segunda-feira, dezembro 22, 2025

Por cá, decorações natalícias. Por lá, as perplexidades de não saber como lidar com um narcisista em acelerado processo de demência

 

Hoje acordei a ouvir movimentações dentro e fora de casa. Ao fim de um bocado, ocorreu-me que estava a ser cumprido um meu pedido: que as bolas gigantes de Natal fossem penduradas nas árvores do jardim, de preferência antes de Natal. Levantei-me e fui espreitar: a porta da rua escancarada, um frio de rachar. Pensei que devia ter vestido alguma coisa. E lá andava ele, com a caixa das bolonas, fio de nylon, a engalanar o jardim para que o Santa Claus não se esqueça de nós. O cão de roda dele, o pelo todo molhado. Fotografei-os.

Fui também espreitar à sala. Ontem eu já tinha trazido para cima a árvore grande mas hoje já tinham vindo mais umas quantas, as pequeninas. Faltam as grinaldas com luzinhas que não sei onde ele as guardou pois no outro dia andou na garagem a fazer arrumações. 

Não tenho paciência para fazer decorações muito rebuscadas ou complexas mas gosto de ter recantos da casa com luzinhas. E nisso existem discordâncias, pois de bom grado deixaria algumas como presença efectiva, ao longo de todo o ano. Várias das minhas arvorezinhas são tão abstractas que bem poderiam passar por simples elementos decorativos, independentes do Natal. 

O meu marido, minimalista, acha que quanto menos melhor e é frequente que a seguir aos Reis, ao levantar-me, dê com a casa e o jardim já inapelavelmente despidos de bolas, árvores e luzes.

Entretanto, a minha cabeça já está nas comidas do repasto e, como sempre, só me apetece inventar e adicionar. O costume é dizerem-me que não devo dispersar-me por várias coisas pois acabo por ter trabalheiras infinitas. Mas é mais forte que eu. Contudo, tenho a restrição do forno. Precisava de ter um forno duas vezes maior ou, então, ter dois. Infelizmente o forno de lenha está com um problema. O revestimento tem estado a desprender-se e não sei a quem recorrer. E não me arrisco a que caiam bocados nos tabuleiros com comida. Claro que os poderia tapar com papel de alumínio, mas sei lá se, às tantas, não cai algum bocado mais estrutural. Além disso, leva muito tempo a ficar quente. Um forno elétrico maior é que era. Mas não cabe. Portanto, tenho que me organizar e auto-limitar.

Mas, enfim, depois logo conto.

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Agora à noite pus-me aqui a ver as notícias e as novidades e voltou a aparece-me a Joanna Coles, desta vez com o Dr. John Gartner a conversarem sobre o comportamento errático, impulsivo, narcisista, destravado, ganancioso, corrupto, mentiroso, a atitude um alcoólico que acha que tudo pode (Susan Viles o disse) que, ainda por cima, evidência um progressivo quadro demencial.

Quem já lidou com alguém que entrou no enevoado corredor da demência sabe que não vale a pena contrariar ou tentar pôr ordem na cabeça deles. É improdutivo, inconsequente.

O drama maior neste caso é tratar-se do homem com mais poder no mundo. Talvez por isso, não deixa de ser extraordinário podermos assistir a esta situação insólita, perigosa e, ao mesmo tempo, caricata.

O declínio mental de Trump está a acelerar: afirma o psicólogo Dr. John Gartner
| Podcast do The Daily Beast

O psicólogo Dr. John Gartner junta-se a Joanna Coles para analisar o mais recente discurso de Donald Trump na Casa Branca e explicar porque é que o seu ritmo frenético, a rígida disciplina com o teleponto e a velocidade vertiginosa alarmam os profissionais de saúde mental. Com base em décadas de experiência clínica, Gartner defende que a hipomania, o narcisismo maligno e a demência progressiva de Trump já não são teorias abstratas, mas padrões visíveis — acelerados, mensuráveis ​​e cada vez mais descontrolados. Examinam porque é que os testes cognitivos repetidos sugerem a monitorização do declínio em vez dos exames de rotina e como as noites sem dormir, as decisões impulsivas e as publicações compulsivas apontam para um líder à beira de um colapso cognitivo.


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Desejo-vos uma bela semana 

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