“Deixem o PS de fora”, diz Miguel Relvas, que defende entrada do Chega no Constitucional
Ex-ministro aponta caminhos ao Governo: para substituir os juízes do TC e, depois, para a revisão da Constituição (...)
O outrora conhecido por Vai-Estudar-ó-Relvas e agora, nestes tempos de miséria moral que vai grassando, se calhar já chamado de senador, é como todos os outros do mesmo calibre: está-se nas tintas para o que dizem ou pensam dele. Tem uma ideia, nem sempre a mesma -- mas isso não interessa, o que interessa é o rumo --, e vai atrás dela. Sempre com aquela pose de quem a sabe toda, de quem conhece muito podre, de quem tem muita carta na manga. E há quem lhe dê ouvidos, se calhar há quem lhe tenha aquele respeitinho que resulta do medo de que ele arregimente tropas, gente ressabiada, bolorenta, gente saída dos esquifes a espumar raiva, e apareçam aí para se vingar. Não se sabe se tem o Passos no bolso ou se é, ele mesmo, um alter ego do outrora conhecido por Láparo, não se sabe o que o move, se é apenas o gostinho rançoso de se sentir o verdadeiro estratega do PSD, se há alguma ambiçãozinha de ver os seus negócios alavancados, se tem esperança de ver o seu mérito reconhecido por alguma universidade. Não se sabe. Mas ele por aí anda.
À escala tuga, ele é o Steve Bannon dos laranjinas.
8 comentários:
Era evidente que isto ia suceder. Duvido muito de qualquer entendimento com o PS.
Não vem de agora, vem do tempo de Passos. A conversa sobre o liberalismo é uma treta. O modelo é Orban. Já era então.
Só vejo um limite no entendimento com o Chega: a lei eleitoral. Digo isto não porque tenham divergências de fundo mas porque são concorrentes. A ideia, no tempo de Passos, era favorecer o partido mais votado dando-lhe lugares suplementares. Só que no estado em que as coisas estão o beneficiário podia ser o Chega.
Podemos estar a resvalar para algo tipo Visegrado. Valha-nos a UE e o Tratado de Lisboa com o seu artigo sobre o Estado de Direito. Começam a brincar e acabou-se o dinheiro.
E não vejo nos actuais candidatos a PR qualquer barreira. Um é perigoso, Gouveia e Melo, o outro até é o preferido desta gente, Seguro, e o único que lhes pode fazer frente é Marques Mendes, mas é do mesmo partido. Estamos mal.
Um nojo este Miguel Relvas! Ouvi-lo dá-me vergonha alheia!
Certíssimo! Tal como este blog é o Steve do 44
Os apoiantes do Montenegro não perdem uma oportunidade para mostrarem o seu despropósito e a sua deficiente informação. São uma espécie de MAGA dos pequeninos, não lhe parece?
Só me apetece recorrer a Zeca
https://youtu.be/L29-aZXqZyk?feature=shared
Relvas já tem alguém (Victor Sereno) da sua máxima confiança no aparelho de Estado, precisamente num alto e sensível cargo – o SIRP Serviço de Informações da República Portuguesa, um dos vetores das nossas “Secretas”). O “Dr.” Relvas (assumindo que terá entretanto concluído o tal curso que não possuía) foi buscá-lo (VS) ao MNE, onde já revelava sordidez, ou seja, estavam bem um para o outro – e ambos arrogantes qb.
Quanto ao Tribunal Constitucional, tal como é (ou foi concebido) não deveria existir. Isto porque um Tribunal não deve ter juízes nomeados, ou escolhidos, por razões políticas, como sucede, desde a sua criação. Só nos EUA, que não é um país democrático segundo os “standards” do Conselho da Europa (por causa do seu sistema judicial, cujos magistrados – juízes e procuradores – são nomeados e escolhidos por pertencerem ou aos Partido Republicano, ou Democrata, bem como o seu sistema eleitoral, aquele tal Colégio Eleitoral, onde não é facultado o voto directo) é que os magistrados são escolhidos pela sua simpatia ou filiação partidária.
Inclinava-me para, em vez de termos um Tribunal Constitucional, optássemos por uma Secção Constitucional no Supremos Tribunal de Justiça, com magistrados peritos em Direito Constitucional, a fim de dirimir as questões de carácter constitucional. Como não sucede assim, teremos em breve uns tantos trogloditas de extrema-direita sentados no Palácio Raton a decidir questões sensíveis de constitucionalidade, sabendo bem o quão desprezam esta Constituição. Afinal de contas, o Chega conseguiu eleger 60 energúmeros para a AR, sendo que um deles, Diogo Pacheco de Amorim, antigo bombista do MDLP, fascista/salazarista assumido, que desdenha a Democracia que o 25 de Abril nos devolveu, após 48 anos de Ditadura, é hoje um dos Vice-Presidentes da AR.
Mas, atenção, se hoje estamos onde estamos, com uma maioria de Direita radical (AD+Chega+IL), deve-se ao mau desempenho da Esquerda, em particular do PS, que não se soube assumir como alternativa ao trafulha do Montenegro e ao Chega (os restantes Partidos de Esquerda não existem, praticamente e alguns, BE, e PCP deverão desaparecer em próximas eleições).
Voltando a Relvas, faz o papel que bem sabe e sempre soube fazer, que é o de desgastar a oposição à esquerda do PSD. Um traste político, sem valores e princípios políticos. E teremos esta gente (AD+ Chega, com a mãozinha da IL) pelo menos nos próximos 2 anos, se não forem mais. É o destino, “for the time being”.
Manada é manada. Vai para onde a encaminham. Como manada que é - esta e outras, todas - tem o perigo de levar tudo à frente.
Assino por baixo, o artigo deste último Anónimo.
Enviar um comentário