Na altura das eleições internas do PS, não me pareceu que Pedro Nuno Santos fosse a melhor opção para o PS. As pessoas de que se rodeou não me pareceram uma opção inteligente. A campanha que fez também não me pareceu inteligente. Ponderei não votar PS. Ponderei votar em branco. Mas, perante as perspectivas, achei que não deveria juntar o meu voto a quem baixa os braços e deixa, indiferentemente, que a direita e o populismo acéfalo progridam. Portanto, com pouca convicção mas por um sentimento de dever democrático, votei no PS.
Mas este PS notoriamente não dá resposta aos anseios de uma parte significativa da população. Aquelas pessoas descontentes, umas com razão e outras apenas porque gostam de ser do contra, muitas mal informadas que aceitam ser iludidas, muitas pessoas que gostavam de ser como os seus ídolos do Tik Tok e do Insta, os que votavam contra e que davam o seu voto ao PCP (ou, mais tarde ao Bloco), essas maioritariamente agora votam Chega. Se juntarmos os que votam AD, temos que o PS já é marginal face ao total AD+Chega.
É, portanto, mais do que óbvio que tem que haver uma revolução dentro do PS. E uma revolução não se faz a pensar da mesma maneira com que se tem pensado até aqui. Há que arejar a cabeça, deixar entrar novas ideias.
Por muito absurdo que possa parecer, o que venho defendendo no meu inner circle é que vejo como necessário um partido que saiba apontar a uma política aberta, com visão estratégica, em que haja justiça social, igualdade de oportunidades, mas tudo sem dogmas, uma fusão inteligente entre o que norteia o Livre e o que norteia a Iniciativa Liberal. Liberdade económica, sim, mas balizada por liberdade inclusiva, moderna, desempoeirada, sem preconceitos, respeitando a matriz democrática da justiça social. Tem que haver quem tenha visão, pulso, determinação... e ir adiante, trilhando esse novo caminho.
Não sei o que vai dar isto que hoje está a passar-se. Só ver a sala vazia do Altis me dá ânsias. Para onde foi toda a gente que antes enchia aquela sala? Fugiram? Tudo gente cobarde? De facto, com gente assim não se consegue modernizar o regime.
Já volto.
3 comentários:
Disse hoje -e eu já não lembrava- no seu blog o embaixador Seixas da Costa que em 1987, Mario Soares ao dissolver o parlamento deu a cavaco a primeira maioria absoluta. Desta vez pode-se dizer que foi Antonio Costa, ao sair de fininho para o bem bom da UE, virando as costas a uma golpada, que deu a muita gente a perspectiva de que os politicos estão-se borrifando até para o seu bom nome, sendo isso em segunda instancia, a causa desta vergonha zé poveira de espirito. Em primeira instancia, a causa é de quem o DER TERRORIST parabeniza.
SIC- Parabéns a Marcelo Rebelo de Sousa. E ainda falta o almirante...
Como cantava Bachman Turner Overdrive nos 70s, "you ain't seen nothing yet, baby".
Adenda ao comentário anterior.
Para os que diziam ISTO TEM QUE MUDAR NEM QUE SEJA PARA PIOR.
Pois bem, FAÇA-SE A VONTADE AOS EXCREMENTOS. M.Linho.
Cara UJManso,
Constato com muita tristeza que em politica não vale a pena ser educado, honesto, pessoa decente. Pedro Nuno Santos não tem a garra politica para discursar com base em mentiras, aos berros e insultos, mas é honesto.
Desiludido demite-se e o PS é um partido de gente cansada que sofreu o facismo, não tem ninguem com juventude e sentido politico para aguentar a luta pela democracia.
Os jovens a quem dão tudo, não se importaram com os escandalos de roubo, pedofilia, mentiras e situações de ridiculo do Chega . A ambição deste vai dificultar a vida a Montenegro que continuará com o seu sorriso cinico a fazer o que entende.
Não sei se voltarei a votar.
A minha gente mais jovem votou Livre, contribuiram para que subisse. Tambem gosto de Rui Tavares mas levará muitos anos para ter expressão.
Até sempre, gosto de a ler.
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