quinta-feira, março 13, 2025

Fui ao ginásio e dei no duro, fui a uma bela Biblioteca, vi uma exposição de pintura, passeei à beira mar, fotografei garças e barcos, apanhei chuva, apeteceu-me lanchar mas contive-me, cheguei a casa já tarde mas ainda fui fazer sopa.
E agora vou imaginar que sou eu que estou aqui a dançar o tango e, para que não pensem que me esqueci do tema do momento, transcrevo um texto imperdível de Rui Bebiano no seu magnífico 'A Terceira Noite'

 

E, antes disso, ainda acrescento que já peso menos dois quilos e picos, ou seja, já estou na média para a minha idade e altura, mas que a balança inteligente e sobredotada (comunica-me os resultados por telemóvel, faz gráficos e diz-me em que ponto da escala me situo em relação a cada indicador) diz que ainda tenho alguma gordura corporal a mais. Não é muito, creio que uns 4 ou 5% a mais (tenho o telemóvel a carregar noutro sítio, não me apetece levantar-me para ir ver o valor certo), mas não quero. Só que ver-me livre dela não está a ser pêra doce. O ChatGPT diz que tenho que fazer mais exercício ou consumir menos calorias. La Palice não diria melhor. Só que é uma dor de alma não poder comer o queijinho pelo qual me pelo, tenho que me limitar a um esquálido quadradinho de chocolate preto sem pingo de açúcar. E a fruta, que eu se fosse eu comeria às carradas, agora está mesmo limitada a 3 míseras peças por dia. 

E o pior é que sei que, mesmo quando estiver no ponto, para assim me manter, terei que me manter assim, à míngua. Ora eu sou tudo menos vocacionada para me forçar a provações.

Enfim.

Bora mas é tangar.

No es por ti - Grupo Corpo (Lecuona)


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E agora é mal empregado colocar aqui um texto tão objectivo, tão exacto, como o que vou tomar a liberdade de transcrever na íntegra. Mas as coisas são o que são. O autor é Rui Bebiano, de que já antes aqui fiz referência, e escreve no blog A Terceira Noite que eu sigo religiosamente.

12 de Março de 2025

De forma simplificada, são dois os motivos principais que levaram à rejeição da moção de confiança e à próxima saída de Luís Montenegro do cargo de primeiro-ministro. O primeiro, mais invocado, tem a ver com práticas profissionais que colidem com o dever de exclusividade de quem detém cargos de responsabilidade no governo, por motivos acrescidos quem dele seja a figura principal. O segundo motivo, menos mencionado apesar de também importantíssimo, prende-se com o facto de a empresa envolvida, a Spinumviva, ser apenas familiar, não tendo sequer sede própria e corpos gerentes, dedicando-se basicamente ao tráfico de influências realizado sob a capa de «aconselhamento» em negócios privados.

Nada disto deveria ter acontecido, e, a ser revelado como foi, deveria ter conduzido de imediato à apresentação da demissão do cargo que LM ocupa. Todavia, não só tal não foi feito, como depois da triste novela pública vivida ao longo destes dias, o mesmo LM declarou pretender apresentar-se de novo a eleições e afirmou nada ter feito que «qualquer português não fizesse». Se assim acontecer, o PSD irá arrastar o país para uma situação de impunidade legal e ética premiada. Sabemos que em países como os Estados Unidos da América de Trump isto está a tornar-se trivial, mas, caramba, nós ainda vivemos no democrático país de Abril. Por isso de modo algum pode acontecer.

Nem mais. É isso mesmo. 

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