terça-feira, setembro 24, 2024

A falta de ética e de tino do Rambo Montenegro e a incapacidade dos ministros do seu Governo não auguram nada de bom para o OE2025.
E não deve ser o PS a pôr-lhes a mão por baixo.
-- A palavra ao meu marido --

 

A tese do Montenegro sobre os "interesses que sobrevoam os incêndios", desmentida pelas polícias, confirma o que já aqui escrevi. O Montenegro quer ser como o Rambo não só fisicamente mas também na perspicácia e na inteligência. Se admitirmos que esta nova tirada do Montenegro não resulta de uma enorme falta de ética, aproveitando mais uma vez uma tragédia para fins políticos, só podemos concluir que esta tese resulta de manifesta incapacidade para entender a realidade e estudar os dossiers. 

O culminar desta pantomina foi uma reunião na qual, com toda a pompa e circunstância, o  PM, a Ministra da Justiça e a MAI (que é manifestamente inadaptada para a função) vieram dizer-nos que  as medidas para minorar os efeitos dos incêndios (que segundo os especialistas sempre existirão e fazem parte do ecosistema) serão da responsabilidade da GNR, da PSP, da PJ e do MP.  Absolutamente inqualificável e inimaginável. Quando o Montenegro afirma que já falou mais de cem vezes na prevenção dos incêndios não devem restar dúvidas que o fez na sua casinha de Espinho quando a mulher põe a frigideira ao lume com óleo para fritar o peixe. Não se poderia referir aos incêndios rurais porque manifestamente não percebe nada do assunto.

Para além de:

  • termos que levar com o Joaquim Sarmento a vangloriar-se dos resultados financeiros do primeiro semestre, para os quais dificilmente terá contribuído, depois de ter zurzido o PS pelo estado em que tinha deixado as finanças públicas, 
  • com o "arrastado" Lentão Amaro nas conferências de empresa após o Conselho de Ministros que são incompreensíveis, 
  • com a ministra da Saúde a "amandar" a culpa do estado caótico das urgências para cima de tudo e de todos, confirmando, nas intervenções televisivas, com os trejeitos que faz, que descendemos dos símios, 
  • com as intervenções da MAI que deviam ser proibidas (nunca se viu tanta incapacidade), 
  • com a Ministra da Justiça a sacudir a água do capote, 
  • com  o ministro da Educação  a vangloriar-se (pasme-se) de haver ainda mais de 200 mil alunos sem aulas e a dizer que anda a fazer experiências que não faz ideia que resultados terão na resolução dos problemas da educação, 
  • com o Nuno Melo a querer reconquistar Olivença 
  • e com o Rangel a fazer "desafirmações" sobre o cargueiro que transporta explosivos,

vem o Montenegro e zás, no domingo, decide escrever uma carta que revela mais uma vez a habitual enorme falta de ética e de rigor. Como tinha reuniões  marcadas com o Chega e com  a IL, não se importou de faltar à verdade para tentar justificar estas reuniões. Diz-se, com razão,  que para o Ventura vale tudo. Será que também não vale tudo para o Montenegro...?

Relativamente à aprovação do OE, se o Chega concorda com as propostas do IRS Jovem  e do corte do IRC, força. A IL já disse, e bem, que não concorda com o IRS Jovem, propondo antes a baixa geral do IRS, o que contraria a proposta da AD pelo que provavelmente não votará favoravelmente a proposta defendida pela AD e Chega. Portanto, o Montenegro e o Sarmento que resolvam o que querem fazer.

Não se pode pedir/pressionar o PS para que concorde com o IRS Jovem que é injusto, ineficiente, descrimina negativamente os mais pobres e vai dar cabo das contas públicas. 

A atração dos jovens mais qualificados faz-se aumentando os salários e criando melhores condições para viverem e criarem os filhos. 

Aqui os empresários têm uma palavra a dizer. Ainda ontem o Conselho de Finanças dizia que em Portugal, ao contrário do que acontece na Europa, os empresários em vez de acomodarem os aumentos de salários nas margens de lucro, optam por aumentar os preços em vez de diminuírem os lucros. É a atuação típica do típico empresário tuga. 

Relativamente à baixa do IRC sabe-se que só vai beneficiar as grandes empresas que objetivamente não precisam. 

Ambas as medidas só servem para desbaratar recursos financeiros.

O PS deve manter a sua posição e não permitir que estas duas medidas sejam incluídas no orçamento. 

Relativamente ao PR, que esteve silencioso perante a gravidade dos incêndios, devia era manter-se "fisgado" no silêncio e não continuar  a chatear os mesmos. 

Não haverá nenhuma forma do Marcelo sair ao mesmo tempo que a Lucília Gago?

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