É evidente que o Luís Montenegro tem que dar resposta às questões que foram levantadas sobre a empresa da família. Quem é eleito presidente de um partido e ambiciona ser PM tem que estar disponível para ser escrutinado e tem que prestar contas sobre as atividades que desenvolveu e que podem originar conflito de interesses.
- Curiosamente, a empresa aumentou muito a faturação após a eleição do Luís para presidente do PSD,
- curiosamente, pelo que se sabe, a empresa não tinha no quadro ninguém com o perfil adequado à prestação dos serviços de consultoria que se julga ter prestado,
- curiosamente o Luís recusa-se a dizer quem foram os clientes
- e curiosamente seria interessante esclarecer com que recursos conseguiu desenvolver os trabalhos que originaram os volumes de faturação apurados e que são muito elevados para uma empresa que teria dois funcionários que ganhavam perto do salário mínimo.
Neste caso o Pedro Nuno, finalmente, esteve bem. Temos que saber quais os clientes para se verificarem os potenciais conflitos de interesses e os valores das adjudicações para sabermos se correspondem aos valores de mercado. O Luís tem que esclarecer as coisas, não acha Sr. Presidente Marcelo?
Ao que parece, ontem, o governo (terá sido o próprio Luís a fonte de S. Bento?), através de um dos jornais "oficiais", lançou a tese da perseguição jornalística (em especial por parte da RTP), tentando tornar o Luís numa vítima de jornalistas vingativos e condicionar a comunicação social.
Na verdade, o Luís até há poucas semanas fazia o que lhe dava na gana sem o mínimo escrutínio da comunicação social. Estava mal habituado. Os jornalistas têm o direito e o dever de escrutinar as ações dos governantes e dos políticos, em especial quando estas não são transparentes. Situações como esta, ao contrário do que muitas vezes já aconteceu, têm que ser esclarecidas e escrutinadas. Só quem convive mal com a democracia é que lança estas campanha de difamação da comunicação social e recordo que já não é a primeira vez que o Luís se "atira" aos jornalistas. Será que vai seguir as pisadas do Trump com a Associated Press e proibir a RTP de ir a S. Bento?
E já agora: como é possível que a Ministra da Saúde continue no governo? Só faz asneiras. O SNS degrada-se de dia para dia, umas administrações demitem-se e outras são demitidas sendo as substituições feitas apenas segundo critérios partidários. Depois de ir ao Parlamento dizer que não tem praticamente nenhumas informações sobre o sector que gere, embora seja ministra há quase um ano, vem a saber-se que guarda relatórios com informações relevantes na gaveta e não age. Pior parece ser impossível. Alguém que corra com a ministra!
E, também já agora, devíamos saber qual o aumento dos custos com o pessoal na Saúde desde que a ministra ocupou o cargo. Seria uma informação interessante. Ouvem-se falar em verbas verdadeiramente exorbitantes. E, também já agora, quando será publicitado, ponto a ponto, o relatório oficial da IGAS sobre o INEM? Sempre quero ver quais as consequências que a ministra daí vai retirar....
Nota: vi no noticiário, imagens de uma reunião do governo dos Estados Unidos em que o Trump perguntava aos ministros se queriam despedir o Musk. Fez-me lembrar a reunião do Putin com o governo antes da invasão da Ucrânia. As semelhanças não serão coincidências. São farinha do mesmo saco. As redes sociais deram cabo do bom senso e da razoabilidade das pessoas, neste caso, de muitos dos eleitores nos Estados Unidos. Estamos potencialmente tramados!
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