Cavaco Silva e Paulo Portas, duas figuras que gostam de encenar pose de estado mas encenação é isso mesmo: encenação.

Que maçada que é aturar gente assim. Portugal merecia coisa melhor.

Lembrei-me agora daquela historinha chinesa, acho eu: quando o homem inteligente aponta e vê as estrelas, o idiota aponta e vê a ponta do dedo.

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