quinta-feira, setembro 11, 2025

Algum psicólogo forense por aí que trace o perfil dos meliantes que se agremiam no Chega?

 

Hoje soube-se de um que roubava combustível ao INEM. Imagine-se: roubava gasóleo das ambulâncias. No outro dia soube-se de um apanhado em flagrante a atear fogos. Outro, um caso digno de filme cómico, apanhado a roubar malas nos aeroportos, guardando-as no gabinete da Assembleia da República e depois vendendo os pertences dessas malas num site de roupa usada no qual usava o seu nome e ano de nascimento como nickname. Outro agride árbitros em jogos infantis. E receio que seja delírio meu mas tenho ideia de que já houve um que roubava caixas de esmolas, outro que usava armas sem ter licença para isso, não sei até se não havia um ligado a tráfico de drogas ou coisa que o valha. Não continuo pois receio que seja a minha imaginação ou a minha memória a atraiçoar-me. 

E estou a elencar isto apenas porque me espanto e me sinto intrigada: o que leva estes marginais a juntarem-se a um partido que prega a moralidade e que exige mão pesada nas penas justamente contra os crimes que eles cometem?

Não é estranho? Não há qualquer coisa de psicopata nisto?

E ainda outra dúvida: o que leva os votantes no Chega a votar num partido em que já se descobriu que tantos dos seus militantes (incluindo deputados) têm problemas com a Justiça? Não é estranho? Se quem vota no Chega é gente que preza a lei e a ordem como é possível que se identifiquem com um partido destes?

Será que vamos ter que aceitar que há mais gente do que pensamos que não bate bem da bola?

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