Quando ouço alguns dos youtubers da moda ou quando ouço a conversa de fulanos de extrema direita geralmente penso o mesmo: deviam tratar-se. São incoerentes, inconsistentes, muitas vezes agressivos, mal educados, assumem posições extremadas, frequentemente de raiva ou ódio, demonstram zero empatia. Em contrapartida, viram-se do avesso, se necessário for, para agradarem, para que gostem deles. Claro que fico sempre incomodada e perplexa por alguém lhes dar ouvidos. E penso que, com sessões de terapia, individuais ou em grupo, talvez pudessem ser ajudados a tornarem-se bons seres humanos.
Esta coisa da manosfera de que só comecei a ouvir falar na sequência da série Adolescência (em que ainda não ganhei coragem para ir além do 1º episódio) -- grupos de homens intoxicados por teorias da conspiração, com sentimentos de rejeição recalcados, misóginos por má ou inexistente informação ou por traumas mal resolvidos -- parece que está a alastrar. E, ao ritmo viral que as redes sociais propiciam, está a 'apanhar' gente de todas as idades, em especial os que ainda têm a sua personalidade em fase de formação como os adolescentes.
Mesmo, no caso da nossa política nacional, se virmos bem, o Ventura é um caguinchas, diz uma coisa e o contrário, faz de tudo e o seu contrário, para que gostem dele, e, quando é apertado, parece que até faz beicinho. É daqueles que, numa situação de aflitos, ficaria a tremer que nem varas verdes e, quiçá, até não conseguisse controlar os esfíncteres. Um pobre coitado que, muito provavelmente, se seguisse um aturado programa de psicoterapia, talvez melhorasse. Assim, por aí anda, a dizer baboseiras, a incitar à divisão tribalista e imatura dos bons contra os maus, a ser seguido por outros tão perturbados quanto ele ou débeis das ideias. Veja-se também o Trump: narcisista, irracional, imaturo, infantilóide, inseguro, sempre a proclamar-se como o maior mas sempre com medo que gostem mais de outros mais fortes (Putin, por exemplo) do que dele. Lança atoardas ou grandes medidas e, quando vê que deu barracada, recua. E quando confrontado com as alarveiradas que diz, mostra-se surpreendido e diz que não disse. Claro que com esta aleatoriedade pegada e sendo uma mente desarranjada. Não se tratou pelo que, ao longo da vida, só tem feito o número dois (como agora se diz). Gente perturbada.
A investigação que uma jornalista levou a cabo confirma isto.
Talvez se compreendermos bem como funciona a mente e a psique desta gente, talvez, talvez, talvez se consiga que continuem a ganhar influência e a fazer tantos estragos.
This woman dated only far-right men for a year: ‘They were so insecure’
The “manosphere” is made up of macho podcasters and influencers, a space where UFC fighters are among those that reign supreme, like Jake Shields. CNN’s Donie O’Sullivan sits down with Shields and also speaks with independent journalist Vera Papisova as part of "MisinfoNation: Extreme America," airing Sunday April 13 at 8pm ET/PT on "The Whole Story with Anderson Cooper." #CNN #News
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