sexta-feira, dezembro 05, 2025

Resumo da matéria dada

 

Apeada de computador, obrigada a usar uma coisa com teclado virtual, letra após letra como uma galinha a comer grão a grão, a minha pica esvanece. Gosto de deixar os dados voarem sozinhos. A minha cabeça não alcança a velocidade dos meus dedos e essa é a única maneira que conheço para escrever. A forma  como agora estou, a ter que vigiar se o dedo não fez uma secante à tecla adjacente, condiciona a minha liberdade e, logo, a minha motivação.

Por isso tenho escrito muito menos e, por isso também, tenho evitado os assuntos que puxam pela minha língua, que fazem com que eu solte os cachorros. A tropeçar nas letras deste teclado de faz de conta, toda a  minha verve se sente tolhida.

Mas vou ver se, pelo menos, sintetizo umas e outras.

1. Debate Tozé Seguro e Marques Mendes. Ao fim dos 5 minutos de cada um, adormeci. Não o lamento pois tenho a certeza de que não perdi nada. E, para provar esse axioma (que, por natureza, nem carecia de demonstração), juro-vos que não me lembro de nada do que disseram enquanto estive acordada. Quanto mais não seja, não concebo um presidente da República que tenha cara de menino da lágrima ou de boneco de ventríloquo. Claro que, se acontecer o desastre de um deles ir à 2ª volta com o Ventura, terei que abdicar do meu bom gosto e contarão com o meu voto. Mas, na 1ª, nem pensar.

2. Debate Catarina Martins e Cotrim de Figueiredo. Não vi porque não estava em casa mas tenho pena, talvez tenha dito alguma graça.

3. Escutas a António Costa publicadas pela Sábado. Não li. Não vou ler. Não leio escutas sejam elas quais forem, não alimento o culto pela devassa e pelo voyeurismo mais sinistro,  não me deixo tentar pelo fruto de comportamentos pidescos, não pactuo com atentados ao Estado de Direito, não legitimo nem normalizo a judicialização da política nem o torpe conluio entre o MP e a imprensa sensacionalista.

Sem comentários: