Nos intervalos, ponho-me em modo de férias, sobretudo mentais. Hoje quase não houve televisão nem leitura de jornais. Poupei-me, no que pude, dei descanso à mente.
De vez em quando, não consigo evitar, sinto uma angústia que tenta, de forma certeira, esquartejar a minha disposição, e, nessas alturas, vou espreitar o mapa dos fogos. Um horror. Muita aflição, certamente. Muita área ardida e, quando ardem tão grandes superfícies é parte da natureza que morre, árvores, flores, muitos animais. Isto quando não ardem casas ou, em casos mais dramáticos, vidas humanas. Destruição pura. Temperaturas a rebentar, um calor que não se aguenta, e, em cima disso, gente doida, sem cuidado ou com perturbações.
Mas tenho tido outros assuntos, outras preocupações, outros compromissos. E, no tempo que sobra, tento pôr-me em modo de pausa, descontrair.
Claro que, ao longo do dia, vou tendo contacto com algumas bestas (pardon my french). Esforço-me para não dar respostas tortas, exercito a condescendência. Mas chego a esta hora a pensar que bem podia enfiá-las a todas num zoo, criar um bestiário.
Mas não vou para aqui pôr-me a destilar arrelias ou a gastar o meu latim com gente parva. Adiante, pois, que para a frente é que é caminho.
E, bestiário por bestiário, antes este aqui abaixo, surreal como gosto das coisas -- as demasiados reais cansam a minha beleza.
David Szauder -- Bestiarium:
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Desejo-vos uma boa quinta-feira
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